Um compêndio de descrições "ao pormenor" de "encontros imediatos" com objetos voadores não identificados (OVNI) em Portugal chega esta sexta-feira às bancas, assinado pelo cofundador do Centro Transdisciplinar de Estudos da Consciência da Universidade Fernando Pessoa, Joaquim Fernandes.
No livro, intitulado “Ficheiros Secretos à Portuguesa – Avistamentos de Ovnis, fenómenos ‘impossíveis’ e outros casos à espera de explicação”, Joaquim Fernandes recolhe “uma série de histórias surpreendentes e casos até hoje desconhecidos, no todo ou em parte, revelados através dos seus protagonistas e de documentação oficial inédita”.
“Há ficheiros que não são do conhecimento público, mas que existem. Neles estão descritos ao pormenor ‘encontros imediatos’ no mar, no ar e em terra. Fenómenos ‘impossíveis’ que continuam à espera de uma explicação”, lê-se numa nota de imprensa da Manuscrito, que edita a obra.
Entre os casos relatados estão “o estranho caso dos relógios parados em Santa Maria”, o “‘charuto voador’ visto na Praia da Vitória” e os dossiês sobre “as ‘estranhas luzes verdes’ que rondaram um C-124 da Força Aérea”, “o engenho ‘visivelmente visto’ na base das Lajes”, a “nuvem bizarra seguida pelos radares” e o “intruso aéreo” detetado “em 2004 nos radares civis e militares”.
No prefácio do livro, o general piloto-aviador ex-chefe do Estado Maior da Força Aérea Portuguesa Tomás George Conceição Silva apresenta-o como “um verdadeiro compêndio de toda a fenomenologia relacionada com o avistamento de objetos voadores não identificados, no Continente e Regiões Autónomas, desde os primórdios do fim da II Guerra Mundial até hoje”.
“As entidades estatais e militares têm o dever de prestar a devida verdadeira informação ao público, mas esta é sempre tendente a ser distorcida ou camuflada, por vezes com artifícios inaceitáveis”, escreve.
Cofundador do Centro Transdisciplinar de Estudos da Consciência da Universidade Fernando Pessoa, no Porto, Joaquim Fernandes doutorou-se em História na Faculdade de Letras da Universidade do Porto com uma tese sobre “O Imaginário Extraterrestre na Cultura Portuguesa — do fim da Modernidade até meados do século XIX”, descrita como “a primeira da sua temática” a ser apresentada numa academia portuguesa e europeia e editada sob o título “Moradas Celestes”.
Segundo a informação da Manuscrito, Joaquim Fernandes “interessa-se particularmente pela antropologia religiosa comparada, com destaque para os fenómenos da religiosidade popular e da espiritualidade, mitos e cosmologias, e o debate entre ciência e religião”.
“É membro de vários organismos internacionais e coordenador internacional do ‘MARIAN Project’, que estuda as dimensões culturais e científicas dos fenómenos religiosos e aparicionais, como Fátima, tema a que dedicou várias obras em coautoria com Fina d’Armada, igualmente traduzidas para inglês, castelhano e francês”, refere.
Em 2008, Joaquim Fernandes publicou o seu primeiro romance histórico, “O Cavaleiro da Ilha do Corvo”, a que se seguiram os ensaios “O Grande Livro dos Portugueses Esquecidos” e “Mundos, Mitos e Medos — O Céu na Poesia Portuguesa”.
No mesmo ano coordenou e apresentou na RTP2 a série temática “Encontros Imediatos”, dedicada ao fenómeno OVNI em Portugal, e em 2010 escreveu em coautoria o guião do telefilme “A Noite do Fim do Mundo”, que retrata as reações em Portugal à aproximação do cometa Halley, em 1910.
Em 2014, publicou o seu segundo romance histórico, “As Curandeiras Chinesas. Um motim que abalou a I República”, e em 2015 a obra “História Prodigiosa de Portugal. Mitos & Maravilhas”.
O seu mais recente título é “Portugal Insólito”, dado à estampa em 2016 pela editora Manuscrito.
Joaquim Fernandes foi ainda responsável pelo guião e apresentação do documentário “As Faces de Fátima”, produzido em 2017 pelo canal História, e coordenou no Porto Canal a série “Conversas do Centenário”, dedicada aos eventos aparicionais de Fátima.
O autor está biografado no Dicionário das Personalidades Portuenses do século XX, editado pela Porto Editora em 2001.
fonte: SAPO24
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