segunda-feira, 8 de julho de 2019

Teoria de Einstein pode não ser a única explicação da gravidade, diz novo estudo


De acordo com um novo estudo científico, a teoria da Relatividade Geral de Einstein poderá não ser a única forma de explicar o funcionamento da gravidade

Físicos sugerem num estudo publicado esta segunda-feira que a Teoria da Relatividade Geral de Einstein poderá não ser a única forma de explicar como funciona a gravidade ou como se formam as galáxias.

O estudo, publicado na revista da especialidade "Nature Astronomy", foi conduzido por investigadores da Universidade de Durham, no Reino Unido, que usaram supercomputadores (computadores com maior capacidade de processamento de dados do que os convencionais) para simular o cosmos partindo de um modelo alternativo à teoria de Albert Einstein, a Teoria dos Camaleões, assim chamada porque muda de comportamento em função do meio envolvente.

De acordo com os cientistas, as galáxias como a Via Láctea poderão ter-se formado segundo leis diferentes das da gravitação.

Publicada em 1915, a Teoria da Relatividade Geral constitui a descrição atual da gravitação na física moderna. Segundo Einstein, a gravitação não é uma força, mas uma curvatura no espaço-tempo provocada por uma massa como o Sol.

Os cientistas sabiam, a partir de cálculos teóricos, que a Teoria dos Camaleões podia reproduzir o sucesso da relatividade no Sistema Solar. O que a equipa da Universidade de Durham terá feito foi demonstrar que esta teoria explica a formação real de galáxias.

Para o físico Christian Arnold, do Instituto de Cosmologia da universidade britânica, as conclusões do estudo não significam que a Teoria da Relatividade Geral "seja incorreta", mas revelam, em seu entender, que "não tem que ser a única forma de explicar o papel da gravidade na evolução do Universo".

O estudo, de acordo com os seus autores, poderá ajudar a compreender a "energia escura", que tende a acelerar a expansão do Universo.

Os cientistas esperam que as conclusões da sua investigação possam ser confirmadas pelo telescópio SKA, que se apresenta como o maior radiotelescópio do mundo, com participação portuguesa, e que deverá começar a operar em 2020.


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