quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Detetados sinais de rádio repetidos de uma galáxia a 1,5 biliões de anos luz


O CHIME está instalado na Colúmbia Britânica, no Canadá

Poderosos sinais de rádio intrigam os cientistas há muitos anos. Há quem diga que são a prova de que existe vida extraterrestre.

Um grupo de cientistas encontrou sinais de rádio repetidos vindo de uma galáxia a 1,5 biliões de anos-luz de distância da Terra. Segundo o jornal Independent, é a segunda vez que são detetados sinais deste género.

Não se sabe o que está na origem do sinal, o que propicia várias especulações. Há teorias que apontam para uma explosão de estrelas, enquanto outras admitem que poderá ser uma transmissão de civilizações alienígenas lançada no espaço. Mas o certo é que as causas permanecem desconhecidas.

Os sinais detetados são explosões rápidas de rádio (FRBs), que consistem em impulsos rápidos e brilhantes. "Até agora, havia apenas um FRB repetido conhecido. Saber que há um outro sugere que pode haver mais por aí. E com mais repetidores e mais fontes disponíveis para estudo, somos capazes de entender esses enigmas cósmicos - de onde vêm e o que os causa", disse Ingrid Stairs, membro do Canadian Hydrogen Intensity Mapping Experiment (CHIME), que fez a descoberta na Colúmbia Britânica.

Das 60 FRBs detetadas até agora, apenas uma delas se repetiu (seis vezes), ao que tudo indica do mesmo local. Agora, os investigadores identificaram cerca de 13 explosões no período de três semanas, pelo menos sete das quais com uma frequência de 400 MHz, mas admite-se que o aparelho tenha deixado passar algumas com uma frequência mais baixa. "Qualquer que seja a origem destas ondas de rádio, é interessante ver a amplitude de frequência que podem produzir", afirmou Arun Naidu, da Universidade de McGill.

De acordo com os autores, que publicaram o artigo na revista Nature, a existência de dois sinais repetidos sugere que existirá uma "população substancial" de sinais repetidos, e também ajuda os cientistas a perceber o que os distingue dos sinais únicos, fornecendo mais dados sobre a sua origem.


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