quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Amostras extraterrestres desapareceram da Nasa


Amostra lunar na Estação Espacial Internacional

Centenas de amostras de materiais extraterrestres foram perdidas ou roubadas da Nasa nos últimos 40 anos.

Segundo um levantamento realizado pela agência, 517 amostras recolhidas em ambientes fora da Terra haviam desaparecido entre 1970 e junho de 2010.

Destas, 218 haviam sido furtadas por um investigador em 2011, mas acabaram recuperadas. No entanto, entre os materiais relatados como perdidos, ainda estão 18 amostras de rochas lunares trazidas nas missões Apolo.

Num relatório, o inspector-geral da Nasa, Paul Martin, afirma que o principal problema é o sistema de empréstimos, que não é bem gerenciado.

Há casos de empréstimos para investigadores falecidos e até mesmo amostras emprestadas há 35 anos e que nunca foram usadas em nenhuma pesquisa.

Este seria um grave erro, uma vez que os chamados astromateriais, amostras que têm origem em ambientes extraterrestres, são recursos raros, limitados, e que deveriam ser bem empregados.

A coleção da Nasa inclui rochas e amostras do solo lunar, meteoritos de asteroides, da Lua e Marte, poeira cósmica, entre outros.

Além de estudar esses materiais, a Agência os empresta a outros cientistas, num sistema controlado pelo escritório de curadoria do Centro Espacial Johnson.

O departamento cuida de 14 mil amostras lunares, 18 mil de meteoritos, 5 mil de ventos solares, cometas e poeira cósmica. Até março de 2011, 26 mil dessas amostras estavam emprestadas.

O problema da falta de organização veio à tona em junho de 2010, quando o Johnson alertou que um disco lunar, emprestado ao Observatório Astronómico Mount Cuba, em Greenville, Delaware, havia desaparecido.

Ele havia sido emprestado em 1978 e deveria ser devolvido em junho de 2008. No entanto, o contacto para devolução só foi feito em fevereiro de 2010.

Quando tentou encontrar a amostra, o director do observatório descobriu que o funcionário responsável pelo material havia falecido há um ano. Até hoje, a peça está desaparecida.

fonte: Info

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