Fotografia © Nikola Solic - Reuters
Estudo publicado na "Nature" sugere que uma variante do gene que parece aumentar o risco de diabetes entre os latino-americanos terá sido herdado do homem de Neanderthal.
O SLC16A11 associado com o risco de diabetes do tipo 2 foi descoberto após terem sido recolhidas amostras genéticas de um Neandertal numa caverna em Denisova, na Sibéria. As análises indicaram que a versão de maior risco do SLC16A11 terá sido introduzida nos seres humanos modernos através do cruzamento com Neanderthais.
Sabe-se agora que os humanos modernos interagiram com uma população de Neanderthais pouco tempo após terem deixado o continente africano há cerca de 60 a 70 mil anos. Isto significa que os genes dos Neanderthal fazem agora parte do genoma de todos os não-africanos que vivem nos dias de hoje.
Segundo a "BBC News", a variante do gene foi detetada num grande estudo aos genes de mais de oito mil mexicanos e latino-americanos e segundo os investigadores, as pessoas que apresentam a variação do gene de maior risco são 25% mais propensas a ter diabetes. Nas que o herdaram de ambos os pais, essa probabilidade sobe para os 50%. O gene de maior risco, chamado SLC16A11, foi detetado em mais de metade das pessoas com ascendência indígena, incluindo os latino-americanos.
O SLC16A11 pode alterar a quantidade de um tipo de gordura que está associada ao risco de diabetes. A investigação sugere que o SLC16A11 poderá estar envolvido num transporte metabólico desconhecido que afeta os níveis de gordura nas células aumentando, assim, o risco de diabetes do tipo 2.
"Um dos aspetos mais interessantes deste trabalho é que descobrimos uma nova pista sobre a biologia do diabetes", afirmou David Altshuler, um dos autores do estudo.
fonte: Diário de Noticias
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