O jornalista Jeff Schogol decidiu esclarecer a situação em torno dos relatórios dos pilotos da Marinha norte-americana sobre objetos voadores não identificados (OVNIs).
Nos últimos anos, pilotos da Marinha dos EUA vêm relatando com frequência encontros com objetos misteriosos na zona de atividade de navios norte-americanos na costa oriental dos EUA, o que impulsionou publicação de diversas matérias sobre os avistamentos incomuns.
Embora muitos analistas tenham certeza absoluta de que a Rússia e a China não sejam capazes de criar tais drones, em resposta às perguntas sobre teorias alternativas da origem extraterreste dos objetos, militares pretendem manter o silêncio, escreveu o analista da Task and Purpose, Jeff Schogol.
"Vamos falar sobre OVNIs. Primeiramente, vamos deixar claro que seu amigo e narrador humilde não usa um chapéu de papel-alumínio e, também, não acredita que o governo dos EUA tenha bastante competência para manter as provas de existência de alienígenas em segredo da sociedade americana."
Porém, a Marinha dos EUA não revela ideias sobre a origem dos objetos misteriosos.
De acordo com Joseph Gradisher, porta-voz do subchefe da Marinha norte-americana, responsável pelos assuntos da guerra de informação, o aumento dos "contatos" com OVNIs, a partir de 2014, coincide com a época em que diversos drones baratos e outros veículos aéreos não tripulados se tornaram mais populares e disponíveis.
Entretanto, a Força Aérea dos EUA duvida de que se trate de drones de reconhecimento de longo alcance fabricados pela Rússia ou China.
"Se bem que as tecnologias de controle remoto de aeronave se tornaram mais populares em todo o mundo, não temos preocupação que a China ou Rússia sejam capazes de elaborar qualquer drone de longo alcance que não sejam de nosso conhecimento", disse o major Bryan Lewis da Força Aérea norte-americana.
O aposentado major-general James Poss destacou que qualquer drone capaz de percorrer uma rota da Rússia ou China até o litoral leste dos EUA deveria ter características comparáveis ao drone norte-americano MQ-9 Reaper. Além disso, a comunicação entre a aeronave e o posto de controle pode ser detectada facilmente.
"Ficaria muito surpreso se fossem aeronaves russas ou chinesas sendo operadas da Rússia ou da China", disse James Poss.
Por sua vez, o analista Jeff Schogol perguntou a oficiais do Departamento de Defesa dos EUA sobre a possibilidade de serem alienígenas que estão espionando militares americanos.
Ele destacou ser importantíssimo manter um tom apropriado ao conversar com militares sobre OVNIs. Mas, na maioria dos casos, militares mantiveram "silencio cortês" e, só em uma das vezes, "uma longa olhada fixa".
De 2008 a 2012, a Agência de Inteligência de Defesa do Departamento de Defesa dos EUA efetuou uma investigação dos contatos com OVNIs no âmbito do Programa Avançado de Identificação de Ameaças Espaciais (AATIP, na sigla em inglês). Na época, especialistas analisaram 38 mensagens sobre os contatos com objetos voadores não identificados, chegando à conclusão da irrelevância do programa e o encerrando, recordou o analista.
Mas o ex-senador Harry Reid acha que o Pentágono deveria mais uma vez verificar dados esquecidos.
"Por que não? Em minha opinião, é um absurdo não fazer nada [nesses circunstâncias]”, afirmou o senador.
Vale ressaltar que Harry Reid promoveu o financiamento do programa de pesquisa sobre OVNIs.
Entretanto, agora não é fácil estabelecer o que os militares enfrentam nessa vez, constatou o político.
Os objetos voadores desconhecidos seriam capazes de mover em direção vertical e horizontal, manobrando perfeitamente. Ao mesmo tempo, caças norte-americanos podem alcançar uma velocidade de cerca de 1.100 km/h. Segundo uma recente estimativa, OVNIs conseguiam voar a 4.800 km/h, o que exclui a possibilidade de se tratar de caças.
fonte: Sputnik News
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