Um grupo de astrónomos encontrou evidências de que pode existir um nono planeta no nosso Sistema Solar – que não é Plutão – logo depois de identificar um pequeno corpo celeste rochoso cujos movimentos sugerem que poderia estar orbitando um planeta de grandes dimensões.
O corpo rochoso, chamado 2015 BP519, orbita o Sol em um ângulo diferente de todos os planetas do Sistema Solar. É por isso que os cientistas sugerem que um planeta gigante, ainda oculto e com uma massa dez vezes maior que a da Terra, poderia ser responsável pela essa órbita irregular, segundo o artigo divulgado nesta semana pelo portal da Universidade Cornell de Nova York, EUA.
David Gerdes, astrónomo da Universidade de Michigan e co-autor do artigo, declarou que "não é uma prova de que o nono planeta existe. Mas diria que a existência do tal corpo celeste no nosso Sistema Solar reforça essa ideia", informa o portal Quanta.
Os autores do artigo indicam que se trata do maior objecto identificado no espaço para além de Neptuno. Foi descoberto graças aos dados do The Dark Energy Survey (Pesquisa da Energia Escura), um projecto em curso que investiga a expansão do Universo por meio de observações do espaço.
Os planetas conhecidos até hoje orbitam o Sol sob o mesmo ângulo, chamado plano orbital, provocado pela gravidade do chamado astro rei. Como a pesquisa está examinando um plano diferente, os cientistas não esperavam encontrar nenhum corpo celeste nessa órbita.
O 2015 BP519 mostrou que a sua órbita está inclinada 54 graus em relação ao nosso plano orbital. Uma provável explicação é que o corpo rochoso esteja sujeito à gravidade de um planeta gigantesco. Isso significa que o asteroide orbita o nono planeta, da mesma maneira que a Lua gira ao redor da Terra.
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Avanço do nono planeta: cientistas detectam objecto distante no nosso Sistema Solar
Os modelos sugerem que a este hipotético nono planeta leve 10.000 a 20.000 anos para completar a rotação ao redor do Sol.
No entanto, os especialistas concluem que ainda não há provas definitivas da existência deste planeta, esta é uma janela fascinante para conhecer o espaço profundo.
fonte: Sputnik News
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