quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Humanos viveram nas grandes altitudes do Tibete muito antes que se pensava


Rochas do planalto do Tibete




Chusang

Uma nova análise de um sítio arqueológico nas altas montanhas do Tibete sugere que os primeiros moradores da região podem ter acampado no local cerca de 4 mil anos antes do se pensava. Novos estudos sugerem que ele foi habitado entre 7.400 mil e 12 mil anos.

Os primeiros seres humanos que se aventuraram a chegar ao planalto tibetano enfrentaram temperaturas congelantes e pouco oxigénio. O Tibete está localizado em uma região a 4,5 mil metros acima do nível do mar, o ponto mais elevado do planeta, por isso recebeu o apelido de "teto do mundo". O país abriga o monte Everest, com 8.850 metros de altura.

Análises anteriores estimaram que as primeiras pessoas que habitaram o local chegaram entre 3.600 anos e 5.200 anos, quando já existia agricultura. 

O estudo pode ajudar a entender a partir de quando a população do Tibete começou a se adaptar fisicamente para viver com baixos níveis de oxigénio sem problemas.

A grandes alturas

Ao deixar a África, os humanos efetivamente se espalharam pela maior parte da Terra, mas o momento de sua chegada nas mais altas escalas do Himalaia ainda não foi totalmente esclarecido.

Um dos melhores locais preservados para estudo é Chusang, uma vila situada no planalto central mais de 4.000 metros acima do nível do mar.

O local, descoberto em 1998, apresenta marcas de mãos humanas e pegadas ao longo da superfície de um travertino (rocha calcária) fóssil.

Na tentativa de chegar a uma data mais aproximada da época em que a aldeia foi habitada, os cientistas usaram três técnicas diferentes, examinando as plantas microscópicas no local, cristais e analisando a concentração de elementos químicos do ambiente.

De acordo com a pesquisa, divulgada pela revista Science, o novo intervalo estimado para assentamento em Chusang, entre 7.400 e 12.700 mil anos, está mais de acordo com os resultados de alguns estudos genéticos.

Além disso, eles destacam que as viagens a esse acampamento deveriam ser ainda mais difíceis, levavam muitos dias e por conta do clima, o caminho poderia ficar intransitável a maior parte do ano. Isso corrobora a ideia de que se trata de um local ocupado permanentemente.

fonte: UOL

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