domingo, 21 de abril de 2019

Quénia. "Grande leão africano" estava na gaveta de museu há décadas


Descoberto fóssil de mamífero carnívoro pré-histórico de grandes dimensões que terá vivido em África há mais de 20 milhões de anos. "Possivelmente era maior do que um urso polar", dizem investigadores.

Um amontoado de fósseis estava numa gaveta do Museu Nacional de Nairobi, no Quénia, há décadas, mas só esta semana se ficou a saber que correspondem a um mamífero carnívoro pré-histórico de grandes dimensões. O animal terá vivido em África há mais de 20 milhões de anos e "possivelmente era maior do que um urso polar", dizem os investigadores.

Apesar de ter sido batizado de Simbakubwa kutokaafrika, que significa "grande leão africano" em suaíli, o animal não pertence aos felinos, mas sim ao grupo de mamíferos carnívoros extintos chamados de hienodontes, explica a National Geographic.

Os fósseis estavam numa gaveta do museu quando, em 2013, o paleontologista Matthew Borths pediu para os analisar. Faziam parte de uma coleção intitulada "hienas".
Maior do que o leão moderno

A mandíbula e outros ossos do animal foram depositados na gaveta depois de terem sido descobertos entre 1978 e 1980 durante uma escavação no oeste do Quénia.Borths juntou-se à paleontóloga Nancy Stevens, da Universidade de Ohio, e em 2017 começaram a analisar os misteriosos fósseis. Concluído em 2018, o estudo foi esta semana revelado no Journal of Vertebraste Paleontology.

"Tendo em conta os seus enormes dentes, Simbakubwa era um hipercarnívoro significativamente maior do que o leão moderno e possivelmente maior do que um urso polar", especifica Matthew Borths, citado pela France Press.

O "grande leão africano" estava no topo da cadeia alimentar e a sua descoberta vai ajudar os investigadores a perceber a evolução e a relação que existe entre espécies. Mais! Os fósseis podem ainda ajudar os cientistas a perceber melhor as razões pelas quais estes predadores não sobreviveram.



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