domingo, 1 de julho de 2012

Património histórico do Mali destruído por islamitas


Os islamitas ameaçam destruir todos os monumentos de Tombouctou

Os rebeldes islamitas do norte do Mali destruíram hoje o mausoléu do santo Sidi Mahmoud, que já tinham profanado em maio, e iniciaram a destruição de mais dois monumentos. O objetivo, segundo ameaçam, é arrasar todo o património histórico da cidade de Tombouctou.

A UNESCO já lamentou a "trágica" destruição por fundamentalistas de Mali de mausoléus da cidade de Tombouctou, recentemente considerada Património Mundial em perigo.

A cidade de Tombouctou e o Túmulo de Askia na cidade de Gao, um local edificado em 1495 que inclui um túmulo piramidal e uma mesquita, situam-se no norte do Mali, são controladas pelos islamitas desde meados de março e estão inscritos como património da mundial da humanidade da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) desde 2004.

O Comité do Património Mundial anunciou na quinta-feira ter aceite o pedido do governo do Mali de inscrever Tombouctou, bem como o Túmulo de Askia, na lista do património mundial em perigo da UNESCO.

A organização interrompeu hoje a sua sessão anual, a decorrer em São Petesburgo, para expressar "horror" pelas notícias acerca da destruição de alguns elementos da cidade de Tombouctou.

"São notícias trágicas para todos nós e ainda mais para os habitantes de Tombouctou que estimaram e preservaram este monumento ao longo de mais de sete séculos", disse a presidente da sessão, Yeleonor Mitrofanova.

A responsável apelou a "todos os envolvidos no conflito em Tombouctou para usarem a sua responsabilidade" e salvarem para as gerações futuras o legado dos seus antepassados.

A França já condenou "a destruição deliberada de mausoleus de santos muçulmanos" por um "grupo islâmico extremista" em Tombouctou que considerou "um ato intolerável", através de um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.


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