sexta-feira, 4 de maio de 2018

Buscas por avião desaparecido ajudam a resolver dois mistérios marítimos


Imagem de um dos destroços encontrados nas buscas

O mistério do desaparecimento do voo MH370, em 2014, continua por resolver. Mas as buscas pelo avião da Malaysia Airlines podem ser importantes para resolver outros enigmas.

O sonar que pesquisou o fundo do mar à procura do avião que desapareceu com 238 pessoas a bordo encontrou duas embarcações de transporte de carvão naufragadas no século XIX. Historiadores marítimos fizeram uma lista dos nomes possíveis dos navios encontrados nas buscas, que cobriram uma área de 710 mil quilómetros quadrados em quatro anos.

Os destroços dos dois navios foram encontrados em 2015, sete meses após o início das buscas pelo MH370, numa zona 2300 quilómetros a Oeste da Austrália, com restos de carvão espalhados por uma vasta área, a 3700 metros de profundidade.

Os investigadores recorreram a submarinos não tripulados e tiraram fotografias dos dois naufrágios. Uma amostra de carvão retirada de um dos locais indicia que se trata de matéria provavelmente oriunda da Grã Bretanha.

O Museu Marítimo do Oeste da Austrália concluiu que os destroços de uma embarcação encontrada em maio de 2015 podem ser da fragata W Gordon ou do Magdala.

O W Gordon desapareceu em 1887, com 10 tripulantes, quando viajada da Escócia para a Austrália. O Magdala procedia do País de Gales para a Indonésia quando afundou, em 1882.

Destroços metálicos encontrados a 19 de dezembro de 2015 deverão pertencer ao West Rigde, uma embarcação que desapareceu com 28 tripulantes em 1883, durante uma viagem da Inglaterra para a Índia, carregado de carvão.

O curador do museu Marítimo do oeste da Austrália, Ross Anderson, diz que os novos dados sobre os naufrágios são muito importantes, mas que não são suficientes para resolver o mistério.

"Estes são os destroços encontrados no lugar mais fundo do Oceano Índico e dos naufrágios mais remotos do Mundo", disse. Só com a ajuda de um mecenas se poderá descobrir toda a verdade, porque a exploração destes destroços ficaria muito cara.


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