terça-feira, 20 de agosto de 2013

Foi atropelada pelo comboio e sobreviveu


A rapariga inglesa atravessou a linha por causa da mala

Por Francisca Cabedo

Kirsty Owen, de 22 anos, ficou quase cortada ao meio depois de ter sido apanhada pelos degraus de um comboio de passageiros que ia a alta velocidade numa estação vazia à noite. 

A cabeleireira era a única pessoa na estação naquela altura, mas os gritos de dor depois do acidente conseguiram alertar as pessoas que viviam perto da pequena estação, em Llanfairpwll, perto de Bangor, Inglaterra.

Os médicos da unidade especial de trauma do hospital universitário de North Staffordshire, em Stoke-on-Trent, para onde Kirsty foi levada, afirmaram que nunca viram ninguém sobreviver a uma lesão tão grande.

Kirsty precisou de 3 litros de sangue quando chegou ao hospital e foi sujeita a 10 operações. Os especialistas disseram-lhe que provavelmente não voltaria a andar. 

Mas cinco semanas depois do horrível acidente, Kirsty começou a dar os primeiros passos e decidiu falar sobre o que aconteceu para avisar outras pessoas a não cometerem o mesmo erro que ela cometeu, ao atravessar a linha do comboio.


“Foi um momento de loucura. Ainda não consigo acreditar que estou viva - é um milagre. Só me lembro da agonia em que estava”, disse a cabeleireira ao jornal ‘Daily Mail’. “Ainda estou em choque. Continuo com medo do que poderia ter acontecido”, acrescenta. 

Kirsty, natural de Llangefni, Anglesey, tinha passado a noite a celebrar com os amigos o novo emprego que tinha conseguido, e tinha ingerido algumas bebidas alcoólicas antes de o pai de um amigo a ter deixado na estação para apanhar o comboio para casa. 

Kirsty confessa que o motivo que a levou a ir para a linha foi a sua mala, que lhe custara 23 euros: “Foi uma coisa estúpida. Não acredito que fiz algo tão absurdo. Quase fui cortada ao meio por causa de uma bolsa. Sempre que olho para a minha cicatriz percebo que tive uma grande sorte em ter sobrevivido”

A cabeleireira ainda tem pesadelos sobre a noite do acidente. “A última coisa que eu vejo à noite, antes de adormecer, é aquele comboio vir contra mim”.


Para o pai de Kirsty, Paul Owen, de 46 anos, o facto de a filha ter sobrevivido foi um milagre.

A recuperação será longa mas Paul Owen afirma que a filha está a lutar bastante para ficar melhor. “Estou muito orgulhoso dela. Ela tem um longo caminho a percorrer mas o facto de já estar a andar pelo próprio pé é óptimo”. 

Em declarações ao ‘Daily Mail’, um porta voz da polícia britânica alertou para os perigos de atravessar uma linha ferroviária. “Os comboios podem aproximar-se silenciosamente e, quando os ouvimos, pode ser tarde demais para sair do caminho”.

Segundo o polícia, pode ser necessário um comprimento igual a 20 campos de futebol para um comboio conseguir parar. 

fonte: Sábado

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