A piranha vegetariana, que pode medir até 50 centímetros e pesar 40 quilos, está ameaçada pela construção de barragens
Uma piranha vegetariana figura entre as 441 novas espécies descobertas após quatro anos de investigações científicas na floresta amazónica, anunciou esta quarta-feira a organização ambiental "World Wide Fund for Nature".
Pelo menos 258 plantas, 84 peixes, 58 anfíbios, 22 répteis, 18 pássaros e um mamífero foram registados pela primeira vez, segundo a organização não governamental internacional que atua nas áreas da conservação, investigação e recuperação ambiental, que refere igualmente "inúmeras descobertas de insetos e de invertebrados".
"Com uma média de duas novas espécies descobertas a cada semana durante os quatros últimos anos, é evidente que a extraordinária Amazónia permanece uma das mais importantes reservas da biodiversidade do mundo", comentou Damian Fleming, diretor do programa para o Brasil e a Amazónia do ramo britânico da "World Wide Fund for Nature" (WWF).
Muitas destas espécies novas são endémicas na região, o que as torna mais vulneráveis às consequências da desflorestação que "destrói o equivalente a três campos de futebol por minuto" na Amazónia, de acordo com a organização.
Exclusivamente herbívora, a piranha vegetariana, que pode medir até 50 centímetros e pesar 40 quilos, está ameaçada pela construção de barragens, entre outras causas que afetam o seu habitat, no meio das rochas.
Entre as outras espécies descobertas encontram-se um macaco que ronrona como um gato, uma minúscula rã e um lagarto particularmente tímido apesar da sua pele decorada com padrões que fazem lembrar chamas.
A selva amazónica, na América do Sul, é a floresta tropical mais extensa do mundo. A extensão está calculada em seis milhões de quilómetros quadrados, repartidos entre oito países - Brasil e Perú detêm a maior parte da extensão da Amazónia, seguidos da Colômbia, Bolívia, Equador, Guiana, Venezuela e Suriname.
fonte: Jornal de Noticias
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