domingo, 1 de julho de 2012

A China também quer ir à Lua


A chegada da tripulação chinesa Fotografia © China Daily / Reuters

A China vai construir uma nave espacial maior para missões mais prolongadas no tempo depois do sucesso da Shenzhou9 que abre agora a possibilidade de construção de uma estação espacial tripulada ou mesmo colocar um homem na lua, revelaram especialistas internacionais.

A nave "Shenzhou-9" regressou à terra, depois de uma missão de treze dias no espaço e que incluiu a acoplagem com o protótipo de uma estação espacial.

Foi a primeira manobra do género feita por astronautas chineses, evidenciando o domínio de uma tecnologia que só os Estados Unidos e a Rússia possuíam, e também a mais prolongada missão espacial realizada pela China. Entre os três tripulantes da nave figura a primeira astronauta da China, Liu Yang.

A "Shenzhou-9" - um engenho com 9,2 metros de comprimento e 2,8 metros de diâmetro - aterrou na Mongólia Interior, norte da China, cerca das 10:00 (03:00 em Lisboa). Como o lançamento, no passado dia 16, a aterragem foi transmitida em direto pela televisão. Os últimos dez quilómetros da viagem foram feitos com a ajuda de um pára-quedas, que suaviza o impacto no solo.

O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, assistiu à operação no Centro de Controlo Aeroespacial, em Pequim, acompanhado por dois outros membros do Comité Permanente do Politburo do Partido Comunista, He Guoqiang e Zhou Yongkang.

Durante a sua missão, a "Shenzhou-9" acoplou duas vezes com o 'Tiangong-1', um módulo com 10,4 metros de comprimento e 3,35 metros de diâmetro, lançado em setembro passado e que se encontra numa órbita a cerca de 350 quilómetros da terra.

Além de Liu Yang, iam a bordo o veterano Jing Haipeng, comandante da missão, e Liu Wang, que também se estreou agora no espaço.

Na próxima missão, que deverá acontecer no final deste ano ou em 2013, a Shenzhou10 vai novamente efetuar a manobra de acoplagem à Tiangong1, explicou Morris Jones, um perito australiano que acompanha o programa espacial chinês.

O modulo Tiangong1 foi colocado em órbita em setembro do ano passado e Morris Jones explica que após a próxima missão nenhum astronauta irá novamente ao modulo porque a China deverá lançar no espaço em poucos anos uma versão sofisticada da versão atual que será denominada de Tiangong2.

Para Isabelle Sourbes-Verger, uma especialista no programa espacial chinês a trabalhar no Centro Nacional Francês de Investigação Cientifica, quando a China lançar o modelo dois da Taingong então o seu programa espacial vai crescer significativamente.

A primeira estação espacial chinesa deverá estar operacional em 2020.


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