sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Estas nove partes do corpo eram essenciais (mas já não precisamos delas)


Algumas partes do corpo humano não têm nenhum propósito, apesar de já terem tido uma função específica nos nossos antepassados. Essas partes eram essenciais para a sobrevivência, mas, atualmente, são inúteis.

Dorsa Amir, uma antropóloga evolucionária do Boston College disse que, se uma característica não for útil, mas permanecer inofensiva para os seres humanos, acompanhará o progresso da evolução. Segundo o Business Insider, há pelo menos nove partes que o ser humano já não precisa.

O apêndice, por exemplo, não é um parte essencial – ainda que alguns estudos sugiram que armazena boas bactérias.

Há muitos anos, o apêndice pode ter ajudado as pessoas a digerir plantas ricas em celulose. Embora os vertebrados devoradores de plantas ainda dependam do seu apêndice para processar as plantas, o órgão não faz parte do sistema digestivo humano.

No entanto, há evidências crescentes de que o apêndice armazena algumas bactérias intestinais úteis, mas não é claro se “sempre foi a sua função, ou se é um cão velho a aprender novos truques”, disse ela. Em alguns casos, o apêndice fica inflamado ou rompe, o que requer a remoção cirúrgica do órgão.

Uma segunda parte do corpo é o músculo palmar longo, que se estende do punho até ao cotovelo. Cerca de 10% dos humanos não o possuem.

Se pousar a parte de trás do pulso numa mesa e ligar o polegar ao dedo mindinho, poderá ver uma faixa de músculo a surgir no pulso. Esse é músculo palmar longo. Amir disse que este músculo ajudou os nossos ancestrais a subir às árvores. O músculo provavelmente também ajudou os primeiros humanos com a sua aderência. Quando começámos a andar em dois pés há cerca de 3,2 milhões de anos, o músculo tornou-se inútil.

“Já passou algum tempo desde que foi útil”, disse Amir. Agora, no entanto, a força no punho de alguém é a mesma, independentemente de terem ou não o músculo.

Os seres humanos também já não precisam de mandíbulas poderosas porque as nossas dietas mudaram para alimentos suaves e grãos cozidos. As mandíbulas também são menores, por isso, não conseguimos encaixar corretamente os nossos dentes do siso.

“Já que comemos alimentos moles agora, e os molares costumavam ser usados para moer, já não precisamos deles”, disse Amir

Em quarto lugar, vem o eretor do pelo, um músculo diminuto, cujas fibras produzem arrepios quando se contraem. Os nossos ancestrais, que tinham muito mais pelos no corpo, usavam as fibras a seu favor, mas, para nós, são inúteis.

Para animais com pelo espesso, o eretor de pelo pode ajudar ao isolamento. As fibras também podem fazer com que os animais pareçam maiores – um porco-espinho beneficia deste fenómeno.

A cientista menciona os embriões humanos, que desenvolvem uma cauda entre cinco e oito semanas após a conceção. A cauda desaparece quando os humanos nascem e as vértebras restantes fundem-se para formar o cóccix.

Os ossos da cauda ajudaram os nossos ancestrais com mobilidade e equilíbrio, mas a cauda encolheu quando os humanos aprenderam a andar de pé. O cóccix, agora, não tem utilidade nos humanos.

Os bebés humanos raramente nascem com uma cauda, embora isso possa acontecer. Os médicos podem remover a cauda através de cirurgia sem grandes problemas.

Os músculos auriculares controlam a parte visível da orelha, mas os humanos perderam a capacidade de usá-los. Outros mamíferos usam-nos para detetar presas e predadores.

Os músculos auriculares do ouvido ajudam outros mamíferos a localizar sons e expressar emoções. Ao contrário dos humanos, animais como gatos precisam de mover os ouvidos para ouvir bem. Mas Amir disse que, como temos pescoço flexível, já não temos a necessidade de fazer o mesmo. Alguns humanos podem mexer as orelhas, mas é o melhor que conseguem fazer.

O músculo piramidal, que está localizado no baixo ventre, tem a forma de um triângulo. As pessoas têm de zero a dois desses músculos, mas não ajudam em nada. O músculo piramidal pode ajudar a contrair a linha alba, mas isso não é relevante para a função dos músculos abdominais. Cerca de 20% dos humanos não possuem músculos piramidais.

Os fetos masculinos e femininos desenvolvem-se inicialmente da mesma forma e a testosterona desencadeia a formação de órgãos sexuais masculinos mais tarde. Antes destas hormonas aparecerem, no entanto, os mamilos já começaram a desenvolver-se.

Os homens não conseguem amamentar em circunstâncias naturais, mas um alto nível de prolactina, a hormona que ajuda a produzir leite, pode criar esse efeito. Enquanto muitos mamíferos machos podem lactar em cenários extremos, apenas o morcego Dayak, encontrado no sudeste da Ásia, o faz espontaneamente.

Por fim, a plica semilunar, ou terceira pálpebra, é uma dobra de tecido encontrada no canto interno do olho. Assemelha-se às membranas que alguns animais usam para proteger os olhos.

Aves, répteis e alguns mamíferos podem puxar essas membranas através dos olhos para mantê-las húmidas e livres de detritos. A nossa plica semilunar é um remanescente dessas membranas, embora os seres humanos sejam incapazes de controlar o tecido.

fonte: ZAP

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