segunda-feira, 30 de abril de 2018

Morreu a aranha mais velha do mundo. Tinha 43 anos


A Número 16 não morreu de velhice mas sim em consequência de uma piscada de vespa

A aranha mais velha do mundo, conhecida por Número 16, morreu aos 43 anos, depois de ser acompanhada durante anos por investigadores.

A aranha armadeira - como são também conhecidas aquelas que pertencem à família dos ctenídeos - ultrapassou largamente o número de anos de vida que a anterior recordista, uma tarântula que foi encontrada no México e que chegou aos 28 anos, de acordo com um estudo publicado esta segunda-feira no Pacific Conservation Biology Journal e citado pelo Guardian.

Apesar de ter conseguido viver tantos anos, a Número 16 não morreu de velhice mas sim em consequência de uma piscada de vespa.

Acompanhar a vida desta aranha ajudou os cientistas a desbloquear informações importantes sobre o comportamento de um aracnídeo que pode ser encontrado em toda a Austrália, como em jardins domésticos, de natureza sedentária e baixo metabolismo.

"Até onde sabemos, esta é a aranha mais velha alguma vez registada"disse a cientista Leanda Mason, da Universidade Curtin, em Perth, que encontrou a Número 16 em 1974.

Esta espécie tem, normalmente, uma expectativa de vida entre cinco a 20 anos.


domingo, 29 de abril de 2018

Documento oficial aponta relatos 25 anos antes do Caso ET de Varginha

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Informação sigilosa ficou nos arquivos do governo durante 46 anos.
Moradores relataram presença de OVNIs na cidade em 1971.

Um documento do Ministério da Aeronáutica mostra que Varginha (MG), conhecida como a "Terra do ET", pode ter sido visitada por seres de outro planeta muito antes do famoso caso de 1996. Conforme o documento, há registro de moradores que disseram ter visto um Objeto Voador Não Identificado (OVNI) na cidade em 1971. Durante 46 anos, o documento ficou guardado sob sigilo nos arquivos do governo e só na semana passada foi divulgado pelo Arquivo Nacional.

Conforme o documento, o OVNI teria aparecido durante a noite, por volta de 19h. O dia correto da aparição não é informado. O objeto seria oval e prateado. Na época, fazendeiros e comerciantes confirmaram terem visto o objeto para as autoridades.


Documento sigiloso do governo foi divulgado somente agora, 46 anos após suposto aparecimento (Foto: Reprodução EPTV)

Segundo o documento, o Ovni foi visto na Vila Mendes e na Rua Rio de Janeiro, onde ficou parado por alguns instantes. Depois, ele foi visto no Clube Campestre. O documento ainda relata que o OVNI ainda sobrevoou a Escola de Sargentos das Armas EsSA, em Três Corações (MG). Segundo relatos, o objeto ficou parado próximo ao telhado de uma casa. O barulho era tão forte, que uma moradora teria perdido os sentidos.

O relato mais famoso de supostas aparições ocorreu em 1996, quando Varginha ficou mundialmente conhecida pelo suposto aparecimento de seres de outro planeta. Duas irmãs e uma amiga disseram ter visto uma criatura não humana. (Relembre o caso ET de Varginha)

O documento somente confirmou a história que moradores da cidade sempre acreditaram. "Eu pude observar que do lado da Rua Rio de Janeiro subiu um objeto que causou grande transtorno, queimando rádios, dando defeitos em carros, queimando transformadores e havendo um corte de iluminação naquelas imediações", disse o aposentado Geraldo Bichara.

Seu Arcelino Barbosa tinha 10 anos na época e diz que notou algo estranho no céu. "Realmente eu vi alguma coisa luminosa e aquilo chamou atenção na época das crianças que estavam ao meu lado brincando", disse o atendente Arcelino Barbosa Filho.


Documento aponta que Varginha pode ter sido visitada por ETs antes de famoso caso em 1996 (Foto: Reprodução EPTV)

Para ufólogos, a divulgação do documento reforça ainda mais a convicção da existência de vidas em outros planetas.

"Esses avistamentos ocorrem em todo o Brasil a todo o momento, em todo o mundo a todo o momento, Minas Gerais, o interior de Minas Gerais tem uma rica característica de fenômenos ufológicos", disse o ufólogo Thiago Luiz Ticchetti.

fonte: G1

Esta lula estranha é diferente de qualquer outra que os cientistas já viram


Biólogos marinhos encontraram uma lula diferente de qualquer outra que já tinham visto antes e suspeitam que possa representar uma nova espécie para a ciência.

O animal foi descoberto pela tripulação da Okeanos Explorer, uma embarcação de pesquisa da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, dos EUA. Os investigadores avistaram a criatura sob as ondas do Golfo do México, na zona mesopelágica, a uma profundidade de cerca de 850 metros.

A lula nadava numa posição muito incomum, com os tentáculos dobrados para trás, o que parecia uma postura defensiva, mas num nível extremo – tanto que parecia quase completamente diferente de uma típica lula.

A sua forma de nadar lembrava um nautilóide, e a sua coloração lembrava a de uma lula-vampira-do-inferno – um cefaloide que se parece com lulas e polvos. Por enquanto, os cientistas acreditam que pode ser uma lula misteriosa chamada Discoteuthis discus, que só é conhecida a partir de espécimes mortos e incompletos.

No entanto, uma vez que os cientistas não recolheram o animal, não conseguem estabelecer isso apenas pela filmagem que fizeram.

A equipa não sabe o que a lula come, ou como obtém a sua comida, nem a razão pela qual a sua postura é tão estranha – se é camuflagem, um sinal de doença, uma maneira de otimizar a recolha de alimentos ou outra coisa.

Outras lulas foram observadas em postura semelhante, mas esta era diferente. “Era realmente extremo”, disse o biólogo Mike Vecchione à National Geographic. “Um par de tentáculos estava dobrado na parte de trás, outro dobrado para baixo, e um par a sair para o lado.”

Mergulhos futuros podem revelar mais informações sobre o comportamento e as características do animal, que ajudarão os cientistas a identificar a lula – se é uma espécie já conhecida pela ciência a comportar-se de forma estranha, ou se é algo completamente novo.


fonte: ZAP

sexta-feira, 27 de abril de 2018

Criatura 'meio humana e meio animal' causa pânico na Argentina

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Habitantes da província argentina de Santa Fé, encontram-se aterrorizados com aparecimento de uma criatura estranha que supostamente matou dois cachorros de bom tamanho e força: um pit bull e um pastor-alemão.

Segundo descrevam as testemunhas à mídia local, o "monstro" tem aparência sobrenatural "meio humana e meio animal". Algumas pessoas dizem que se trata do famoso chupa-cabra, enquanto outras o definem como demogorgon, fantástico monstro humanoide da popular serie "Stranger Things".

​Estranha criatura matou dois cachorros e assusta Santa Fé

A fotografia da suposta criatura assustadora foi divulgada nas redes sociais e se tornou viral. Não obstante, muitos internautas duvidam veracidade desse ser, afirmando que se trata de Photoshop.

fonte: Sputnik News

Milhares de caranguejos mortos em praia de Setúbal

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Cadáveres dos animais preenchem grande parte da baía da Figueirinha.

Um vídeo mostra a baía da praia da Figueirinha, em Setúbal, com várias dezenas de cadáveres de caranguejos. 

 As causas da morte dos animais ainda não é conhecida e o fenómeno captou a atenção dos populares. 


Misteriosos "sons de trompeta" em Nova Iorque provocam medo


Imagens BIZARRAS revelaram que os EUA estão executando um sistema secreto de túneis subterrâneos, de acordo com afirmações online.

O vídeo, que se acredita ter sido filmado em Nova Iorque a 19 de abril, revela sons inexplicáveis. 

O ruído, que parece estar vindo do subsolo, repete-se várias vezes em intervalos aleatórios. 

Parece que alguém está cavando directamente abaixo da câmara. 

Uma testemunha ocular revelou: "Alguns momentos os sons eram parecidos com trompeta, um avião sobrevoou".

A estranha filmagem foi enviada para o canal do YouTube Sky net 5 há dois dias e já acumulou mais de 2000 visualizações. 

E os espectadores foram rápidos a especular o que poderia ser. 

Um comentário dizia: "Está acontecer uma guerra no céu".

Outro acrescentou: "Isso é assustador - está sendo ouvido em todo o mundo".

Mas um terço acredita: "Isso é CERN cavando túneis subterrâneos."

A Organização Europeia para Pesquisa Nuclear é uma organização de pesquisa que opera o maior laboratório de física de partículas do mundo.

Os conspiradores acreditam que a companhia está abrindo túneis debaixo dos EUA para construir um acelerador circular secreto. 

Mas esta não é a primeira reivindicação de sistemas de túneis subterrâneos no país.

Apenas há duas semanas, imagens bizarras surgiram de Ohio de sons semelhantes .


fonte: Daily Star

Vírus Zika elimina tumores humanos em experiência com ratinhos


Tumor composto por células estaminais do meduloblastoma humano infectadas pelo Zika (a vermelho) HUG-CELL

Pela primeira vez, demostrou-se em experiências in vivo que o Zika pode ser usado como uma arma contra dois tipos agressivos de cancro do sistema nervoso central.

Num ensaio pré-clínico com ratinhos, uma equipa de cientistas brasileiros verificou que o vírus Zika consegue eliminar cancros cerebrais comuns em crianças com menos de cinco anos. O resultado foi publicado esta quinta-feira na revista Cancer Research, editada pela Associação Americana para a Investigação do Cancro.

Os investigadores, da Universidade de São Paulo, injectaram uma baixa concentração do vírus purificado em tumores cerebrais embrionários humanos que foram induzidos em ratinhos com baixa imunidade. Resultado: os tumores regrediram em 20 dos 29 animais “tratados” com o vírus. E, em sete dos roedores, os tumores desapareceram.

Nalguns casos, o vírus Zika foi igualmente eficaz contra as metástases, ao eliminar um segundo tumor (formado a partir de um primeiro) ou inibir o seu desenvolvimento.

No trabalho os cientistas usaram linhagens de células humanas derivadas de dois tipos de tumores embrionários do sistema nervoso central que atingem crianças com menos de cinco anos: o meduloblastoma e o tumor teratóide rabdóide atípico.


Células de meduloblastoma humano infectadas pelo Zika (a vermelho) HUG-CELL

É a primeira vez, segundo um comunicado da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, que se demonstra em experiências em ratinhos que o vírus Zika pode ser usado como uma arma para tratar cancros agressivos do sistema nervoso central.

A infecção pelo vírus Zika transmite-se aos humanos pela picada de um mosquito e tem sido associada a microcefalia (tamanho do cérebro e da cabeça mais pequeno) em fetos e recém-nascidos. Um surto de infecção pelo Zika atingiu em 2015 vários países da América Latina, sobretudo Brasil.

fonte: Publico

Novas espécies de morcegos descobertas em Moçambique


A descoberta foi publicada no "Zoological Journal of the Linnean Society" por um grupo liderado por academias da África do Sul

O mamífero, batizado com o nome científico Rhinolophus gorongosae.​​​​​, "parece ocorrer apenas no Parque Nacional da Gorongosa e no Monte Mecula, nas proximidades", anunciou a direção da área natural, em comunicado.

O estudo recorre a técnicas genéticas e morfológicas para demonstrar tratar-se de uma espécie diferente das populações vizinhas, possuindo "uma massa de apenas cinco gramas" e tornando-se assim "no menor morcego-de-ferradura de África", acrescenta o parque.

O artigo identificou ainda duas novas espécies de morcego (Rhinolophus rhodesiae e Rhinolophus lobatus) no norte de Moçambique e noutras partes da África Austral, conclui.

O estudo eleva a contagem de espécies de morcegos em Moçambique para 71, dos quais 45 habitam no Parque da Gorongosa, onde nos últimos anos tem havido uma restauração da vida selvagem.






Um novo estudo recém publicado no “Zoological Journal of the Linnean Society” descreveu uma nova espécie de morcego na África Austral, denominado Rhinolophus gorongosae e que parece ocorrer apenas no Parque Nacional da Gorongosa e possivelmente também no Monte Mecula nas proximidades. Usando técnicas genéticas e morfológicas, R. gorongosae foi considerado distinto das populações vizinhas de morcegos-de-ferradura. Com uma massa de apenas 5 g, este “anão” torna-se no menor morcego-de-ferradura da África.

Depois de devastado pela guerra civil, uma parceria público-privada entre o Governo de Moçambique e a Fundação Carr foi estabelecida em 2008 para a gestão conjunta do parque.

A fundação é uma organização sem fins lucrativos dos EUA.

Em 2016, o Governo de Moçambique aprovou a prorrogação da parceria por mais 25 anos.


As 5 histórias mais misteriosas sobre OVNIs e ETs no Reino Unido


Qualquer um de nós que já viu luzes estranhas no céu ou ouviu barulhos assustadores vindos de outra "dimensão" conhece a sensação. Aquela sensação arrepiante que algo anormal está acontecendo, que algo estranho está lá fora.

Será que a vida extraterrestre existe de verdade ou é somente fruto da nossa imaginação? Vale a pena relembrar alguns casos mais arrepiantes de actividades paranormais, muitas das quais aconteceram no Reino Unido ao longo do século passado.

Incidente da Floresta de Rendlesham

Em 1980, militares norte-americanos estacionados em duas bases aéreas, Woodbridge e Bentwaters, notaram um objecto sobre a floresta de Rendlesham, Inglaterra. Ao entrarem no bosque para investigar, viram que havia muita interferência nos seus rádios, dificultando a comunicação.


Segundo relatos, eles teriam visto luzes não identificadas e um estranho objecto triangular pousado na floresta. Mais tarde, a radiação infravermelha foi detectada naquela área. Os militares tiraram diversas fotos do local e da nave, mas quando as fotos voltaram do laboratório estavam misteriosamente brancas.

É o mais famoso caso OVNI acontecido na Grã-Bretanha. No entanto, o Ministério da Defesa do Reino Unido resolveu não prorrogar a investigação e encerrar o caso.

Disco voador em Midlands Ocidental

Um "disco voador" foi fotografado em plena luz do dia em Midlands, na Inglaterra, em 2008. Uma testemunha que visitava o Castelo de Dudley captou a imagem e a enviou para posterior análise. O objecto era cinco vezes maior do que uma aeronave. Algumas testemunhas alegaram que o "disco" até mudava de forma.


Mysterious Flying Dorito UFO Appears Again Over England | Mysterious Universe - http://mysteriousuniverse.org/…/mysterious-flying-dorito-u…/

Misteriosa floresta de Clapham

A floresta fica no condado de Sussex Ocidental, sudeste da Inglaterra, onde aconteceram muitas actividades paranormais nos anos 60 e 70. Ao caminhar pela floresta, as pessoas apresentaram náuseas, manchas no corpo e sensações de serem empurradas ou seguidas. Muitos corpos foram encontrados naquela região, com mortes não desvendadas até hoje.


Caso de dois garotos na região de Staffordshire

Segundo o relato de dois meninos, em 1995, eles teriam visto extraterrestres com cabeças com forma de limões. Eles afirmaram que os alienígenas queriam levá-los para dento da nave espacial, que era tão quente que um dos garotos ficou "da cor de uma beterraba". Mais tarde, a polícia entrevistou um fazendeiro que estava perto da área e que afirmou não ter visto nada suspeito.

Caso dos alienígenas "prateados" em Pembrokeshire


No final de 1977, numa área conhecida como Broad Haven Triangle, na cidade de Pembrokeshire, na Inglaterra, estudantes observaram um objecto desconhecido pousando próximo de sua escola. Segundo seus relatos, os seres saíram da nave vestindo roupas prateadas. 

Quando interrogadas, as crianças fizeram desenhos do avistamento, todos muito semelhantes. As criaturas foram vistas ao longo do tempo. Existe ainda uma base aérea na região e sugeriu-se que caças Harrier de pouso e descolagem vertical, assim como seus pilotos em trajes de voo, poderiam ter sido confundidos pelas testemunhas com alienígenas. 

Questionado, o Ministério da Defesa não apresentou qualquer resposta.

fonte: Sputnik News

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Canadiano acusado de matar curandeira foi espancado até à morte


Um canadiano, de 41 anos, foi linchado numa zona da Amazónia, no Peru, depois de ter sido acusado, pelos locais, de ter matado uma curandeira, de 81 anos.

Sebastian Woodroffe foi espancado até à morte, depois de ter sido acusado de ter matado Olivia Arevalo, uma curandeira local de 81 anos.

Segundo o jornal "The Guardian", as autoridades encontraram o corpo do canadiano enterrado a um quilómetro da casa de Olivia, no sábado, depois de terem sido alertadas para um vídeo do linchamento, que estava a circular nas redes sociais, desde sexta-feira. O vídeo mostra um homem com uma corda ao pescoço, a ser arrastado, enquanto um grupo de pessoas observava. Antes de ser capturado, terá existido uma recompensa pelo cidadão canadiano

Olivia Arevalo, uma curandeira da tribo Shipibo-Konibo, foi morta a tiro, na quinta-feira, perto da sua casa em Victoria Gracia, na região amazónica de Ucayali, no Peru. Os habitantes da aldeia acusaram Woodroffe, suposto cliente habitual da curandeira, de cometer o crime.

O general Jorge Lam, líder da investigação dos dois homicídios, informou que as autoridades estão a investigar várias pistas relacionadas com as mortes. Até ao momento, não existem indícios de que Woodroffe tenha sido o culpado da morte de Olivia.

A morte de Olivia está a causar indignação no Peru, devido a outros homicídios envolvendo ativistas indígenas, que não foram resolvidos pelas autoridades.


'OVNIs são reais', afirma ex-piloto norte-americano


Um ex-piloto da Força Aérea dos EUA fez uma declaração bombástica depois de ter perseguido, na década de 70, um objecto voador não identificado que deslocava-se a mais de 12 mil quilómetros por hora.

George Filer III, de 82 anos de idade e com mais de 20 anos de experiência na aviação, dirige a MUFON de Nova Jersey, uma organização que investiga avistamentos de OVNIs.

Quando Filer estava na Escócia prestando serviço durante a Guerra Fria, ele lembra-se de ter pilotado uma aeronave militar que tentou interceptar um objecto que, no radar, parecia tão grande quanto uma ponte.

"Quando chegamos mais perto, podíamos ver as luzes à distância: era como um navio de cruzeiro que você vê à noite, com múltiplas luzes", disse.

Segundo ele, ao aproximar-se a cerca de 8 km, o objecto enorme parecido com um longo cilindro rapidamente subiu para o espaço. 

Primeiramente, George contou sua história ao jornal norte-americano Asbury Park Press, mas desde então ganhou popularidade na Internet.

fonte: Sputnik News

OVNIs acompanhados por luzes enigmáticas surgem no céu do Arizona


Usuários do YouTube ficaram pasmados com um vídeo mostrando feixes de luz roxa no céu do estado do Arizona com objectos não identificados pairando em fundo.

O vídeo, publicado no canal Earthly Patriot, foi gravado às 22h40 a 11 de abril na cidade de Phoenix, Arizona.

Enquanto o primeiro feixe de luz parece cair em direção à terra, o segundo, de acordo com o autor do vídeo, "parece estar vindo debaixo e subindo" como se fosse uma espiral.

O segundo objecto misterioso só aparece após um OVNI ter surgido na imagem, voando por trás da montanha. Depois de aparecer o feixe, porém, parece que o mesmo objecto voa passando pela montanha na direcção oposta, enquanto o segundo voa rumo à montanha.

Alguns dos comentadores do vídeo ligaram os pontos, chegando à conclusão que o registo é um exemplo de vida extraterrestre, sugerindo que os alienígenas estão acompanhando de perto os humanos.

Outro usuário, Nelson Hernandez, opinou que pode haver "uma guerra em curso nos nossos céus", o que explica os movimentos irregulares dos OVNIs.

No entanto, nem todos viram nestes objectos uma prova de vida extraterrestre, mas sim do HAARP (High Frequency Active Auroral Research Program, em inglês).

Em particular, estes usuários acreditam que as luzes poderiam fazer parte do programa financiado pelas Forças Armadas dos EUA para analisar a ionosfera. Segundo várias especulações, o HAARP permite ao governo norte-americano controlar as condições climáticas.

"Os feixes roxos podem muito provavelmente ser parte do projeto HAARP […] que tem a capacidade de produzir todos os tipos de imagens no céu, criar sons loucamente altos, etc.", escreveu o internauta Dolphin Dream, acrescentando que isso não deve ser bom para a humanidade ou o planeta.


fonte: Sputnik News

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Revelado segredo natural dos mergulhadores nómadas da Indonésia



Uma tribo de mergulhadores nómadas há muito que era estudada. Tudo porque conseguem ficar debaixo de água mais de dez minutos, atingindo 60 metros de profundidade. Um grupo de investigadores concluiu que o mistério está relacionado com o aumento do tamanho do baço.

Durante mais de mil anos, a tribo Bajau, natural da Indonésia, viajou pelos mares do sudeste asiático, sobrevivendo através da pesca em mergulho livre, auxiliados com lanças e óculos feitos com madeira. Estes mergulhadores desenvolveram a capacidade de permanecer longos períodos de tempo submersos, atingindo vários metros de profundidade.

As suas capacidades naturais para viverem de forma exclusiva daquilo que o mar tem valeu-lhes a alcunha de "nómadas do mar". Um recente estudo revelou que as suas capacidades de mergulho se devem ao desenvolvimento do baço, que lhes permite utilizar o oxigénio de forma mais eficiente.

Melissa Ilardo, da Universidade de Cambridge, passou um período de tempo em Jaya Bakti, na Indonésia, recolhendo amostras e realizando análises de ultrassom ao baço dos membros da tribo Bajau e dos seus vizinhos, os Saluan.

Os resultados foram processados na Universidade de Copenhaga e demonstram que os Bajau têm um baço que é 50% maior do que os Saluan. Um conjunto de estudos anteriormente desenvolvidos já tinha apontado a hipótese de que o baço desempenhava um papel importante na capacidade de mergulho do ser humano. Este estudo revela pela primeira vez que a capacidade de o Homem se manter submerso pode ser influenciada por este órgão.

"Até agora não se sabia se os "nómadas do mar" se tinham adaptado geneticamente ao seu estilo de vida extremo", disse Melissa Ilardo.

A equipa de investigadores descobriu que os Bajau têm um gene chamado PDE10A que os Saluan, que passam mais tempo em terra, não possuem. "Acreditamos que os Bajau têm a capacidade de aumentar os níveis de hormônio da tiroide, desenvolvendo, assim, o tamanho do baço", revelou a cientista.

O baço desempenha um papel central em prolongar a capacidade de mergulho, já que faz parte daquilo que é conhecido como a resposta "do ser humano ao mergulho", que é acionada para ajudar o corpo humano a sobreviver a uma ambiente privado de oxigénio.

Este não é o primeiro caso de uma tribo que apresenta capacidades físicas que lhes permite sobreviver nos locais mais inóspitos do planeta. Os Sherpas, nos Himalaias, destacam-se por conseguirem subir o Evereste sem recurso a qualquer auxiliar de oxigénio. As pessoas que vivem em lugares com elevada altitude têm uma capacidade pulmonar superior à media da população e desenvolveram músculos mais fortes junto ao coração.


Pilotos relatam OVNI no sul do Arizona


No inicio deste ano, uma luz brilhante de uma aeronave não identificada, foi registada no céu sobre o estado do Arizona, no sudoeste dos EUA.

Dois pilotos experientes repararam que o objecto estava sobrevoando seus aviões. Vale destacar, que os dois pilotos estavam voando em aeronaves diferentes quando registaram ao mesmo tempo o surgimento estranho no céu, informa o canal Fox 7.

Um dos pilotos trabalha na American Airlines, o outro — na Learjet. Os dois pilotos reportaram que a luz estava sobrevoando a uns 12 metros.

O piloto do Learjet foi o primeiro a notar num objecto estranho e perguntou ao controlador de tráfego aéreo se algo tinha passado por ele nos últimos 30 segundos, recebendo resposta negativa, enquanto o seu colega da American Airlines declarou posteriormente que poderia ser um OVNI.

O membro do Learjet disse ao seu chefe que viu uma luz movendo-se tão rapidamente como o avião. A coisa mais extraordinária foi que o controlador de tráfego aéreo não o avisou sobre a aproximação do outro avião. O sistema de aviação que, como se supõe, deve dar alertas de quaisquer objectos que estão por perto, não registou nada.

"Não sei o que era. Não era um avião, era algo que estava movendo-se na direcção oposta", assinalou o piloto do Learjet.

As impressões do segundo piloto foram as seguintes: "Não consegui distinguir se era um balão ou qualquer outra coisa, mas estava emitindo uma luz ou reflectindo-a, indo na direcção oposta."

Afinal, ambos concordaram tratar-se de um objecto suspeito que não voava como um balão habitual.


fonte: Sputnik News e Fox 7

Cientistas procuram a civilização industrial do tempo dos dinossauros


Seres reptilianos e inteligentes chamados Silurianos viveram na Terra, muito antes de a humanidade aparecer. Certeza na ficção científica do “Doctor Who”, hipótese teórica de uma investigação que envolve o director do Instituto Goddard da NASA para os Estudos Espaciais – que analisa a possibilidade de encontrarmos uma eventual civilização industrial anterior à nossa.

Esta investigação realizada por Gavin A. Schmidt, climatólogo e director do Instituto Goddard da NASA para os Estudos Espaciais (GISS), e por Adam Frank, professor de Astronomia e de Física da Universidade de Rochester, nos EUA, aborda a possibilidade de ter existido uma civilização industrial antiga, especulando como é que poderemos encontrar provas da sua existência.

Formas de vida complexas existem na Terra há cerca de 400 milhões de anos, enquanto a civilização industrial humana tem apenas cerca de 300 anos. Este cenário levanta a possibilidade de ter existido, muito antes de a humanidade existir, uma outra civilização inteligente e não humana.

É assim que os investigadores contextualizam o que chamam de “Hipótese Siluriana”, numa referência ao “velho episódio do Doctor Who com répteis inteligentes”, como explica Adam Frank num artigo no The Atlantic.

O professor de astronomia refere-se a episódios da série de ficção científica britânica “Doctor Who”, que foram exibidos nos anos de 1970, que tinha os répteis bípedes e inteligentes chamados Silurianos como protagonistas.

Na história fictícia, os Silurianos teriam evoluído na Terra há entre 443 a 416 milhões de anos, entrando depois em estado de hibernação, para evitar as catástrofes do planeta, e “acordando” devido a uma experiência nuclear secreta numa mina escocesa.

A “pegada geológica”

Os investigadores não encontraram “nenhuma evidência de outra civilização industrial” além da nossa, e depararam-se com mais perguntas do que respostas.

Perceber que pegadas geológicas deixam as civilizações e se é possível detectar uma civilização industrial no registo geológico, depois do seu desaparecimento da face da Terra, são algumas das questões abordadas no estudo publicado na segunda-feira no International Journal of Astrobiology.

A “Hipótese Siluriana” define uma civilização pelo uso da energia, e Schmidt e Franck partem do conceito do Antropoceno, a nova era humana que vivemos presentemente, segundo a teoria de alguns cientistas.

O Antropoceno é caracterizado pela forte marca da actividade humana no clima e no meio-ambiente, com os combustíveis fósseis a serem definidos como a grande “pegada geológica” dos humanos.

Analisando as evidências que os futuros cientistas poderão encontrar do Antropoceno, daqui a milhões de anos, os investigadores traçaram os tipos de vestígios que uma civilização industrial antiga poderá ter deixado.

“Os seres humanos começaram a queimar combustíveis fósseis há mais de 300 anos, marcando o início da industrialização“, refere o comunicado sobre o estudo divulgado pela Universidade de Rochester.

“A emissão de combustíveis fósseis para a atmosfera já alterou o ciclo do carbono de uma forma que está registada nos isótopos de carbono.”

Mas a “pegada geológica” humana pode ser também detectada devido ao aquecimento global, à agricultura, à contaminação por plásticos e à guerra nuclear.

“O uso extensivo de fertilizante, por exemplo, mantém 7 mil milhões de pessoas alimentadas, mas também significa que estamos a redireccionar os fluxos de nitrogénio do planeta para a produção alimentar”, explica Franck , realçando que “futuros investigadores devem ver isto nas características do nitrogénio que vai aparecer nos sedimentos da nossa era”.

“Até o uso de esteróides sintéticos se tornou tão generalizado, que também poderá serdetectado em estrato geológico daqui a 10 milhões de anos“, acrescenta.

É para este tipo de indícios que se deve olhar para procurar essa tal civilização industrial antiga, mas Franck avisa que “seria muito fácil” não a detectar, caso tenha “durado apenas 100.000 anos, o que já seria 500 vezes mais do que a nossa civilização industrial conseguiu até agora”.

O curioso é que nem Schmidt, nem Franck acreditam que essa civilização antiga possa ter existido, mas só o facto de se questionar se existiu permite analisar os tipos de impactos que uma qualquer civilização pode ter na Terra. E isto leva à problemática das alterações climáticas.

Irónico é que quanto mais uma civilização actuar de forma sustentável, e portanto com menor impacto energético no planeta, menos “pegadas” da sua existência deixarápara as futuras gerações, atestam os investigadores.

Mas a principal conclusão deste estudo é que a queda de civilizações pode ser o gatilho para despoletar civilizações futuras, abrindo também novas teorias e ideias para a procura sinais de vida extraterrestre.

A investigação “abriu a possibilidade especulativa de que alguns planetas podem ter ciclos de construção e de queda de civilizações impulsionados pelos combustíveis fósseis“, atesta Franck no The Atlantic.

“Se uma civilização usa combustíveis fósseis, as alterações climáticas que despoleta podem levar a um grande decréscimo nos níveis de oxigénio no oceano. Estes níveis baixos de oxigénio – chamados anoxia do oceano – ajudam a desencadear as condições necessárias para fazer combustíveis fósseis como o petróleo e o carvão”, atesta o investigador, concluindo que, deste modo, uma civilização e o seu desaparecimento “podem semear novas civilizações no futuro”.


fonte: ZAP

Cientista descobre acidentalmente como criar embriões sem óvulos nem esperma


O laboratório decidiu destruir os embriões criados, por acidente, sem óvulos nem esperma, para assegurar-se de que não se desenvolviam mais.

O investigador Yue Shao não estava a estudar como criar um embrião. No entanto, sem se aperceber, fez uma surpreendente descoberta no seu laboratório, na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, de acordo com a RT.

Enquanto trabalhava com vários tipos de células-mãe para formar estruturas, uma delas organizou-se rapidamente na forma de um círculo desviado. Depois de o analisar detalhadamente, o investigador concluiu que essa amálgama se tinha convertido em algo semelhante a um ser humano na sua fase inicial.

Shao informou prontamente os seus companheiros de trabalho, uma equipa mista de biólogos e engenheiros, sobre o que estava a acontecer. Todos concordaram que deveriam “averiguar o que fazer. Devemos ser muito cautelosos“.

Apesar da importância da experiência, estas estruturas celulares parecidas com embriões não estão completas e não se poderiam converter numa pessoa sem uma intervenção de engenharia genética.

A esta estrutura celular, faltavam os tipos de células necessários para criar uma placenta, um coração, ou um cérebro. Ainda assim, os “embriões” de Michigan são suficientemente realistas para que o laboratório tenha decidido destruí-lo, de forma a assegurar-se de que não se desenvolvem mais.

Um ano antes, o trabalho de outro laboratório no Japão conduziu ao nascimento de crias de ratos vivas, utilizando zigotos que a equipa de cientistas fabricou a partir de células epiteliais adultas.

Estas descobertas permitem avançar em alguns dos problemas mais difíceis de resolver da biologia reprodutiva. Quarenta anos depois do nascimento do primeiro bebé proveta, a investigação genética está perto de uma nova revolução biológica.

No entanto, os especialistas em bioética advertem que é necessário reconsiderar o que significa reproduzir e criar um bebé humano. Especialmente, destacam a grande responsabilidade sobre as possíveis consequências éticas, sociais, legais ou até mesmo ambientais de tais tecnologias e experiências.

fonte: ZAP

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Descritas cinco novas espécies de pseudo-escorpiões em Portugal

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Pseudo-escorpião da nova espécie Occidenchthonius goncalvesi DR

Bióloga da Universidade de Aveiro já descobriu, ao longo da última década, 49 espécies.

A bióloga Ana Sofia Reboleira, da Universidade de Aveiro (UA), descobriu cinco novas espécies de pseudo-escorpiões em grutas do Algarve, Alentejo, Penela e Leiria. Os novos pseudo-escorpiões foram anunciados ao mundo na edição de Abril da revista Journal of Arachnology, em colaboração com o investigador Juan Zaragoza, da Universidade de Alicante, em Espanha.

Os pseudo-escorpiões pertencem à classe dos aracnídeos e são popularmente conhecidos como falsos-escorpiões porque, apesar de não terem o ferrão e um longo abdómen, são semelhantes aos escorpiões, explica um comunicado da UA. Ao contrário dos escorpiões, que têm o aguilhão no fim do corpo, com o qual inoculam o veneno, os pseudo-escorpiões são desprovidos dessa estrutura e inoculam o seu veneno nas presas com as pinças.

Estas descobertas aumentam para 49 as novas espécies descritas ao longo da última década pela espeleóloga e investigadora do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da UA, Ana Sofia Reboleira.

Uma das espécies, descoberta em grutas do maciço calcário do Algarve, foi baptizada Occidenchthonius goncalvesi em homenagem a Fernando Gonçalves, professor do Departamento de Biologia da UA.

“Esta nova espécie, que tem cerca de dois milímetros de comprimento, é um organismo troglóbio, que significa que está adaptado à vida nas grutas, é despigmentado e carece de estruturas oculares, uma vez que vive num ambiente onde a obscuridade é total”, descreve a bióloga, adiantando que se trata de um animal que só vive em grutas do maciço calcário do Algarve.

As restantes quatro espécies de pseudo-escorpiões que Ana Sofia Reboleira deu a conhecer à ciência pela primeira vez são: a Occidenchthonius alandroalensis, descoberta numa gruta no Alandroal, no Alentejo; a Occidenchthonius algharbicus, descoberta numa gruta do Cerro da Cabeça, no Algarve; a Occidenchthonius duecensis, encontrada no sistema espeleológico do Dueça, em Penela; e a Occidenchthonius vachoni, no maciço calcário de Sicó, em Leiria.

“As cinco novas espécies pertencem todas ao mesmo género, portanto são muito similares”, diz a investigadora, explicando que a diferença entre elas encontra-se “ao nível do padrão da distribuição das sedas, que são as estruturas sensitivas do organismo e das estruturas reprodutoras, bem como as proporções relativas das diferentes partes corporais e a presença de estruturas especializadas”.

fonte: Público

Quando é que se fez a primeira cirurgia num animal?

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Crânio da vaca com cerca de cinco mil anos 

O crânio de uma vaca que viveu no período Neolítico é agora considerado como a primeira prova de experimentação cirúrgica num animal. Resta a dúvida se a operação era para salvar a vaca ou para praticar a técnica de trepanação já usada nos humanos. 

Há mais de 30 anos, em escavações num sítio arqueológico do período Neolítico, na actual França, foi encontrado um crânio de uma vaca. Tinha um buraco e logo se pensou que teria sido causado pela cornada de outra vaca. Dois cientistas de França fizeram agora uma análise mais detalhada a esse buraco e sugerem que foi provocado por uma cirurgia. Esta será assim a primeira prova de experimentação cirúrgica num animal.

Situado no Oeste de França, o sítio arqueológico de Champ-Durant era uma povoação fortificada de agricultores do final do Neolítico, entre 3400 a.C. e 3000 a.C. Portanto, essa experiência num animal terá acontecido entre há cerca de 5000 e 5400 anos. “O principal objectivo deste sítio era proteger o gado de vários predadores. Este tipo de povoação era abundante nesta região e neste período”, conta Fernando Ramirez Rozzi, da Faculdade da Medicina Dentária de Montrouge (França), e um dos autores do artigo científico publicado esta quinta-feira na revista Scientific Reports. “Essa sociedade baseava-se na pecuária e os bovinos são os principais vestígios da fauna no sítio”, adianta Fernando Ramirez Rozzi ao PÚBLICO.

Foi então neste sítio que se descobriu um crânio quase inteiro de uma vaca (faltava uma parte da maxila e as extremidades dos cornos) durante escavações entre 1975 e 1985. Na altura, viu-se logo que esse crânio tinha um buraco na parte direita do osso frontal e quis saber-se qual seria a causa. Análises ao tal buraco sugeriram que teria sido provocado por uma cornada de outra vaca.


Foto Marcas deixadas pela trepanação FERNANDO RAMIREZ ROZZI

Não convencido com esse resultado, em 2012 o director dessas escavações pediu a Fernando Ramirez Rozzi e a Alain Froment (do Museu do Homem, em Paris) que examinassem de novo o buraco no crânio.

Os dois cientistas observaram-no ao pormenor através de microscópio electrónico de varrimento. “O crânio da vaca tinha as mesmas marcas apresentadas por um crânio humano que tenha sido submetido a uma trepanação [cirurgia em que se faz uma perfuração no crânio]”, indica Fernando Ramirez Rozzi. “As marcas à volta do buraco revelam a técnica típica de trepanação muito usada no período Neolítico. Essas marcas são semelhantes nos crânios da vaca e de um humano.”

Osso não cicatrizou

Desde o Mesolítico (aproximadamente 10.000 a.C. a 5000 a.C.) que há provas de trepanação em humanos. A mais antiga que se conhece num crânio humano com 9300 anos encontrado no sítio arqueológico de Vasilyevka, no Azerbaijão. Em França, acrescenta Fernando Ramirez Rozzi, o registo mais antigo data de 5100 a.C., na Alsácia.

Independentemente das razões que nos levavam a praticar a trepanação (motivos religiosos ou de saúde, o que dependia das sociedades e dos períodos históricos), na pré-história já dominávamos esta técnica. “O crânio mais antigo [humano] com provas de trepanação já revelava o uso das mesmas técnicas usadas tempos históricos com o mesmo grau de precisão”, lê-se no artigo.

Não se sabe bem como se treinava e praticava a trepanação em humanos, segundo os autores: podia ser em crânios de pessoas já mortas (mas desconhece-se se resultaria) ou em animais. Contudo, é raro encontrar crânios completos de animais nos sítios arqueológicos. Muitos ficaram partidos depois de retirar a carne para alimentação. Há um crânio de javali – talvez do Neolítico – que mostra sinais de uma cirurgia e agora há o crânio da vaca de Champ-Durant.

Como tal, os cientistas consideram agora o crânio desta vaca como a prova mais antiga de uma trepanação num animal. E apontam duas hipóteses para o motivo da cirurgia. Pode ter sido realizada para curar a vaca ou para treinar nela a técnica de trepanação que depois seria aplicada nos humanos. “Se a cirurgia ao crânio observada na vaca foi feita para salvar o animal, então Champ-Durant dá-nos a primeira prova de uma cirurgia veterinária. Por outro lado, se a trepanação era usada para praticar técnicas, a vaca de Champ-Durant poderá dar-nos a primeira prova de uma experimentação cirúrgica num animal, indicando que esta prática já existia em 4000 a.C.”, concluem os cientistas.

E, já agora, o que aconteceu a esta vaca depois da cirurgia? Observando pelo microscópio, os cientistas verificaram que o osso não cicatrizou. Por isso, Fernando Ramirez Rozzi sugere: “Ou a trepanação foi feita quando a vaca já estava morta ou ela não sobreviveu à cirurgia.”

fonte: Público

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Foi uma extinção em massa que despoletou a era dos dinossauros


Há uma nova teoria que explica como começou o domínio dos dinossauros na Terra, e que aponta que estes grandes animais espalharam-se pelo planeta graças a um fenómeno semelhante ao que levou à sua extinção.

A ideia de que os dinossauros foram extintos no seguimento de um evento – que pode ter sido um asteróide que colidiu com a Terra -, no fim do período Cretáceo, há cerca de 66 milhões de anos, é mais ou menos consensual. Já a explicação para o que terá originado o seu predomínio na Terra é menos conhecida.

Mas uma nova investigação científica apurou que essa expansão dos dinossauros pode ter sido motivada por um outro evento de extinção em massa, há cerca de 232 milhões de anos.

Está em causa o chamado Evento Pluvial Carniano, como se explica na investigação publicada na revista Nature Communications, e que foi realizada, em parceria, por cientistas do MUSE – Museu de Ciência de Trento, em Itália, das Universidades italianas de Ferrara e Padova, e da Universidade de Bristol, no Reino Unido.

Esse Evento causou enormes erupções vulcânicas que provocaram chuvas ácidas e longos períodos de aquecimento global, e que levaram à morte de grande parte da vida na Terra.

Os cientistas encontraram provas desse Evento e da consequente proliferação dos dinossauros em sequências de rochas nas cadeias montanhosas Dolomitas, nos Alpes, no norte de Itália.

Analisando os sedimentos rochosos, inicialmente não havia quaisquer pegadas de dinossauros, mas depois surgiram em grande quantidade. E esta será a divisão que marca “o momento da explosão” dos dinossauros, como salienta a Universidade de Bristol num comunicado sobre o estudo, que é divulgado no site científico Phys.org.

Comparando esses indícios encontrados em Itália, com os vestígios de esqueletos detectados em rochas na Argentina e no Brasil, foi possivel verificar que há uma coincidência de datas nessa “explosão” dos dinossauros.

“As pegadas e os esqueletos contam a mesma história”, atesta o geólogo italiano Massimo Bernardi, Curador do MUSE e também investigador da Escola de Ciências da Terra da Universidade de Bristol, no Reino Unido. “É supreendente quão clara foi a mudança de “nenhum dinossauro” para “todos os dinossauros”“, realça Bernardi.

Os primeiros dinossauros terão surgido há 245 milhões de anos, no início do Período Triássico, mas, nessa altura, eram especialmente raros, até à tal extinção em massa que ocorreu 13 milhões de anos depois.

“A descoberta da existência de um elo entre a primeira diversificação dos dinossauros e uma extinção em massa global é importante”, constata o professor Mike Benton da Universidade de Bristol.

“A extinção não abriu, simplesmente, o caminho para a idade dos dinossauros, mas também para as origens de muitos dos grupos modernos, incluindo lagartos, crocodilos, tartarugas e mamíferos – animais terrestres essenciais, hoje em dia”, acrescenta Benton citado no comunicado sobre o estudo.

Os primeiros vestígios sobre o Evento Pluvial Carniano foram encontrados em 2015, em rochas, e foram essenciais para ajudar a perceber o que aconteceu há 232 milhões de anos.

“Houve erupções massivas no Oeste do Canadá, representadas, hoje em dia, pelos grandes basaltos de Wrangellia [situados no noroeste da América do Norte]”, explica o comunicado da Universidade de Bristol, notando que estes eventos levaram a “explosões de aquecimento global, chuvas ácidas e morte em terra e nos oceanos“. Mas para os dinossauros, foi o princípio de uma era de domínio do planeta.

fonte: ZAP

Cientistas encontram restos de planeta perdido no Sudão


Cientistas da Suíça, França e Alemanha revelaram que houve um planeta perdido que foi em tempos parte de nosso Sistema Solar, informou um estudo publicado na terça-feira (17) na revista Nature.

Segundo os pesquisadores, os diamantes encontrados dentro de um meteorito – baptizado de Almahata Sitta – indicam que é provável que essas pedras preciosas tenham sido formadas em um protoplaneta há pelo menos 4,5 biliões de anos.


Diamonds in a meteorite that exploded over Sudan in 2008 provide compelling evidence of an early ‘lost planet’, scientists say. http://readr.me/ogtrp

O meteorito caiu no deserto de Núbia, no Sudão, em outubro de 2008. Os diamantes encontrados dentro dele continham minúsculos cristais, cuja formação teria exigido uma grande pressão, revelou Philippe Gillet, um dos autores do estudo.

"Mostramos que esses grandes diamantes não podem ter sido resultado de um choque, mas sim de um crescimento que ocorreu no interior de um planeta”, comentou Gillet à agência AP.


Meteorite filled with diamonds found in Sudan http://dlvr.it/QPsRzN

O cientista opinou que o misterioso planeta pode ser tão grande como Mercúrio ou Marte.

Os especialistas consideram que no seu início o Sistema Solar tinha muitos planetas e alguns deles eram pouco mais que uma massa de magma. Acredita-se que um desses corpos celestes embrionários, conhecido como Theia, colidiu com a jovem Terra e que os restos dessa colisão formaram a Lua, o satélite natural de nosso planeta.

"O que dizemos no estudo é que temos em nossas mãos os restos dessa primeira geração de planetas que desapareceram porque foram destruídos ou incorporados a outros maiores", explicou Gillet.

fonte: Sputnik News

Cientistas "hackearam" enzima e agora ela é melhor a comer plástico


Cientistas norte-americanos e britânicos melhoraram uma enzima que é capaz de digerir alguns tipos de plástico, o que pode revolucionar o processo de reciclagem

Os cientistas modificaram a enzima que come plástico. Uma descoberta acidental, mas que melhorou a performance desta enzima, antecipando que venha a ser usada à escala industrial para a reciclagem do plástico.

A alteração aconteceu quando uma equipa da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, e do Laboratório Nacional de Energias Renováveis (NREL, na sigla inglesa) do Departamento Nacional de Energia dos EUA estavam a tentar perceber como funciona a enzima, descoberta em 2016, numa lixeira no Japão.


"O acaso tem muitas vezes um papel fundamental na investigação científica e a nossa descoberta não foi exceção", admitiu o coordenador da investigação, John McGeehan, diretor do Instituto de Ciências Biológicas e Biomédicas de Portsmouth, ao site da própria universidade.

Os investigadores descobriram que era possível melhorar a enzima - conhecida como Ideonella sakaiensis - quando estavam a construir o seu modelo 3D de forma a perceber como a bactéria onde esta se encontra degrada o plástico como fonte de alimentação. A sua modificação torna-a mais eficiente, aumentando as hipóteses de que venha a ser uma verdadeira possibilidade para a reciclagem do plástico.


Visão microscópica da enzima no processo de deteorização do plástico

Esta enzima foi identificada como alimentando-se de PET, um plástico patenteado nos anos 1940. A sua curta vida no planeta faz com que a enzima não tenha tido ainda muito tempo para evoluir na natureza. Ao tentar determinar a sua estrutura, os cientistas conseguiram melhorar a sua performance, na degradação de plásticos PET e até dos PEF.

"Apesar da nossa descoberta ser modesta, esta descoberta inesperada sugere que há espaço para futuros aperfeiçoamentos destas enzimas, aproximando-nos de uma solução para a reciclagem dos plásticos", defendeu o professor John McGeehan. Agora esta descoberta pode ser aplicada para continuar a melhorar esta enzima.

O objetivo será melhorar esta enzima para que possa ser usada à escala industrial permitindo a reutilização do plástico que neste momento demorar centenas de anos a degradar-se no meio ambiente.

De acordo com os dados de organizações ambientais por ano são produzidos 300 milhões de toneladas de plástico em todo o mundo. Destes 300 milhões, estima-se que cerca de 8 milhões vão parar aos oceanos.


terça-feira, 17 de abril de 2018

Rapaz descobre na Alemanha tesouro de um rei da Dinamarca


Um rapaz de 13 anos e um arqueólogo amador descobriram um tesouro, na Alemanha, que poderá pertencer ao rei Harald Gormsson Blåtand (ou "Bluetooth"), que levou o Cristianismo até à Dinamarca.

Em janeiro, René Schön e o seu aluno Luca Malaschnitschenko estavam na ilha Rügen, a maior das ilhas alemãs, localizada no mar Báltico, em busca de tesouros com um detetor de metais até que encontraram aquilo que pensavam ser uma peça de alumínio sem qualquer valor. Contudo, após investigarem melhor, concluíram que se tratava de uma peça de prata, segundo o jornal "The Telegraph".

Durante o passado fim de semana, o serviço regional de arqueologia decidiu realizar uma escavação no local da descoberta e encontraram colares, pérolas, um martelo de Thor, anéis e cerca de 600 moedas lascadas, 100 delas que datavam da época do reinado viking de Harold Blåtand (958-986). A moeda mais antiga encontrada nesta descoberta foi um dirham de Damasco, que remonta a 714; já o achado mais recente diz respeito a um cêntimo do ano 983.

As peças encontradas terão sido enterradas por volta de 980, altura em que o rei da Dinamarca e Noruega ter-se-á refugiado na Pomerânia (situada entre a Alemanha e a Polónia), onde acabou por morrer em 987. O rei terá sido forçado a deslocar-se para a região devido a uma rebelião liderada pelo filho, Sven Gabelbart.

Harald é conhecido por ter unificado a Dinamarca (maioritariamente pagã).

Origem do termo "Bluetooth"

Existem várias explicações para a origem do termo "Bluetooth", aplicado ao nome do rei da Dinamarca e que terá inspirado a designação da tecnologia presente, hoje em dia, em computadores e dispositivos móveis.

Uma das lendas revela que o rei Harald teria os dentes azuis ("blue tooth" - dentes azuis), ou por comer demasiados mirtilos, ou então, por ter um dente estragado que aparentava estar dessa cor.

Certo é que a tradução do último nome do rei, Blåtand, significa "Bluetooth" e que o nome da tecnologia foi mesmo inspirado em Harald, uma vez que o logótipo é composto pelas iniciais H e B escritas em letra rúnica, própria das línguas germânicas da Europa do Norte. Além disso, pretendeu-se aludir ao facto de o rei ter unificado a Dinamarca, daí o nome da tecnologia que permite também juntar dois dispositivos sem ser necessário qualquer fio.


segunda-feira, 16 de abril de 2018

Último submarino dos nazis é encontrado na Dinamarca


Um raro submarino, supostamente usado para uma misteriosa operação de fuga envolvendo nazis de alto escalão, for descoberto perto da Dinamarca.

Os restos de um raro submarino alemão, muito avançado para a tecnologia marítima de seu tempo, foram encontrados na área de Skagerrak, perto da costa da Dinamarca, como resultado do trabalho do Museu de Guerra Naval da Jutlândia para mapear, e eventualmente retirar, destroços marítimos no mar do Norte, reporta a agência de notícias TV2.


Destroços do submarino U-3523 encontrados no mar do Norte pelo Museu de Guerra Naval da Jutlândia, Dinamarca

O submarino alemão U-3523 foi afundado por um bombardeiro britânico B-24 Liberator em 6 de maio de 1945, o mesmo dia em que as Forças Aliadas libertaram a Dinamarca da ocupação alemã nazi. Todos os 58 tripulantes morreram.

"Este era um submarino muito especial. Foi o submarino mais avançado que os alemães construíram durante a Segunda Guerra Mundial. Ele era muito moderno e estava muito à frente do seu tempo", disse Gert Normann Andersen, director do museu da Jutlândia.

Segundo ele, somente dois desses 118 submarinos que foram encomendados pelo comando nazi entraram em serviço.


Submarino U-3523

Actualmente existe apenas um exemplar preservado dessa classe de submarinos, o qual está em exposição no Museu Marítimo Alemão em Bremerhaven, na Baixa Saxónia, que foi uma das principais bases alemãs de submarinos durante a Segunda Guerra Mundial e que continua sendo um dos principais portos comerciais do país.

De acordo com Andersen, o submarino já havia sido utilizado como navio de treino em Wilhelmshaven, outra importante base naval nazi, mas acredita-se que também tivesse sido usado numa missão secreta impedida pelo bombardeio britânico. O desaparecimento do U-3523 tem sido relacionado a rumores sobre alguns dos principais personagens nazis que tentavam escapar para a América do Sul com fortunas que consistiam de ouro e preciosas obras de arte. Esses rumores continuam circulando até os dias de hoje por falta de provas conclusivas.


Submarino U-3523

Apesar do U-3523 lançar alguma luz sobre esse enigma da fuga nazi, o Museu de Guerra Naval não tem planos para retirar o submarino que actualmente repousa em segurança a uma profundidade de 123 metros.

O U-3523 diesel-elétrico foi encomendado em novembro de 1943, concluído em dezembro de 1944 e entrou em serviço em janeiro de 1945. Ele tinha uma velocidade máxima à superfície de 30 quilómetros por hora e podia operar com motores silenciosos devido a técnicas inovadoras de engenharia. Com uma tripulação de cinco oficiais e cerca de 50 praças, poderia viajar de até 28.000 quilómetros.


CC BY-SA 4.0 / ZYOP / U-3523' VERY UNUSUAL POSITION ON THE SEABED Posição incomum da embarcação U-3523 naufragada

Produzido prematuramente e com defeitos significativos, a série continha algumas soluções revolucionárias, sendo o primeiro submarino a operar sobretudo submerso. Apesar de nunca ter sido usado em combate real devido a falhas, o submarino poderia passar vários dias submerso.

O Museu da Jutlândia está em processo de realizar uma grande varredura do fundo do mar em busca de naufrágios no mar do Norte. Até agora, foram encontrados 450 destroços, dos quais 12 submarinos, três britânicos e nove alemães.


fonte: Sputnik News

domingo, 15 de abril de 2018

As Múmias Monstro do Japão

Ocultas em salas de templos budistas e museus em todo o Japão, estão uma série de múmias monstro - vestígios preservados de demónios, sereias, Kappa, Tengu, Raijū, e até mesmo monges bem humanos. Aqui estão alguns notáveis espécimes para os aventureiros e corajosos de coração.


Múmias de demónios

Pode parecer estranho que templos budistas e ocasionalmente museus japoneses guardem perdidos demónios mumificados (oni), mas provavelmente faz mais sentido mantê-los fora das ruas, sob o olhar atento de um sacerdote, e longe dos olhares curiosos.


O Templo Zengyōji na cidade de Kanazawa (prefeitura de Ishikawa) é o lar da cabeça mumificada de um demónio de três faces. 

Diz a lenda que um sacerdote descobriu a múmia no templo, guardada numa câmara do século XVIII. Imagine a sua surpresa. Ninguém sabe de onde veio a cabeça demoníaca, e nem como, nem porque, ela acabou guardada.

A cabeça mumificada tem duas faces sobrepostas na frente, com uma outra (semelhante a de um kappa) na parte posterior. O templo expõe a cabeça ao público uma vez no ano, em torno do equinócio da Primavera.

Outra múmia misteriosa de demónio pode ser encontrada no Templo Daijōin na cidade de Usa (prefeitura de Oita).


Dizem que a múmia era uma relíquia familiar. Mas depois de sofrer algum tipo de infortúnio, a família foi forçada a se livrar dela.

A múmia demónio teve vários proprietários antes de acabar nas mãos de um devoto do Templo Daijōin, em 1925. Após o devoto adoecer, a múmia ficou sob suspeita de ser amaldiçoada.

O homem rapidamente se recuperou quando a múmia foi colocada sob os cuidados do templo. Ela permaneceu lá desde então. Hoje a múmia demónio de Daijōin é reverenciada como um objeto sagrado.


Uma múmia muito menor, que seria de um bebé demónio, esteve em poder do Templo Rakanji em Yabakei (prefeitura de Oita). Infelizmente, a múmia foi destruída num incêndio em 1943.


Múmias de sereias

No período Edo, no Japão - em particular nos séculos XVIII e XIX - as múmias de sereias foram uma visão comum em festivais populares chamados misemono. Ao longo do tempo, a prática da mumificação de sereias floresceu como uma forma de arte, e pescadores aperfeiçoaram técnicas de costura, e cabeças de macacos eram costuradas com perfeição nos corpos de peixes.

A múmia da foto abaixo é um exemplo clássico de uma sereia de festival. Parece que é constituída de partes de peixes e de outros animais, costuradas com corda e papel.




A criatura mumificada foi obtida por Jan Cock Blomhoff enquanto servia como diretor de Dejima, a colónia holandesa no Japão no porto de Nagasaki, entre 1817-1824. Ela agora está no Museu Nacional de Etnologia, em Leiden.

Outra velha múmia sereia exposta em um museu de Tóquio há vários anos, pertencia ao fundador do Museu Agrícola de Harano.


A origem da múmia é desconhecida, mas foi encontrada numa caixa de madeira que continha passagens de um sutra budista escrito em sânscrito.Também na caixa havia uma fotografia da sereia e uma nota afirmando que pertencia a um homem da Prefeitura de Wakayama.


Múmias Kappa

Tal como as múmias de sereias, muitas múmias Kappa (criaturas do rio) foram elaboradas por artistas do período Edo utilizando partes de animais, como macacos, corujas e raias.


Estes kappa mumificados, que agora estão num museu holandês, consistem de várias peças de animais reunidas num conjunto harmonioso. Acredita-se que tenham sido criadas para festividades no período Edo.


Outro kappa mumificado pode ser encontrado no Templo Zuiryūji em Osaka. O humanóide de 70 centímetros de comprimento supostamente remonta a 1682.


Outra notável múmia kappa pode ser vista num lugar aparentemente improvável - uma empresa da cidade de Imari (prefeitura de Saga).

De acordo com um panfleto da empresa, a múmia foi descoberta por carpinteiros no interior de uma caixa de madeira escondida no teto quando substituíam o telhado há mais de 50 anos.

A criatura era uma velha curiosidade familiar transmitida por gerações. Os proprietários da empresa construíram um pequeno altar dedicado a múmia.


Raijū

Com uma limitada compreensão científica do céu, a pessoa comum no período Edo no Japão olhava para cima com grande reverência e mistério. Criaturas sobrenaturais chamadas raijū, ou "Bestas do trovão " - habitavam as nuvens de chuva, e ocasionalmente caíam na terra quando os relâmpagos apareciam.


Os primeiros registos escritos conhecidos do raijū datam do final do século XVIII, embora a criatura tenha características do nue - criatura que habita nuvens - uma quimera descrita pela primeira vez no conto de Heike, uma epopeia histórica do século XII.


Os detalhes sobre a aparência do raijū variam. Alguns documentos do período Edo, alegam que o raijū era semelhante a um esquilo, gato ou doninha, enquanto outros descrevem-no como sendo parecido com um caranguejo ou hipocampo.

No entanto, a maioria concorda com as descrições do raijū quanto aos dedos palmados, garras acentuadas, dentes longos, a capacidade de algumas vezes poder atirar relâmpagos. A besta aparece por vezes, também, com seis pernas, ou três rabos, sugerindo também a capacidade de trocar de forma.

Um documento ilustrado de um raijū, que caiu do céu durante uma violenta tempestade na noite de 15 de junho de 1796 em Higo-kuni (hoje Prefeitura de Kumamoto).


Aqui, o raijū é descrito como um caranguejo com um casaco de peles preto medindo cerca de 11 centímetros (4 polegadas) de espessura.


Outro famoso encontro teve lugar em Tsukiji na área de Edo em 17 de agosto de 1823.Duas versões diferentes do incidente oferecem descrições da besta.


Um documento mostra o raijū como sendo do tamanho de um gato ou doninha, com um grande olho protuberante e um único chifre longo, como o de um touro ou rinoceronte, projetado do topo da sua cabeça. No outro, o raijū tem um olho mais arredondado e falta o seu chifre.

No Volume 2 do Kasshi Yawa ( "Histórias da Noite do Rato"), uma série de artigos sobre a vida quotidiana em Edo, o autor Matsuura Seizan escreve que não era incomum criaturas parecidas com gatos caírem do céu durante tempestades. 

O volume inclui a história de uma família que cozinhou e comeu uma dessas criaturas depois que caiu no seu telhado. Dada a frequência das observações do raijū , não é nenhuma surpresa que alguns tenham virado múmias. Na década de 1960, O TemploYūzanji, na prefeitura de Iwate, recebeu uma múmia de raijū dada por um devoto.


A origem da múmia, bem como a forma que o devoto a obteve, é um mistério. A múmia parece à primeira vista com a de um gato, mas as pernas são bastante longas e o crânio não tem nenhuma órbita ocular visível.


Uma múmia raijū semelhante está em exibição no Templo Saishōji na Prefeitura deNiigata.


Múmia Tengu

Outra lendária criatura sobrenatural do céu é o Tengu, um perigoso demónio muitas vezes representado na arte como parte humana e parte pássaro. 


O Museu Hachinohe (Prefeitura de Aomori) no Norte do Japão, guarda uma múmia Tengu, que pertenceu a Nambu Nobuyori, líder do clã Nambu que dominou Hachinohe em meados do século XVIII.


A múmia, que parece ter uma cabeça humanóide e penas e pés de um pássaro, teria origem na cidade de Nobeoka (prefeitura de Miyazaki ), no sul do Japão. 

Teorias sugerem que a múmia Tengu veio do norte do Japão e depois foi repassada para familias samurai, algumas das quais estavam profundamente interessadas em colecionar e comercializar estas curiosidades.


Monges auto-mumificados

Alguns templos budistas do norte do Japão guardam "múmias vivas", conhecidas como sokushinbutsu. Os corpos preservados são de monges, que aparentemente de boa vontade, se mumificaram na busca do nirvana.


Para se tornar uma múmia viva, os monges tinham de ser submetidos a um longo e difícil processo de três etapas.

Passo 1: Durante 1000 dias, os monges comiam uma dieta especial de nozes e sementes e se ocupavam de um rigoroso treino físico para eliminar a gordura do corpo.

Passo 2: Por outros 1000 dias, eles só comiam cascas e raízes, diminuindo gradualmente a quantidade.

Perto do fim, eles bebiam um chá feito a partir da seiva da árvore urushi, uma substância tóxica utilizada normalmente para envernizar tigelas, que causaria mais perda de fluidos corporais. 

O chá era fabricado com a água de uma nascente sagrada no Monte Yudono, conhecida por conter um elevado nível de arsénico. A mistura cria um ambiente livre de germes dentro do corpo, e ajuda a preservar a carne e os ossos.

Passo 3: Por fim, os monges retiravam-se para uma câmara subterrânea ligada à superfície por um minúsculo tubo de bambu para respirar. Lá, eles meditavam até a morte, quando eram selados em sua tumba. Após 1000 dias, eram desenterrados e limpos. Se o corpo estivesse bem preservado, o monge era considerado uma múmia viva.


Infelizmente, a maioria dos que tentaram a auto-mumificação foi vencida, mas os poucos que conseguiram, alcançaram o status de Buda e foram consagrados em templos.Somente duas dúzias dessas múmias estão sob o cuidado dos templos no norte de Honshu. O governo japonês baniu a prática da auto-mumificação no final do século XIX.