O momento do impacto do engenho (a vermelho)
Uma imagem de computador da sonda e do asteroide
Uma imagem gerada pelo computador do momento em que a sonda pousou no asteroide, em fevereiro
A sombra da sonda na superfície do asteroide, numa imagem de fevereiro.
A cratera terá entre três e dez metros de diâmetro, dependendo do material que compõe o Ryugu. Objetivo é ter novas pistas sobre a formação dos planetas e até da origem da vida na Terra.
A sonda japonesa Hayabusa 2 "bombardeou" o asteroide Ryugu, que se encontra a 300 milhões de quilómetros da Terra. O objetivo não é destruí-lo, como nos filmes de Hollywood, mas criar uma cratera que permita, pela primeira vez, recuperar material do interior de um corpo espacial e dar novas pistas sobre as origens da vida no nosso planeta.
Uma das câmaras da sonda fotografou desde a órbita o momento em que o pequeno engenho com cerca de 14 quilos de explosivos plásticos (Small Carry-on Impactor) colidiu com a superfície. "Esta é a primeira experiência de colisão com um asteroide! No futuro, vamos examinar a cratera que se formou e como o ejetor se dispersou", indicou a agência espacial japonesa (JAXA) no Twitter da Hayabusa 2.
O tamanho da cratera criada pelo impacto dependerá da composição do asteroide -- será de cerca de três metros de diâmetro se for rochoso e poderá chegar aos dez metros se for arenoso. Acredita-se que o Ryugu contenha grande quantidade de matéria orgânica e água de há 4,6 mil milhões de anos, quando nasceu o sistema solar.
As amostras do material que esteve protegido do ambiente hostil do espaço até agora serão recolhidas em breve pela sonda, que voltará a aterrar no asteroide. Serão armazenadas a bordo da Hayabusa 2, que deverá regressar à Terra e aterrar no sul da Austrália em 2020.
Este é mais um marco da missão do Hayabusa, um projeto de 30 mil milhões de ienes que foi lançado em dezembro de 2014. No passado mês de setembro, a sonda enviou dois robots para a superfície do asteroide, que enviaram vídeos e imagens da superfície.
Em fevereiro, a própria sonda pousou no asteroide (batizado em homenagem a um palácio debaixo do mar nas fábulas japonesas) e efetuou um disparo contra a superfície, para recolher pó. Regressou depois à sua posição inicial, na órbita do Ryugu.
fonte: Diário de Noticias
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