quinta-feira, 9 de maio de 2019

Nova espécie de mil-pés descoberta fossilizada em âmbar. Tem 99 milhões de anos


Uma equipa de cientistas descobriu uma nova e minúscula espécie de mil-pés na Birmânia. O pequeno animal ficou fossilizado em âmbar há 99 milhões de anos.

Numa recente publicação, cujos resultados foram esta semana publicados na revista ZooKeys, os cientistas mencionam a espécie como “anões sob as pernas de dinossauros”.

O inseto em causa (Burmanopetalum inexpectatum) mede pouco menos de um centímetro (8,2 milímetros) e é o primeiro fóssil de mil-pés da ordem Callipodida já descoberto, tal como observa o portal da Newsweek.

O investigador principal, Pavel Stoev, do Museu Nacional de História Natural da Bulgária, destacou a morfologia incomum da espécie. O animal revelou ter características tão incomuns que os cientistas tiveram que introduzir uma nova subordem.

“Imagine um pequeno mil-pés, menos de um centímetro: com os seus parentes modernos, que medem até 10 centímetros de comprimento, seria considerado um anão“, explicou o autor do estudo. “Ainda mais impressionante, é o facto deste animal ter vivido numa época em que terríveis dinossauros e enormes artrópodes vagueavam pela Terra”.

O especialista observou que muito provavelmente este mil-pés habitava o solo de “florestas de clima quente e árvores densas, como pinheiros e sequoias”.

Figure 1. Burmanopetalum inexpectatum gen. nov. et sp. nov., female holotype (ZFMK-MYR07366) A
habitus B head, anterior-most body rings and vulvae, anterior view C antennae, lateral view D pleurotergal crests ornamentation, lateral view E telson, lateral view F legs, dorsola…
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A espécie que acabamos de descrever difere do seus “parentes modernos” por ter “o último segmento [do seu corpo] especialmente projetado, que teria desempenhado um papel na sua biologia”. Faltavam-lhe também “excrescências características de cabelo nas costas, que estão presentes em todos os membros da ordem Callipodida“, acrescentou.

Pavel Stoev acrescentou ainda que o animal tinha “olhos muito simples”, enquanto que “a maioria dos seus colegas modernos tem uma visão complexa”, apontou.

A descoberta de Burmanopetalum inexpectatum ajuda a melhor compreender a história evolucionária da sua ordem. O autor do estudo ressalvou que os cientistas têm agora “fortes evidências de que esta linhagem surgiu há 99 milhões de anos”.

fonte: ZAP

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