terça-feira, 29 de outubro de 2013

Homem mais alto do mundo casou-se na Turquia


Sultan Kosen mede 2,51 metros

O turco Sultan Kosen, considerado o homem mais alto do mundo, com 2,51 metros de altura, casou-se no domingo com uma síria numa cerimónia realizada na localidade de Mardin, no sudeste da Turquia.

Kosen, de 31 anos, casou-se com Merve Dibo, que mede 1,75 metros de altura. 

"Estou muito contente por ter finalmente encontrado alguém que me aceita e me ama", disse Sultan Kosen, em declarações aos jornalistas, e citado pela comunicação social internacional. 

A altura vertiginosa de Kosen, reconhecido em 2011 pelo Guinness Book como o homem mais alto do mundo, é resultado de um tumor que afetou a glândula pituitária localizada no cérebro deste cidadão turco. 

Em 2010, Kosen foi operado ao tumor na Universidade de Virgínia (Estados Unidos) e foi-lhe prescrita medicação para controlar o seu nível hormonal de crescimento. 

Apesar de estar curado, diagnóstico que foi divulgado no ano passado, Kosen tem de usar muletas, uma vez que as articulações não têm o mesmo nível de desenvolvimento do que o resto do seu corpo.


Mulher ficou ferida em ataque de tubarão


Uma mulher de 60 anos ficou gravemente ferida ao ser atacada por um tubarão numa praia do oeste da Austrália, informaram hoje as autoridades locais, de acordo com a agência AFP.

A vítima, de 60 anos, estava a fazer mergulho com o seu companheiro a cerca de 40 metros da costa de Turquoise Bay, no Estado da Austrália ocidental, quando foi mordida por um tubarão no braço, tendo sido levada para Perth para receber tratamento médico, segundo uma responsável do Ministério da Pesca australiano, Lisa Clack, citada pela AFP.

Fonte hospitalar indicou que a vítima não corre perigo de vida.

O tubarão tinha cerca de um metro de comprimento, mas a sua espécie não foi determinada.

Os tubarões são frequentes na Austrália, mas os ataques fatais são raras, registando apenas um morto em cada 15 incidentes ocorridos por ano em média. O último ataque mortal remonta a julho de 2012.


Três novas espécies animais descobertas na Austrália


Fotografia © DR/ National Geographic

Uma lagartixa com a cauda em forma de folha, um pequeno lagarto dourado e um sapo que vive em labirintos são três novas espécies descobertas por uma expedição científica numa área isolada no nordeste da Austrália, informaram académicos.

A descoberta foi feita durante uma expedição conjunta da Universidade James Cook e da National Geographic, realizada em março no cabo de Melville.

"A descoberta de três novas espécies vertebradas pode ser surpreendente em lugares pouco explorados como a Nova Guiné, mas é ainda mais na Austrália, um país que acreditamos que já foi explorado em profundidade", afirmou o cientista Conrad Hoskin, da Universidade James Cook.

A cordilheira do cabo Melville, no extremo nordeste do Estado australiano de Queensland e parte de um parque nacional, é formada por rochas gigantescas e milenares de granito negro.

Apesar de se conhecer bem a zona costeira do cabo Melville, as suas áreas montanhosas e bosques da parte alta são desconhecidos pelos cientistas devido ao grande nível de dificuldade para se chegar a esses lugares.

Estas condições geográficas mantiveram muitas espécies isoladas durante milhões de anos na parte alta do cabo Melville, o que permitiu que "evoluíssem para outras espécies que são únicas nesse habitat rochoso", acrescentou Hoskin.

"A parte alta do cabo Melville é um mundo perdido", considerou o biólogo.

A lagartixa (Saltuarius eximius), com 20 centímetros de comprimento, tem uns olhos grandes, esconde-se nas rochas durante o dia e sai das mesmas durante a noite para caçar insetos e aranhas.

O especialista em répteis e rãs do Museu de Queensland, Patrick Couper, disse que esta lagartixa "é a espécie mais estranha" que já viu em 26 anos de profissão.

O pequeno lagarto de pele dourada (Saproscincus saltus) é mais ativo durante o dia, enquanto a pequena rã (Cophixalus petrophilus) habita durante a época seca nas profundezas dos labirintos formados entre as zonas rochosas do cabo Melville e na época das chuvas vem à superfície para respirar e alimentar-se.

Esta rã põe os seus ovos nas fendas húmidas das rochas que são guardados pelos machos da espécie até os girinos se tornarem rãs.


domingo, 27 de outubro de 2013

Radiotelescópio ALMA revela novos pormenores do objecto celeste mais frio do Universo


A nebulosa do Bumerangue vista pelo Hubble (à esquerda) e pelo ALMA (à direita) NRAO/AUI/NSF/ESA/NASA

Com a ajuda do ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array), o observatório radioastronómico terrestre mais complexo do mundo, instalado no planalto de Chajnantor, no Norte do Chile, uma equipa de astrónomos conseguiu olhar de mais perto para a nebulosa do Bumerangue, o objecto mais frio que se conhece no Universo fora de um laboratório.

Os seus resultados foram publicados na revista Astrophysical Journal.

Situada a uns 5000 anos-luz da Terra na direcção da Constelação do Centauro, a nebulosa do Bumerangue tem uma temperatura de apenas um grau acima do zero absoluto (272 graus Celsius negativos), sendo mais fria do que a chamada radiação cósmica de fundo do Universo, que é o “eco” do Big Bang (e cuja temperatura, uniforme em todo o Cosmos, é de 2,8 graus acima do zero absoluto).

Trata-se de uma “nebulosa planetária” em formação. Ao contrário do que se poderia pensar, não tem nada a ver com planetas: é antes uma estrela do tipo do nosso Sol em fim de vida, quando já perdeu as suas camadas exteriores. No seu centro, explica um comunicado do Observatório Nacional de Radioastronomia (EUA), um dos parceiros do ALMA, resta uma anã branca que, ao emitir luz ultravioleta, faz brilhar os gases da nebulosa.

As primeiras observações da nebulosa do Bumerangue a partir de telescópios terrestres, nos anos de 1980, mostravam uma forma com dois lóbulos ligeiramente assimétricos. Mais tarde, o telescópio espacial Hubble revelou uma estrutura em lacinho ou ampulheta. E agora, o ALMA, capaz de detectar ainda melhor os comprimentos de onda muito frios no espaço, atesta “que a estrutura em duplo lóbulo, ou em bumerangue, é na realidade uma estrutura muito mais larga que se está a expandir rapidamente no espaço”, como faz notar Raghvendra Sahai, da agência espacial norte-americana NASA e autor principal do estudo. A nova imagem evoca literalmente a silhueta de um fantasma de desenho animado.

Este tipo de resultados, diz ainda Sahai, são importantes para perceber melhor como morrem as estrelas como o nosso Sol.

fonte: Público

Este rato não sente o veneno dos escorpiões e até os come



Para o Onychomys torridus, os escorpiões servem de refeição e nem sente as suas picadas. Agora descobriu-se por que resiste ao veneno, o que pode ajudar a desenvolver novos analgésicos.

O vídeo de um roedor do deserto norte-americano a atacar um escorpião conterrâneo impressiona. Os dois animais estão a ser filmados dentro de um aquário com areia e pedras, que imitam uma paisagem desértica como a do Arizona, nos Estados Unidos. Felpudo, focinho pontiagudo e orelhas de peluche, o Onychomys torridus não atinge mais do que 12,5 centímetros, é um predador e avança sem medo para o Centruroides sculpturatus – sete centímetros, cor amarela esbatida, dono de uma das ferroadas mais dolorosas da América do Norte.

Os momentos seguintes parecem um acto de masoquismo por parte do mamífero. O ferrão do escorpião atira-se à cara do rato repetidamente, e pica, pica, pica. Mas o roedor esfrega o focinho duas ou três vezes, e continua impávido a dar-lhe mordidelas. Adivinha-se que a batalha está concluída quando a cauda do escorpião não se levanta mais do chão. O rato venceu, come o escorpião, não há veneno que o abale.

Ao contrário dos outros roedores, esta espécie tem uma mutação numa proteína que torna estes mamíferos resistente ao veneno doCentruroides sculpturatus, mostra um estudo publicado na edição desta sexta-feira da revista Science.

“A maioria das pessoas descreve a picada do Centruroides sculpturatus como a sensação de queimadura de um cigarro e depois ter uma unha a pressionar esse local. É uma dor que queima e arde, mas há também alguma coisa no veneno que provavelmente activa os receptores mecânicos [importantes para se sentir o toque] que tornam as vítimas hipersensíveis a uma pequena pressão”, descreve Ashlee Rowe no podcast da Science. A investigadora é uma das autoras do estudo, da Universidade do Texas em Austin, nos Estados Unidos.

Ashlee Rowe nunca foi picada pelo Centruroides sculpturatus, mas todos os Verões vai ao deserto do Arizona apanhar indivíduos desta espécie para as suas experiências. No deserto, pergunta às pessoas se já foram picadas e qual a sensação que o veneno deste escorpião causa. Há poucos registos de mortes provocadas por esta espécie, as pessoas doentes, as crianças e os idosos são os mais vulneráveis. Mas a dor que os animais e os humanos sentem é tão grande que chega para afastar potenciais predadores do escorpião.

Um caso excepcional

Mas o Onychomys torridus é uma excepção – e isso levanta algumas questões científicas. A dor salva-nos constantemente de estímulos que podem, se não matar-nos, pelo menos causar a morte de tecidos. É uma adaptação à realidade, que nos avisa: “Não faças isso, não toques no fogo senão queimas-te.” Por isso, processos de adaptação à dor são sempre um motivo de curiosidade para quem estuda a natureza. “Se estes roedores não respondessem à dor em geral, não sobreviveriam muito tempo no ambiente natural”, refere a investigadora. Mas parece que são apenas resistentes a alguns venenos.

Para compreender o que se passa com o veneno do escorpião, a equipa internacional de investigadores comparou o Onychomys torridus com o rato doméstico (Mus musculus). Fizeram uma primeira experiência muito simples: injectaram uma pequena dose de veneno do escorpião nas patas de indivíduos das duas espécies e viram quanto tempo é que cada roedor ficava a lamber a pata. Enquanto o rato doméstico lambia a pata durante mais de três minutos, o roedor americano fazia-o durante poucos segundos. Se injectassem uma solução salina na pata, o Onychomys torriduslambia-a durante mais alguns segundos do que quando recebia o veneno.

Paradoxo fisiológico

Depois, os investigadores tentaram perceber o que se passava nesta espécie ao nível dos processos nervosos que desencadeiam a sensação de dor. Há dois canais de sódio, situados nas membranas das células nervosas, que são os principais responsáveis pela sensação de dor. Estes canais – que não são mais do que grandes proteínas que formam um poro na membrana das células nervosas e permitem a passagem de iões, que acabam por desencadear um sinal – situam-se em células nervosas do sistema nervoso periférico. Na pele, por exemplo.

Uma substância que causa dor, como um veneno, liga-se a aminoácidos (os tijolos das proteínas) da parte extracelular do canal de sódio 1.7, e desencadeia um primeiro fluxo de iões. Mas é necessário depois a activação do segundo canal de sódio, chamado de 1.8, para o sinal ser suficientemente forte e seguir até ao cérebro, provocando a sensação de dor.

O veneno do escorpião tem várias substâncias diferentes. No Mus musculus, há substâncias a activar o canal de sódio 1.7, provocando a dor intensa. Mas a equipa descobriu, analisando os potenciais de acção destes dois canais, que no Onychomys torridusalguma substância do veneno estava a bloquear o canal de sódio 1.8. Assim, apesar de o veneno poder estar igualmente a activar o canal de sódio 1.7, o bloqueio do canal de sódio 1.8 impedia que o sinal se propagasse e provocasse a dor. “Paradoxalmente, os ratos usam uma toxina do veneno para bloquear o efeito do próprio veneno”, explica Ashlee Rowe.

Ironicamente, o veneno do escorpião acaba por servir de analgésico nestes ratos. Ao bloquear o canal de sódio 1.8, o veneno impede, pelo menos momentaneamente, o início do processo de dor.

Novos analgésicos?

Os cientistas estudaram ainda os canais de sódio 1.8 no Onychomys torridus, noutras espécies de roedores e de mamíferos para perceber qual a diferença que permitiu esta adaptação. Como estes canais estão associados a um processo tão disseminado e importante que é a capacidade de sentir dor, sabe-se que estas proteínas se mantêm semelhantes ao longo da evolução das espécies. No entanto, a equipa descobriu pequenas variações nestes canais nas diferentes espécies, e identificou os dois aminoácidos que se ligam à toxina do veneno do escorpião e permitem bloquear a dor.

“Há variabilidade nas estruturas dos canais de sódio das diferentes espécies. Mesmo pequenas variações podem produzir efeitos fisiológicos profundos”, refere a cientista, defendendo que esta descoberta pode ter aplicações. “Esta investigação mostra a importância do canal de sódio 1.8 na sinalização e regulação da dor. Se compreendermos melhor a interacção das toxinas do veneno e deste canal no bloqueio da dor, podemos usar isto como base para conceber uma nova classe de analgésicos que não causem dependência.”

fonte: Público

sábado, 26 de outubro de 2013

O ouro cresce nas árvores?


Investigadores revelaram terem descoberto minúsculos vestígios de ouro em folhas de eucalipto, um surpreendente marcador da localização do metal no subsolo.

A descoberta pode constituir uma ajuda para os garimpeiros, sobretudo numa época de diminuição de reservas de ouro - as novas descobertas caíram 45% na última década - e de escalada de preços, de acordo com um estudo publicado na revista Nature Communications.

"Esta ligação entre o crescimento de vegetação e os depósitos de ouro enterrados pode ser fundamental no desenvolvimento de novas tecnologias para a exploração mineira", refere um resumo do estudo enviado à imprensa, citado pela agência noticiosa francesa AFP.

Os eucaliptos podem "enviar" as suas raízes a grandes profundidades na busca por água em terras secas e até mesmo quebrar zonas ricas em ouro, onde absorvem partículas microscópicas do metal.

Uma equipa de cientistas da Austrália indicou ter mostrado agora que o ouro pode ser absorvido pelas raízes e "viajar" através da árvore, seguindo todo o caminho até às suas folhas, embora em concentrações insignificantes.

Em 2011, o Instituto Geológico dos Estados Unidos estimou existirem 51 mil toneladas de ouro em reservas de todo o mundo.

O preço do precioso metal sofreu um crescimento de 482% entre Dezembro de 2000 e Março deste ano.

Sessenta por cento do ouro transforma-se em joalharia, mas este metal é também um crucial componente na electrónica e usado na tecnologia médica, nomeadamente para o tratamento de cancro.

No âmbito do estudo, a equipa de cientistas analisou o crescimento de eucaliptos em duas zonas de exploração de ouro no sul e no oeste da Austrália, usando as imagens de raio-X para observar o ouro nas folhas, galhos, casca e solo.

Os eucaliptos, alguns dos quais podem crescer mais do que dez metros, têm um sistema de raízes profundas e extensas - algumas raízes chegaram a alcançar uma profundidade de 40 metros.

As concentrações de ouro encontradas são fracas - vários centésimos ou milésimos de grama por tonelada - e estavam mais presentes nas folhas, segundo os investigadores.

"O ouro é provavelmente tóxico para as plantas e é movido para as suas extremidades", refere o estudo.

Vestígios de ouro tinham sido já encontrados em plantas, mas nunca ficou claro se eram absorvidos ou fruto da acção do vento.

A nova descoberta "promove confiança numa técnica emergente que talvez possa levar ao futuro sucesso de exploração e manter a continuidade do fornecimento", escreveram os autores do estudo.

fonte: Sol online

Descoberta a galáxia mais distante no universo


Os pontos vermelhos mostram a galáxia como é vista pelo Hubble Fotografia © Nasa

Astrónomos norte-americanos descobriram a galáxia mais distante, até agora conhecida, cuja luz foi emitida quando o Universo apenas tinha cinco por cento da sua idade atual, 13.800 milhões de anos, divulgou hoje a revista Nature.

A distância da galáxia, batizada como z8-GND-5296, foi confirmada, de forma inédita, por um espetrógrafo, aparelho que faz o registo fotográfico de um espetro luminoso.

A galáxia (conjunto de estrelas) foi detetada entre 43 candidatas, através de imagens infravermelhas captadas pelo Telescópio Espacial Hubble, com a sua distância a ser confirmada pelas observações realizadas com o espetrógrafo MOSFIRE do Telescópio Keck, no Havai.

A equipa de astrónomos liderada por Steven Finkelstein, da Universidade do Texas, e Dominik Riechers, da Universidade de Cornell, em Nova Iorque, observou também que a galáxia tem uma taxa de formação de estrelas "surpreendentemente alta", 300 vezes por ano a massa do Sol, comparativamente com a da Via Láctea, que forma anualmente entre duas a três estrelas.

Para Steven Finkelstein, "estas descobertas dão pistas sobre o nascimento do Universo e sugerem que este pode ter zonas com uma formação de estrelas mais intensa do que se pensava".


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O andorinhão-real é capaz de voar 200 dias sem uma única paragem


A migração de três andorinhões-reais foi registada com um pequeno aparelho colocado nas aves por uma equipa de investigadores suíços. Fica por descobrir como é que as aves dormem durante o voo

Chegando o final do Verão, as várias espécies de andorinhões abandonam os locais na faixa mediterrânica, de Portugal à Bulgária, onde fazem os seus os ninhos e voam em direcção à África Subsariana, à procura do seu alimento preferido - insectos -, que escasseia na Europa durante o Inverno. Há muito que se acredita que estes migradores de longa distância passam grande parte da sua vida em voo. O estudo de uma equipa suíça, publicado na revista Nature Communications, vem provar que, pelo menos no caso dos andorinhões-reais, isso acontece realmente.

Os andorinhões pertencem à família dos apodídeos, do gregoápodos, que significa "sem pé". "Claro que é um eufemismo, porque eles têm patas, mas são muito pequenas, por isso quase não as usam", explica ao PÚBLICO Gonçalo Elias, investigador num estudo sobre o andorinhão-pálido na serra da Arrábida. "Passam muito tempo no ar, só vêm a terra para nidificar."

O estudo agora publicado mostra como três aves, anilhadas e equipadas com um aparelho localizador quando abandonaram os locais de nidificação, na Suíça, terão estado permanentemente em voo durante 200 dias - quase sete meses! - até regressarem aos mesmos locais de nidificação. Ou, no máximo, terão pousado durante períodos muito breves, em locais à mesma altura do que a do seu plano de voo. "Têm de pousar num sítio alto, porque se pousam no chão não conseguem levantar voo, devido às suas asas muito grandes", acrescenta Helder Costa, um dos autores do livroAves de Portugal, editado pela Assírio & Alvim.

"São aves muito bem adaptadas ao meio aéreo, com elevadíssima mobilidade", reforça Gonçalo Elias. "Há estudos com andorinhões-pretos que mostram que percorrem todo o continente africano, fora da época de nidificação, para se alimentarem. Neste período, não têm nenhum território fixo." Alimentam-se em voo, sem terem necessidade de pousar, utilizando o seu bico curto e largo e uma boca grande, capaz de apanhar uma grande quantidade de insectos, como se fosse uma rede de arrasto de um navio de pesca.

Para perceber melhor os voos dos andorinhões-reais, foram colocados pequenos aparelhos em seis animais enquanto nidificavam na Suíça. Destes, conseguiram-se recuperar três, quando regressaram aos locais de nidificação no ano seguinte. "Só se conseguem capturar quando pousam nos locais de nidificação", refere Gonçalo Elias. "Não se conseguem apanhar nas redes [como as usadas normalmente para apanhar aves], porque voam muito alto."

Os dados recolhidos pelos aparelhos da equipa suíça parecem mostrar que os três animais se mantiveram em voo, fosse um voo batido ou planado, e que as aves estavam mais activas ao amanhecer e ao anoitecer, altura em que terão maior disponibilidade de alimento. Durante a noite, a actividade foi reduzida, mas desconhece-se se as aves descansaram ou dormiram e como o fizeram.

"Durante muitos anos, dormir foi considerado essencial para recuperar pelo menos algumas das funções fisiológicas do cérebro", escrevem Felix Liechti, do Instituto Ornitológico Suíço (em Sempach) e colegas, na Nature Communications.

"As necessidades de sono são diferentes consoante a espécie", especifica Gonçalo Elias. Embora os humanos precisem de dormir um certo número de horas todos os dias, há espécies que pouco descansam se têm de alimentar as crias, para aproveitar o alimento disponível, ou outras espécies que hibernam, dormindo quase metade do ano.

Recordistas das migrações

O corpo dos andorinhões, aerodinâmico e bastante leve, tem capacidade para chegar aos 110 quilómetros por hora em voo batido, e está completamente optimizado para uma maior eficiência energética, obtendo o máximo proveito no voo com um consumo mínimo de energia. Mas um voo de quase sete meses registado para estes andorinhões-reais desafia os limites das migrações.

Este tipo de movimentações, durante períodos tão longos, só era conhecido para os animais marinhos, mas estes podem manter-se dentro da coluna de água com um esforço mínimo, permitindo-lhes descansar. Mesmo o recordista das migrações, a andorinha-do-mar-árctica (Sterna paradisaea), que viaja cerca de 70 mil quilómetros anualmente para ir e voltar da Gronelândia à Antárctida, não permanece em voo durante toda a viagem, pára para se alimentar.

Acredita-se que os indivíduos das várias espécies de andorinhões que nidificam em Portugal regressem todos os anos, mantendo-se fiéis aos locais onde constroem os ninhos.

Os andorinhões-reais (Apus melba) são raros em Portugal, embora apareçam por cá, sendo mais frequentes os andorinhões-pretos e os andorinhões-pálidos. Medem 21 centímetros de comprimento e têm 53 centímetros de envergadura de asas, tornando-os a maior espécie desta família. As penas são castanho-escuras, distinguindo-se pelas manchas brancas por baixo do bico e na barriga.

Em voo, os andorinhões identificam-se por parecerem uma âncora, com as asas desproporcionadas em relação ao corpo. Apesar de algumas espécies até terem a cauda bifurcada, não são primos das andorinhas. Essas longas asas levam-nos em viagens incansáveis, como se viu agora.

fonte: Público

Piranha vegetariana entre 441 espécies descobertas na Amazónia


A piranha vegetariana, que pode medir até 50 centímetros e pesar 40 quilos, está ameaçada pela construção de barragens

Uma piranha vegetariana figura entre as 441 novas espécies descobertas após quatro anos de investigações científicas na floresta amazónica, anunciou esta quarta-feira a organização ambiental "World Wide Fund for Nature".

Pelo menos 258 plantas, 84 peixes, 58 anfíbios, 22 répteis, 18 pássaros e um mamífero foram registados pela primeira vez, segundo a organização não governamental internacional que atua nas áreas da conservação, investigação e recuperação ambiental, que refere igualmente "inúmeras descobertas de insetos e de invertebrados".

"Com uma média de duas novas espécies descobertas a cada semana durante os quatros últimos anos, é evidente que a extraordinária Amazónia permanece uma das mais importantes reservas da biodiversidade do mundo", comentou Damian Fleming, diretor do programa para o Brasil e a Amazónia do ramo britânico da "World Wide Fund for Nature" (WWF).

Muitas destas espécies novas são endémicas na região, o que as torna mais vulneráveis às consequências da desflorestação que "destrói o equivalente a três campos de futebol por minuto" na Amazónia, de acordo com a organização.

Exclusivamente herbívora, a piranha vegetariana, que pode medir até 50 centímetros e pesar 40 quilos, está ameaçada pela construção de barragens, entre outras causas que afetam o seu habitat, no meio das rochas.

Entre as outras espécies descobertas encontram-se um macaco que ronrona como um gato, uma minúscula rã e um lagarto particularmente tímido apesar da sua pele decorada com padrões que fazem lembrar chamas.

A selva amazónica, na América do Sul, é a floresta tropical mais extensa do mundo. A extensão está calculada em seis milhões de quilómetros quadrados, repartidos entre oito países - Brasil e Perú detêm a maior parte da extensão da Amazónia, seguidos da Colômbia, Bolívia, Equador, Guiana, Venezuela e Suriname.


Documentado hominídeo mais antigo da Península Ibérica

Anoiapithecus brevirostris - Skull and jaw

Reconstruction of Lluc

Investigadores do Instituto Catalão de Paleontologia Miguel Crusafont documentaram o hominídeo mais antigo da Península Ibérica, o denominado "Anoiapithecus brevirostris", ao analisar o fóssil de maxilar com uma idade entre 12,3 milhões de anos e 12,2 milhões.

Os paleontólogos descreveram, num artigo publicado na revista "Journal of Human Evolution", novos restos dentários de dois seres da espécie "Anoiapithecus brevirostris" em fósseis, que são a evidência mais antiga de uma espécie de hominídeo (o grupo de primatas que inclui os gorilas, os orangotangos, os chipanzés, os gibões e humanos) na Península Ibérica.

Em 2009, uma equipa de investigadores do Instituto Catalão de Paleontologia Miguel Crusafont (ICP), dirigida por Salvador Moyá-Solá, descreveu um novo género e espécie de hominídeo a partir dos restos de um crânio encontrados no aterro de Can Mata, em Hostalets de Pierola (Barcelona).

Batizado como "Anoiapithecus brevirostris", este fóssil corresponde a um macho que viveu há 11,9 milhões de anos e popularmente se conhecia como "Lucas".

Este achado acrescentou uma nova descoberta de grande símio antropomorfo do Mioceno do Vallés-Penedés na lista das que já se conheciam: "Pierolapithecus", "Hispanopithecus", "Crusafont", "Hispanoipithecus laietanus" e "Dryopithecus fontani".

Agora, o investigador David M. Alba, juntamente com outros investigadores do ICP e outras instituições, descreveram novos restos dentários de outros indivíduos de "Anoiapithecus brevirostris" do Aterro de Can Mata com uma antiguidade ainda maior.

Trata-se de dois fragmentos de maxilar superior que conservam vários dentes.


terça-feira, 22 de outubro de 2013

Crocodilo causa pânico em supermercado

Crocodilo causa pânico em supermercado (Reprodução Youtube)

Crocodilo causa pânico em supermercado

Um crocodilo causou pânico num supermercado da rede «Walmart» em Apopka, no Estado norte-americano da Florida. Os funcionários e clientes trancaram-se dentro da loja quando o réptil de 1,8 metros decidiu fazer uma «visita» ao local.

De acordo com a emissora «WKMG», o jacaré-americano ficou em frente de uma das portas automáticas, que abriam e fechavam de acordo com os movimentos do animal. Assim que o réptil saiu da entrada do supermercado, os funcionários fecharam todas as portas e chamaram a polícia.

«Era um jacaré bem grande, a passear por ali», afirmou Robin Watkins, um dos clientes que se encontrava no supermercado.

Apesar do susto, ninguém ficou ferido. O crocodilo acabou por ir embora sozinho em direção a um lago próximo, antes da chegada dos especialistas chamados para o capturar.

fonte: TVI 24

Festival de cinema de terror exibe primeiro filme escrito por um morto


Cena de After Death

"After Death" estreia nesta quinta-feira no Porto Rico Horror Film Fest 2013.

Que pode ser mais apropriado para liderar um festival de terror do que a estreia do primeiro curta-metragem feito por um morto? Foi o que pensaram os diretores de "After Death", que estreia nesta quinta-feira no Porto Rico Horror Film Fest 2013.

O roteiro foi elaborado pelo espírito de uma mulher e transmitido através de uma famosa médium durante uma sessão de espiritismo. 

"Pensamos que o melhor para anunciar o festival era criar algo que desse realmente medo; que, inclusive, desse medo até nas pessoas", explicou a Agência Efe, Mariano Germán-Coley, um dos diretores criativos da produção.

Assim, junto ao resto da equipa, Juan Camilo Valdivieso, David Padierna, Cándida Massielle Asencio, Jonathan García, Fernando Suárez e Juan Carlos Rodríguez, "chegamos à conclusão que a história que mais nos aterrorizava era esta: rodar o primeiro filme jamais feito por um morto".

A equipa de produção, que conta com profissionais de Argentina, Colômbia, Espanha, Porto Rico, República Dominicana e Uruguai, contactou a médium Angie Gutierrez, muito famosa em Porto Rico, e propôs a ideia.

"À princípio Angie teve reservas sobre como íamos tratar este projeto. Não queria que fosse uma piada, que ridicularizasse ou tratasse (o assunto) de maneira superficial", explicou Germán-Coley. Finalmente, "nos disse que faria a proposta a seus guias espirituais para ver se algum aceitava".

Foi assim que entraram em contacto, afirmam, com María Mercé, espírito de uma mulher escrava de origem africana que viveu em Porto Rico há duzentos anos e que propôs contar o que teria sido uma história real relatada a ela por outro espírito.

É a história de um casal que se conhece escutando uma canção e inicia um romance, mas ele morre num acidente.

Do mundo dos mortos, ele volta para vê-la frequentemente e sempre põe essa mesma canção para ela dançar. No entanto, chega um dia em que ela já não quer mais, o que desencadeia toda uma série de conflitos.

"O filme realmente dá medo e agradou muito os coordenadores do festival, que inclusive estão pensando em levá-lo para outras mostras", contou o diretor, que afirmou que o curta se manteve fiel ao relato desse particular roteirista salvo por um detalhe: a canção protagonista do filme era originalmente um bolero, mas "por problemas de direitos", o transformaram num tango russo.

A sessão de espiritismo foi gravada, transcrita e se transformou em película, sob a produção da empresa uruguaia Salgado e dirigida pelo argentino Nico Lacouzzi.

"O que nunca pudemos transcrever é a voz de uma menina que entrou no meio da sessão, e que só nos demos conta depois, quando escutamos a gravação", conta, misterioso Germán-Coley.

Durante a pré produção a equipa documentou e consultou especialistas, como o psicólogo clínico e especializado em fenómenos paranormais Jesús Soto, a jornalista e diplomata Virgínia Gómez, dedicada também ao tema, e o produtor e fotógrafo Jochy Melero, por ser santeiro (religião muito comum na América Central que mescla elementos católicos com iorubás).

"Antes de rodar queríamos estar seguros que um espírito podia, de verdade, dar o roteiro de um filme. As reuniões, mais outros estudos e consultas que realizamos nos confirmaram que o que íamos fazer era real".

Com os depoimentos também foi feito um documentário de apoio que será exibido durante a estreia da quarta edição do Porto Rico Horror Film Fest 2013, que acontece na capital porto-riquenha até no domingo.

Com variedades que vão desde os clássicos "gore" até o gótico tropical da Colômbia e mais de uma centena de trabalhos difíceis de encontrar nos circuitos comerciais, este é o evento de cinema de terror mais importante do Caribe.

Brasil, Argentina, México, Uruguai estão entre os 60 países representados numa oferta "pensada para satisfazer a demanda de um público jovem, ansioso de ver este género, quase inexistente nas salas comerciais", argumenta o diretor do festival, que homenageia este anos o cinquentenário de "Os pássaros", de Alfred Hitchcock.

Tippi Hedren, protagonista do longa do mestre do terror, está em San Juan para receber uma homenagem a sua carreira.

fonte: Vírgula

Menino chinês consegue ver no escuro


Nong Shihua vê perfeitamente no escuro

Chamam-se a criança com "olhos de gato", mas continua a ser um mistério para a comunidade médica e científica.

Nong Shihua é um menino chinês que tem estado a despertar a curiosidade de muitos. Em bebé, o pai percebeu que algo de estranho se passava com os olhos do filho, já que a íris de Nong apresentava um brilho colorido entre o verde e o azul.

Depois de ter levado o filho ao hospital, os médicos concluíram que o menino apresentava uma maior sensibilidade à luz. Fora isso, nada de estranho, disseram.

Os anos passaram, mas o brilho colorido não desapareceu. Até que, recentemente, o pai de Nong Shihua decidiu procurar especialistas e pedir ajuda, porque o filho garantia ver perfeitamente no escuro. Concluiu-se então que o pequeno jovem é capaz de ler e escrever na escuridão total.

Chamam-lhe "olhos de gato". Estudado por cientistas, biólogos e genéticos, os investigadores ainda esperam descobrir porque é que este pequeno jovem consegue ver perfeitamente no escuro.

Veja o vídeo com uma reportagem (em inglês, sem legendagem) sobre Nong Shihua.

Canguru entrou numa farmácia do aeroporto de Melbourne








Um canguru surpreendeu os passageiros do aeroporto australiano de Melbourne, esta terça-feira, ao entrar no terminal e saltar pelos corredores do edifício. As autoridades conseguiram tranquilizar o animal, após ficar encurralado no interior de uma farmácia. Veja o vídeo.

O animal, um canguru macho da espécie cinza oriental, saltou pelos corredores do aeroporto de Melbourne. Uma vez que estava ferido, suspeita-se que tenha sido atingido por um automóvel, no exterior do terminal.

"Tem ferimentos nas patas e as garras estão bastantes gastas", disse Ella Rountree, uma voluntária pela Wildlife Victoria, organização protetora de animais, à SkyNews.

O canguru, que foi apelidado de Cyrus por um dos intervenientes do aeroporto que ajudou na captura do animal, encontra-se agora a receber cuidados veterinários.

O aeroporto fica próximo de uma área frequentada por esta espécie e, embora o recinto esteja protegido para prevenir a entrada de cangurus, os funcionários do terminal admitiram que não é a primeira vez que um animal desta espécie entra no espaço.

Em janeiro, a polícia perseguiu um canguru pelo parque de estacionamento do aeroporto, até conseguirem capturar e tranquilizar o animal.


Criatura estranha gigante assusta trabalhadores na Malásia



Um animal estranho com aparência de cobra, sanguessuga e rosto semelhante ao de um cão ou foca apareceu numa obra na Malásia no final do mês passado (setembro) na Malásia.

Trabalhadores da construção civil encontraram o animal dentro de um buraco cavado para implantação de um dreno, na cidade de Kampung Muhibbah. 

Segundo eles, que preferiram não se identificar, segundo reportagem no blog kalamjingga, disseram que há registos de animais estranhos aparecendo no local, que é próximo de uma área industrial.

A Defesa Civil foi acionada e foram precisos três homens para retirar a criatura da vala. Eles afirmaram nunca ter visto um animal parecido. 

Com o corpo macio e com um comprimento de cerca de dois metros, ele pesava 25 quilos. As formas impressionaram os trabalhadores. 

A cara se assemelha a um cão, ou até uma foca. É comprido e fino como uma cobra, mas macio como uma sanguessuga. O couro é bastante áspero, como pele de lagarto. Ele não é agressivo.

“Esta é a primeira vez que vejo um animal tão estranho. Fiquei chocado e surpreso com a forma como o animal estava no buraco cavado”, disse um dos homens.

Depois de análises, os trabalhadores disseram ter recebido a informação que a criatura “era uma cobra d’água, chamada de cobra ou serpente não peçonhenta, que se alimenta de peixes, mas é capaz de morder”, disse ele.

fonte: Uipi.com

Formigas andam sempre à procura de uma casa melhor


As formigas monitorizam constantemente as condições do seu ninho e quando um determinado número está insatisfeito mudam de casa, disse hoje uma investigadora.

Carolina Doran, estudante do International Neuroscience Doctoral Programme (INPD) da Fundação Champalimaud e atualmente a trabalhar no laboratório de Nigel R. Franks na Universidade de Bristol, no Reino Unido, demonstrou que as formigas estão permanentemente à procura de um local melhor para viverem.

Estudos anteriores, igualmente desenvolvidos em laboratório, tinham concluído que as formigas "gostam de entradas pequenas porque conseguem defender-se, de teto escuro, tapado, e de uma altura específica porque podem fazer uma montanha com os ovos", referiu a cientista à agência Lusa.

Mesmo que todas aquelas condições estejam reunidas, "há sempre um pequeno número de formigas que continua a monitorizar o ambiente porque elas não sabem se acontece alguma coisa ao ninho onde se encontram e precisam de emigrar rapidamente", segundo os resultados agora publicados Royal Society Biology Letters.

Carolina Doran apontou que as formigas "estão constantemente a monitorizar e essa monitorização varia de acordo com a qualidade do ninho".

"O que nós achamos que está a acontecer é que, consoante a qualidade da casa onde estão, o número de formigas a sair para procurar outra é diferente, quanto mais formigas estão fora, à procura de casa, maior é a probabilidade de, no final, emigrarem", explicou.

O número de formigas insatisfeitas é importante para a decisão de mudar.

Questionada acerca de alguma relação entre esta atitude das formigas e o comportamento dos homens, Carolina Doran referiu que, nesta espécie, a decisão de mudar "é muito avaliada e elas não gastam o que não têm, elas ponderam", o que nem sempre acontece entre as pessoas.


Satélite vai cair dentro de duas a três semanas

Imagem do satélite que vai cair na terra

Imagem do satélite que vai cair na terra

Um satélite que está a medir a gravidade da Terra desde 2009 ficou hoje sem combustível e deverá reentrar na atmosfera dentro de duas a três semanas, anunciou hoje a Agência Espacial Europeia (ESA).

Os especialistas não sabem ainda quando e onde cairão os 40 a 50 fragmentos do satélite 'Gravity Ocean Circulation Explorer' (GOCE) que se prevê que cheguem à superfície, mas estimam que seja reduzido o risco para os humanos.

"O satélite GOCE ficou sem combustível e foi declarado o fim da missão", informou a ESA em comunicado.

O aparelho, que pesa uma tonelada, tinha 41 quilos de combustível, que chegou ao fim às 03:20 (04:20 em Lisboa), disse à AFP o responsável da missão, Rune Floberghagen.

"Pensamos que [o satélite] não deverá demorar menos de duas semanas ou mais de três" a reentrar na atmosfera terrestre.

O GOCE foi lançado em março de 2009 e ficou em órbita a uma altitude de 260 quilómetros, mas acabou por ser trazido para os 224 quilómetros de altitude, a mais baixa para um satélite de investigação.

A missão, de 350 milhões de euros, durou duas vezes mais tempo do que estava inicialmente planeado.

Sem combustível para se manter em órbita, o aparelho deverá ir perdendo altitude e ficar instável.

A maior parte do aparelho, de 5,3 metros de comprimento, irá desintegrar-se a uma altitude de 80 quilómetros, disse o gestor de operações da ESA, Christoph Steiger.

No entanto, cerca de um quarto da sua massa, cerca de 250 quilos, deverão resistir, atingindo a superfície da Terra numa série de fragmentos, numa área de umas centenas de quilómetros. Desconhece-se para já se isso acontecerá sobre terra ou mar.

"Umas horas antes seremos capazes de prever... com uns milhares de quilómetros de precisão", onde os fragmentos deverão cair, disse Steiger, insistindo que as hipóteses de um ser humano ser atingido são cerca de 65.000 vezes mais baixas do que de ser atingido por um raio.

Em 50 anos de história espacial, nunca houve vítimas de destroços espaciais feitos pelo homem, embora todos os anos caiam na Terra 20 a 40 toneladas de material desse tipo, disse Steiger.

Segundo os cientistas, o GOCE enviou de volta a informação mais rigorosa de sempre sobre a gravidade terrestre e a circulação dos oceanos.

O aparelho foi desenhado e construído antes de 2008, ano em que foram adotadas recomendações internacionais de que os satélites científicos devem poder executar uma reentrada controlada ou incinerar-se completamente após a sua missão.


Cometa Ison resiste no caminho de se tornar um fenómeno


Fotografia © NASA

É uma das grandes questões de momento para os astrónomos: vai o cometa Ison resistir à viage que o aproxima cada vez mais do Sol? Para já está a contrariar as projeções mais pessimistas. Se não se desintegrar, será visível da Terra a partir de 26 de dezembro.

Na mais recente imagem captada pelo telescópio Hubble o cometa Ison - descoberto em 21 de setembro de 2012 pelos astrónomos russos Vitali Nevski e Artyom Novichonok - continua a sua rota de aproximação ao Sol, mas, segundo alguns cientistas, nesta altura já deveria estar a desintegrar-se. Porém tal não está a acontecer pois, segundo explicam os especialistas, seria possível ver nas imagens do Hubble fragmentos do cometa e o que ficou comprovado é que o núcleo gelado continua intacto.

Nesta última imagem, o cometa Ison estava na órbita de Marte. A expectativa é que o Ison faça a sua aproximação máxima do Sol a 28 de novembro, ficando a 1100 milhões de quilómetros da estrela, deslocando-se a 425 quilómetros/hora. Este será o momento mais importante da viagem do Ison. Se resistir à passagem pelo Sol, o cometa ficará extremamente brilhante.

Se se confirmar esta expectativa, então o Ison poderá mesmo tornar-se no cometa do século, sendo um fenómeno único, ofuscando qualquer outro cometa. Se sobreviver ao Sol, há que esperar pelo dia 26 de dezembro para vê-lo passar mais próximo da Terra, a cerca de 64 milhões de quilómetros.


sábado, 19 de outubro de 2013

Crânio põe em causa história da evolução humana




Um crânio com 1,8 milhões de anos descoberto na Geórgia em 2005 sugere que os primeiros hominídeos que povoaram o planeta poderiam pertencer não a diferentes espécies mas a apenas uma, segundo uma investigação publicada na quinta-feira na revista Science.

Um dos investigadores analisou esse crânio durante oito anos e fez uma descoberta que, segundo defende, pode reescrever a história evolutiva dos humanos.

O chamado "crânio 5" é "o mais completo" de um homem antigo que se encontrou no mundo, de acordo com o principal autor do estudo, David Lordkipanidze, investigador do Museu Nacional da Geórgia, em Tbilissi.

"Não estamos contra a ideia de que pode ter havido mais de uma espécie em algum momento há cerca de dois milhões de anos", sustentou Christoph Zollikofer, do Instituto e Museu de Antropologia da Suíça, que ajudou a analisar o crânio, "mas simplesmente decidimos que não temos evidência fóssil suficiente".

O estudo do "Crânio 5" e de restos de outros quatro hominídeos na mesma zona, em Dmanisi (Geórgia), fez pensar estes investigadores que fósseis reconhecidos como provenientes de espécies distintas como o "Homo habilis" e o "Homo erectus" poderiam ser realmente de uma mesma espécie.


Descoberto fóssil com sistema nervoso similar ao da aranha


O sistema nervoso encontrado num fóssil de um artrópode de "grandes apêndices" de 520 milhões de anos guarda vestígios que o vinculam ao grupo que engloba as aranhas e os escorpiões, segundo um estudo divulgado ontem pela Nature.

Uma equipa liderada por Nick Strausfeld, da Universidade de Arizona, nos Estados Unidos, e Greg Edgecombe, do Museu de História Natural de Londres, analisou esse fóssil perfeitamente preservado de artrópode de "grandes apêndices" (antenas, mandibulas ou patas).

O objetivo é tentar estabelecer uma relação evolutiva destes exemplares, objeto de muitos debates científicos.

Estes artrópodes de "grandes apêndices" sobrepostos na cabeça constituem um grupo extinto de criaturas de patas unidas que nadavam ou se arrastavam há 520 milhões de anos e cuja configuração nunca foi vista nos artrópodes modernos.

Um dos debates sobre a evolução dos insetos, aranhas e estes exemplares estuda como os diferentes segmentos da cabeça se relacionam nos diversos grupos.

Quando os apêndices têm aspeto diferente, a melhor maneira é estudar o sistema nervoso, de acordo com o estudo.

Os especialistas analisaram a neuroanatomia de um sistema nervoso completo encontrado num fóssil de exemplar de artrópode de há 520 milhões de anos não descrito anteriormente.

Identificaram uma criatura de três centímetros de comprimento, encontrada em Chengjiang, na China, como representante do extinto género Alalcomenaeus.


Neandertal usava palito para aliviar dores das gengivas


O homem de Neandertal usava palitos para acalmar a dor provocada por problemas da boca, como a inflamação das gengivas, conclui um novo estudo, que documenta este como o caso mais antigo de tratamento paliativo com este objeto.

A investigação, realizada pelo Instituto Catalão de Paleontologia Humana e Evolução Social (IPHES), com sede em Tarragona, em colaboração com a Universidade Autónoma de Barcelona (UAB), representa um passo em frente na caracterização do homem de Neandertal como uma espécie com um amplo leque de adaptações ao meio e aos recursos disponíveis.

O hábito de eliminar os restos de comida dos dentes com o palito há anos que surgia associado ao género "homo", tendo sido inclusivamente já sido documentado o seu uso em dentes do "homo habilis", que viveu há entre 1,9 e 1,6 milhões de anos.

A nova investigação, baseada em restos fósseis de um Neandertal, demonstra que este hominídeo usava os palitos de dentes com outro objetivo: acalmar a dor causada por algumas doenças da boca, nomeadamente a inflamação das gengivas.

O fóssil no qual foi observada esta patologia foi encontrado em Valência e, ainda que a sua cronologia não seja muito clara, confirma-se que se trata de um Neandertal que viveu há entre 150.000 e 50.000 mil anos.

A investigação relaciona as marcas de palitos nos molares do Neandertal com a doença periodontal (inflamação das gengivas), uma vez que o fóssil analisado apresentava porosidade nos maxilares e perda de osso, ambos sintomas característicos da deterioração causada por essa doença.

A investigadora do IPHES Marina Lozano explicou que "este indivíduo, numa tentativa de aliviar as dores que lhe causava a doença periodontal, que muito frequentemente causava sangramento, utilizou o palito de forma sistemática".

O uso frequente e intenso de palitos de dentes por parte do homem de Neandertal é provado pelos "sulcos detetados na zona de contacto entre dois dentes adjacentes", conclui Marina Lozano.


quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Peixe da Amazónia com blindagem antipiranha única no mundo


O pirarucu, ou Arapaima gigas, num aquário na Colômbia FREDY AMARILES/AFP


Pormenor das escamas do pirarucu, à prova de piranhas DR

Para resistir às implacáveis mordeduras das piranhas, o pirarucu, um peixe gigante da Amazónia, está equipado com um colete antidentes, duro no exterior e flexível no interior – revela agora um estudo sobre a estrutura das suas escamas realizado com raios X intensos.

Segundo este estudo, publicado na última terça-feira na revista Nature Communications, as escamas do Arapaima gigas, o nome científico do pirarucu, funcionam como uma armadura natural a vários níveis de defesa – “uma estrutura única”, que não fica atrás dos coletes de protecção dos militares e das forças de segurança. Esta “estrutura sofisticada” à base de “elementos biológicos simples” é o segredo da blindagem tão eficaz do pirarucu, concluem os cientistas.

O primeiro nível de defesa destas escamas é composto por superfície espessa, de apenas meio milímetro, mineralizada e muito dura, que impede a penetração dos dentes dos predadores. Por baixo dessa superfície, existe uma segunda camada flexível, duas vezes mais espessa, composta por lâminas de colagénio (uma proteína), enroladas em espiral e orientadas em direcções diferentes, capazes de se realinharem em função da pressão a que são submetidas.

Resultado: o impacto das mandíbulas das piranhas é amortecido e repartido por uma grande superfície, o que impede a camada exterior das escamas de se quebrar – uma versão aperfeiçoada das malhas de ferro, que protegiam os cavaleiros da Idade Média. E para aperfeiçoar ainda mais este dispositivo, as escamas estão sobrepostas e são onduladas, para transferir melhor a energia à camada interior, sublinha o artigo científico, assinado à cabeça por Elizabeth Zimmermann, do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, na Califórnia, Estados Unidos.

Mais conhecido no Brasil como pirarucu ou pirosca, o Arapaima gigas é um dos maiores peixes de água doce conhecidos: já se pescaram exemplares de 200 quilos e três a quatro metros de comprimento. Mas se as escamas o protegem das piranhas e de outros predadores naturais, elas são de pouca utilidade contra o mais ameaçador de todos os predadores – o homem, grande apreciador da sua carne.

Abundantemente pescado no século XIX, encontra-se ameaçado de extinção e está inscrito na lista de espécies em risco. Apesar das medidas de preservação, muitos cientistas consideram que, para salvar esta espécie, é necessário produzi-la em aquicultura, para abastecer os mercados.

Carnívoro, o Arapaima gigas cresce rapidamente, até dez quilos por ano, e aguenta as condições de uma produção intensiva, graças à sua capacidade de respirar oxigénio atmosférico, o que lhe permite viver em ambientes mal oxigenados.

fonte: Público

Novo vídeo do salto mais alto e rápido do mundo


Felix Baumgartner, austríaco que bateu os recordes mundiais de salto mais alto e mais rápido

Imagens inéditas mostram três perspetivas diferentes da queda livre Felix Baumgartner.

Passou um ano desde que o austríaco Felix Baumgartner se lançou do Espaço e bateu os recordes de salto mais alto e mais rápido do Mundo. Para assinalar a data, o aventureiro divulgou um vídeo inédito que mostra três perspetivas diferentes do salto no vazio.

“Às vezes tens de subir muito alto para te aperceberes do quão pequeno és”, disse Felix Baumgartner antes de saltar, há um ano. Disponível no ‘Youtube’, o novo vídeo já conta com mais de dois milhões de visualizações.

Segundo várias agências de viagem, o interesse pelo turismo espacial registou um grande aumento após o salto de Felix Baumgartner e são diversas as pessoas que procuram esta experiência.

Recorde-se que o austríaco subiu no interior de um balão e, após duas horas a ganhar altitude, lançou-se para o vazio, em queda livre, a uma altura superior a 39 mil metros. O vídeo é impressionante.



Asteróide em rota de colisão com a Terra


1950 DA é o nome do asteróide que pode colidir com o planeta Terra a 16 de março de 2880

As probabilidades de colisão existem, mas a rocha espacial ainda poderá alterar a sua rota.

O que já vimos várias vezes no Cinema pode mesmo acontecer. Um asteróide poderá colidir com o planeta Terra em 2880. 1950 DA é o nome deste asteróide, que tem um quilómetro de diâmetro.

As probabilidades da colisão existem, embora sejam pequenas, uma vez que nos 867 anos que nos separam desta eventual catástrofe a rocha poderá alterar a sua rota.

O asteróide foi descoberto a 23 de fevereiro de 1950, porém esteve desaparecido durante 51 anos. Em 2000, voltou a ser visto pelos astrónomos. A equipa de Jon Giorgini, do Laboratório de Propulsão a Jacto da NASA, observou a rocha e os cálculos revelaram uma possível colisão com o nosso planeta a 16 de março de 2880. As probabilidades apontam para que passe apenas a 290 mil quilómetros da Terra.

PODE SUSPIRAR DE ALÍVIO

As estimativas são baseadas na informação disponível no momento, o que quer dizer que há fatores que podem fazer com que o asteróide mude de trajetória. As propriedades físicas da rocha são um desses fatores. À medida que o asteróide viaja pelo Espaço, a luz solar refletida pela sua superfície causa uma pequena aceleração, o que poderá mudar o seu trajeto.

A eventual colisão do asteróide com a Terra desencadearia incêndios, alterações climáticas e maremotos.


O frango que viveu sem cabeça por 18 meses


Quando resolveu ajudar sua esposa, Clara, com os preparativos para o jantar em 10 de setembro de 1945, Lloyd Olsen não imaginava que se tornaria protagonista de uma história bizarra, que seria lembrada por décadas.
Clara queria servir um belo frango assado, e Lloyd ficou encarregado de escolher e executar a ave, usando um machado. Para o horror de Lloyd, o frango saiu correndo logo depois de ser decapitado, dando início à lenda de Mike, o frango sem cabeça.

Na manhã seguinte (depois de jantar sopa de legumes ou algo assim, provavelmente), o fazendeiro encontrou Mike dormindo com sua cabeça debaixo da asa e resolveu que daria um jeito de ajudá-lo. Como era impossível simplesmente costurar a cabeça de volta, Lloyd começou a alimentar a ave usando um conta-gotas.


Uma semana mais tarde, Mike foi levado para a Universidade de Utah, em Salt Lake City (EUA), e naturalmente surpreendeu alunos e investigadores.

Eis a explicação científica: o corte do machado não atingiu a jugular, e um coágulo impediu que Mike sofresse uma hemorragia; além disso, um ouvido e boa parte de seu tronco cerebral (responsável por reflexos e funções vitais) permaneceram no corpo. Golpe de sorte (ou não, já que sem a cabeça Mike não podia ver, e dependia completamente de seu dono para comer e beber).



Um agente ajudou Lloyd e Mike a fazer tours pelo país, atraindo milhares de curiosos que viajavam por quilómetros e pagavam 25 centavos para ver o “frango milagroso”. A história rendeu boas doses de dinheiro e reconhecimento (com reportagens nas revistas Time e Life, além, é claro, de uma aparição no Guiness, o Livro dos Recordes).


Em 18 meses de “vida nova”, Mike cresceu e se tornou praticamente uma lenda. Infelizmente, durante uma das viagens, ele se engasgou (!), e Lloyd não conseguiu encontrar o conta-gotas a tempo de salvá-lo.

Anualmente, o Mike the Headless Chicken Festival celebra sua memória. 

fonte: HypeScience

Regaleco de 5,5 metros encontrado na Califórnia


Foram precisas 15 pessoas para ajudar a levar para terra a carcaça deste peixe, cuja espécie terá estado na origem das lendas das serpentes marinhas gigantes.

O regaleco (ou peixe-remo) é capaz de mergulhar além dos 900 metros de profundidade e avistamentos desta criatura, semelhante a uma serpente, são considerados raros. Este peixe, segundo o Instituto Marinho da Ilha de Catalina, terá morrido de causas naturais.


Este exemplar foi detetado por uma instrutora de mergulho, que precisou da ajuda de 15 pessoas para o conseguir transportar para terra. Estava a cerca de cem metros da costa e mede 5,5 metros.

Por serem raros, estes peixes foram pouco estudados. Amostras de tecido devem agora ser analisadas por biólogos da Universidade da Califórnia, em Santa Barbara. A carcaça vai ser enterrada na areia até que a decomposição fique completa, sendo depois o esqueleto reconstruído e colocado em exposição.

O regaleco, que pode crescer até aos 15 metros, é um peixe pelágico (de grande profundidade). É o maior peixe com espinha do mundo, segundo o Instituto Marinho.


Encontrado fragmento do meteorito que caiu na Rússia


Um fragmento gigante do meteorito que caiu em fevereiro passado na região dos montes Urais (centro-oeste da Rússia), que provocou na altura mais de mil feridos, foi hoje retirado de um lago, segundo a televisão russa.


O fragmento, com cerca de metro e meio de comprimento, foi resgatado do lago Tchebarkoul, que fica perto da zona de impacto do meteorito. A operação, que envolveu mergulhadores, foi transmitida em direto na televisão.

Durante os trabalhos, o fragmento acabou por dividir-se em pelo menos três partes.

Os cientistas envolvidos na operação não conseguiram determinar o peso exato do fragmento, uma vez que a balança utilizada no local estragou-se depois de ultrapassada a fasquia dos 570 quilos.

"Segundo os primeiros testes, podemos afirmar que é um fragmento de um meteorito", afirmou o professor da universidade de Tcheliabinsk, Serguei Zamozdra, em declarações à agência Interfax.

"É o maior fragmento do meteorito e estará provavelmente entre os 10 maiores meteoritos alguma vez encontrados", sublinhou Zamozdra.

Outros peritos citados pelas agências internacionais admitiram a necessidade de testes suplementares.

Mais de 12 fragmentos identificados aparentemente como meteoritos foram retirados do lago Tchebarkoul desde fevereiro passado, mas apenas quatro reuniam as características exactas.

A 15 de fevereiro, um meteorito caiu a cerca de 80 quilómetros da cidade de Tcheliabinsk, na região dos montes Urais.

Segundo a agência espacial norte-americana, a NASA, o meteorito, cuja queda provocou mais de 1500 feridos, incluindo 319 crianças, tinha uma massa de cerca de 10 mil toneladas quando entrou na atmosfera.