Um satélite de comunicações russo caiu hoje imediatamente após o lançamento, no mais recente fracasso do programa espacial russo, que se segue a outros insucessos, no ano passado.
"O satélite não conseguiu entrar em órbita. Uma comissão estatal vai investigar as causas do acidente", disse o porta-voz das forças espaciais russas, Alexei Zolotukhin, citado pela agência noticiosa russa Interfax.
O "Meridian", satélite de comunicações militares e civis, "caiu em território da Sibéria" depois de ter sido lançado da base espacial de Plesetsk, devido a uma avaria no foguetão "Soyuz", referiu a Interfax, citando fontes do setor.
A agência noticiosa russa RIA-Novosti disse que o satélite caiu perto da cidade de Tobolsk, na região ocidental da Sibéria.
O lançamento de hoje foi o quinto da série "Meridian", satélites que visam criar um sistema de comunicação para os navios no Ártico e para as regiões russas da Sibéria e do Extremo Oriente do país.
Os foguetões "Soyuz" são o principal componente do programa espacial russo, há décadas e ainda são utilizados por Moscovo para lançar seres humanos para o espaço.
O "Meridian" devia ter-se separado do foguetão cerca de nove minutos após ter sido lançado, mas o "Soyuz" já tinha tido outras avarias antes da separação, referiu a agência noticiosa ITAR-TASS.
"De acordo com dados preliminares, a avaria do foguetão ocorreu antes da separação em órbita entre o satélite e o terceiro andar do foguetão", disse a ITAR-TASS, citando fontes anónimas.
Este é o último fracasso de doze meses difíceis para o programa espacial russo que perdeu, neste período, três satélites de navegação, um satélite militar avançado, outro de telecomunicações, uma nave de abastecimento e uma sonda com destino a Marte.
A Rússia admitiu a perda da sonda Phobos-Grunt, lançada a 9 de Novembro e que tinha como missão a maior lua de Marte.
Poucos dias depois, as autoridades russas admitiram a perda da sonda devido a um desvio de trajectória, admitindo mesmo a possibilidade de cair na terra, entre os dias 6 e 19 de Janeiro.
A queda da sonda está a ser acompanhada por cientistas russos e ocidentais.
fonte: DN
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