sábado, 3 de dezembro de 2016

Suposto ovni em Maceió não foi detectado pela aeronáutica; ufólogo comenta caso


Para ufólogo, ovni é legítimo, já para astrónomo, trata-se do planeta Vénus

Para astrónomo, o que aparece na filmagem é apenas o planeta Vénus.

O objeto voador não identificado (ovni) avistado e filmado no sábado (26), em Maceió, tem um formato parecido com outros avistamentos do fenómeno na capital alagoana, de acordo com o ufólogo e jornalista Raudrin de Lima.

Já o presidente do Centro de Estudos Astronómicos de Alagoas, Romualdo Artur Alencar, acredita que se trata apenas do planeta Vênus.

O objeto, de formato esférico e de luz forte, que ficava mudando de cor, foi filmado pelo publicitário João Queiroz no bairro do Pinheiro, na parte alta da cidade. O fenómeno, segundo o publicitário, durou menos de 20 minutos e desapareceu.

O jornalista e ufólogo Raudrin de Lima observou as imagens feitas pelo publicitário e afirmou que esse formato de ovni já foi avistado nos bairros Prado, Poço e Farol, em Maceió, há algum tempo.

“Num dos avistamentos, o objeto fazia movimentos em alta velocidade do litoral até o bairro do Farol”, afirmou o ufólogo. Em um vídeo publicado no Youtube, é possível ver um objeto semelhante ao avistado no sábado no bairro do Poço no ano de 2013. O objeto, também esférico e de luz forte, move-se pelo céu, porém, em um certo momento, fica parado e depois some.

O ufólogo afirma que não existe a possibilidade do objeto flagrado no sábado ser um balão. “A luz que o objeto produz é diferenciada de algo como um balão”, disse. Raudrin diz ainda que a cidade de Maceió já presenciou avistamentos de ovnis em diversos bairros ao longo dos anos, porém, é o litoral alagoano o local ‘campeão’ de observações do fenómeno no Estado.

Romualdo Alencar, presidente do Centro de Estudos Astronómicos de Alagoas, diz que tudo leva a crer que o objeto é o planeta Vénus.

“Percebemos, no vídeo, que, quando a pessoa dá um zoom, a imagem fica desfocada. O objeto se move no vídeo porque a câmera treme. Faltam alguns dados para confirmar que é o planeta. Resta saber, se o lado que a testemunha filmou o objeto é o lado que o sol se põe, aí confirmaríamos que se trata de Vénus”, afirmou. Romualdo disse que o planeta se põe rapidamente, em questão de 30 minutos, como foi descrito o suposto ovni pelo publicitário.

Segundo ufólogo, não há como se ter uma estatística sobre aparições de ovnis de Maceió. “É um fenómeno espontâneo e, por ser raro, pode acontecer a qualquer momento. Mas, geralmente de três em três anos, ouvimos relatos de pessoas que dizem ter avistado um ovni em Maceió”, afirmou, completando que em todo o Estado de Alagoas já houve algum tipo de relato, porém, fora Maceió, a cidade de Novo Lino tem uma grande frequência de avistamentos.

No terreno da ufologia, desde tempos remotos há vários tipos de formatos de óvnis, como esferas, triângulos e pratos, porém o ufólogo diz que a forma de prato predominou na maioria dos avistamentos em Maceió. 

“No início de novembro do ano de 1957, aconteceu o caso mais emblemático de óvnis em Alagoas. Os moradores de Maceió na época, em pleno dia, ficaram assustados, pois apareceram discos voadores pelo céu da cidade. O fato virou notícia no jornal local da época e da imprensa nacional na Revista Cruzeiro”, relata.

Radares da Aeronáutica não registaram objeto

O Destacamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) da Aeronáutica no Aeroporto Zumbi dos Palmares comunicou, na quarta-feira (30), que não houve registo de objeto no céu de Maceió no sábado (26) em nenhum dos três horários. A informação é da tenente militar Tunísia, do setor de Relações Públicas do setor.

A tenente Tunísia, do Decea – Maceió, ressaltou que não havia qualquer registo no livro diário de ocorrências na consulta que fez com a torre APP, que faz o controle de aproximação. “Não recebemos nenhuma informação oficial, nem do radar, nem da aeronave e nem da torre. No livro diário de ocorrências, não tem nada lançado sobre isso. O aparelho radar, quando detecta, é feita uma investigação, mas neste sábado não existe registo em nenhum dos três horários”, frisou.

Para tentar desvendar o que poderia ter sido visto pelo publicitário, o jornal Tribuna Independente ouviu ainda o tenente Feitosa, chefe de operações do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo da Aeronáutica em Maceió.

Ele explicou, que quando um objeto estranho é detectado pelo radar, ou seja, que se assemelha a uma aeronave e se movimenta, o procedimento é ativar a defesa aérea em Recife, com as informações e posição do tráfego aéreo, assim sendo tomadas as providências cabíveis. “Mas preliminarmente não temos registos de objetos não identificados no espaço aéreo de Alagoas”, reforçou.

Segundo o chefe de operações, às vezes o que acontece é de alguma aeronave que não quer se identificar ou por apresentar algum problema de frequência não entrar em contacto com o controlador de voo, mas ele percebendo na tela é acionada a defesa aérea.

“Estou na chefia há um ano e meio, e não há registos deste episódio, e também não temos estatística sobre o assunto”, salientou. Em Alagoas, de acordo com o tenente, não há relatos de detecção por meio do radar.

O tenente Feitosa concluiu dando uma orientação ao cidadão comum, para procurar os portais da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o Decea ou o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cemipa) e preencher um formulário fazendo as observações pertinentes acerca da identificação de objetos não identificados, dando assim a abertura de investigação por parte destes órgãos.


Jornal de Alagoas relata ovnis em novembro de 1957 (Foto: Reprodução)


Foto tirada em novembro de 1957 no bairro do Farol (Imagem: Reprodução) 

fonte: Tribuna Hoje

Especialistas japoneses começam a retirar os remos de barca solar de Keops

Especialistas japoneses e egípcios começaram a retirar os remos da segunda barca solar do faraó Keops achada na década de 80 junto à pirâmide levantada por este monarca no planalto das pirâmides de Giza (cidade egípcia), informou nesta quinta-feira o Ministério egípcio de Antiguidades. 

Em comunicado, o diretor-geral encarregado da restauração deste projeto, Issa Zeidan, afirmou que estes remos estão sendo extraídos em vários peças, e que a vara mede oito metros e a pá 178 centímetros. 

A primeira restauração dos remos foi realizada no interior do nicho original onde foi achada a embarcação. Nela, foram usados materiais de reforço devido ao mal estado em que se encontravam pelas altas temperaturas e a humidade do local da escavação arqueológica. 

Além disso, Zeidan destacou que serão tomadas todas as medidas técnicas necessárias para restaurar os remos e restituí-los à barca com a finalidade de exibi-los no futuro no Grande Museu Egípcio, que se encontra em construção e que espera-se que seja parcialmente inaugurado no final de 2017. 

Por sua vez, o supervisor arqueológico do projeto, Mamduh Taha, explicou no comunicado que os especialistas conseguiram até agora retirar cerca de 727 pedaços de madeira dos quais foram restaurados 698, dos quais, um total de 469 foram enviados ao Grande Museu para seu registo. 

O chefe da equipe japonesa e reitor da universidade japonesa Higashi Nippon International University, Sakuyi Yushimura, disse na nota que era provável que o número de remos totais somem 12. 

No final de agosto, o ministro egípcio de Antiguidades, Khaled al Anani, informou que os especialistas japoneses e egípcios encontraram peças de madeira "únicas" com elementos metálicos desta barca solar do faraó Keops (em torno ao ano 2.550 a.C.). 

A primeira barca de Keops foi descoberta em 1954 na parte sul da pirâmide de Keops, perto de onde foi localizada em 1987 em uma sala condicionada, para poder ser visitada pelos turistas. 

fonte: Terra

O ovni de quatro braços que obrigou a NASA a interromper uma transmissão ao vivo


Ufólogos e entusiastas acusam a NASA de esconder informações sobre ovni que teria aparecido durante uma transmissão ao vivo da Estação Espacial Internacional.

Caçadores de ovnis alegam que a agência espacial norte-americana interrompeu a transmissão por conta da aparição do objeto voador não identificado próximo à Estação Espacial Internacional. O vídeo foi enviado ao canal Streetcap1 e, nele, vê-se o estranho objeto vigiando a EEI.

Segundo os caçadores especialistas de ovnis, é possível ver os braços saindo de uma estrutura principal. Além disso, pode-se observar também como a luz do Sol é refletida em toda a suposta nave. Esse reflexo seria um sinal evidente de que se trata de uma estrutura metálica.

Os ufólogos afirmaram que a NASA cortou novamente uma transmissão desse tipo e explicaram que o apagão se deu justamente quando a luz começava a iluminar com maior intensidade o ovni. 

fonte: History

Publicitário filma suposto Ovni no céu de Maceió durante noite de sábado


João Queiroz registou passagem do objeto voador no bairro Pinheiro.

O publicitário João Queiroz, que é estudante de Nutrição da Faculdade Maurício de Nassau, em Maceió, registou em vídeo a passagem de um objeto voador não identificado no céu da capital alagoana. 

A gravação foi feita na noite de sábado (26), por volta das 19 horas, no momento em que João Queiroz retornava para sua casa, já no bairro do Pinheiro, e somente nesta terça-feira (29) a reportagem do portal Tribuna Hoje teve acesso às fotografias e imagens gravadas em vídeo com uma câmera Nikon L830 com 34 vezes aumento de zoom ótico. 

Ele conta que avistou um ponto luminoso muito forte no céu, algo que o publicitário ficou admirado pelo brilho e movimentos alternados. 

"Achei que fosse algum planeta que costuma passar perto da terra de vez em quando. Só que ele estava mudando de cor e parecia estar perto demais. Após uns 15 a 20 minutos, o objeto sumiu de repente. Eu estava com uma amiga e aluna comigo. Comentei com ela de que aquilo não era uma estrela por estar muito perto e também para ser um planeta pela proximidade", relata. 

João Queiroz disse que teve a ideia de pegar a câmera e dar uma conferida melhor para matar a curiosidade. 

"Em algumas fotos, eu ajustei luz e cor, apenas para ver com mais detalhes", disse. Fotos originais e dois vídeos podem ser vistos no link: 


João Queiroz afirma não ter certeza de que seja um disco voador, mas também não sabe o que seria o objeto. "Eu não entendo dessas coisas e sempre achei que essas fotos e vídeos de avistamentos fossem montagens até ver isso que registrei em fotos e vídeos. Havia algo no céu em Maceió e tenho certeza de que não fui o único a perceber isso", acrescenta o publicitário. 

Ele conta que não divulgou o material antes por achar que poderia ser algum fenômeno astronômico. “Decidi aguardar o dia de hoje, onde fui buscar alguma noticia de alguma estrela, passagem de meteoro, planeta ou até algum satélite passando pelo Brasil no horário do avistamento, mas até agora não encontrei nada que pudesse explicar aquela aparição", salienta o publicitário, que solicita a análise das imagens por especialistas para esclarecer todo o episódio. 

"Eu apenas gostaria de saber do que se trata. Se alguém viu algo parecido, ou alguma notícia pela internet sobre algo nessa data", completa o publicitário.

fonte: Tribuna Hoje

Relatório confirma avistamento de ovnis por ex-senador dos EUA



O relatório sobre o avistamento de dois ovnis foi mantido em sigilo por 61 anos, de acordo com um jornal britânico.

Depois de ficar sigiloso por 61 anos, foi tornado público um relatório feito pelo senador sénior e ex-presidente do Comité de Serviços Armados dos EUA Richard Brevard Russell, onde ele conta sobre o avistamento de dois objetos voadores não identificados.

Segundo a informação publicada em um jornal britânico, em 4 de outubro de 1955, Russell estava na região da ex-União Soviética, coletando dados sobre o terreno da Transcaucásia quando, da janela do trem em que viajava, observou a descolagem de dois objetos de formato circular, próximos aos trilhos.

O acontecimento foi testemunhado tanto pelo senador quanto por dois assistentes seus, que, ao chegarem à embaixada americana em Praga, avisaram a Força Aérea dos EUA e foram interrogados pela CIA. 

A informação fornecida foi considerada “altamente confidencial” e mantida em segredo por todos esses anos. Sua relevância reside no fato de se tratar do primeiro relato oficial de um dos senadores mais influentes dos EUA, que declara ter sido testemunha do avistamento de ovnis. 

fonte: History

Misteriosa pirâmide é encontrada pelo Google Earth na Antártida





Um mistério que gerou repercussão na internet foi desvendado recentemente. Graças ao Google Earth, uma “pirâmide” foi encontrada no meio da Antártida e causou dúvidas e curiosidade entre os internautas.

Porém, para tristeza dos que gostam de teoria da conspiração, trata-se apenas de uma montanha. E até mesmo a parte “nova” da teoria, que é descobrimento da montanha, é apenas uma versão nova de uma história que tem sido relatada há anos no Pólo Sul.

Desde a Expedição Antártica Britânica, que ocorreu entre 1910 e 1913, uma “pirâmide” foi encontrada sobre a geleira, mas a coisa foi mantida em segredo. Essa foi a primeira montanha com características que lembrar pirâmides a ser achada.

Agora uma segunda montanha reiniciou a roda das teorias da conspiração. Se tiver curiosidade, você pode encontrá-la nas coordenadas 79 ° 58’39.25 “S 81 ° 57’32.21” W no Google Earth. 

“As estruturas em forma de pirâmide estão localizadas nas montanhas Ellsworth, que é uma extensão de mais de 400 km de comprimento, por isso não é surpresa que haja picos rochosos que se espalham sobre o gelo. Os picos são claramente compostos de rocha, e é uma coincidência que este pico particular tem essa forma “, disse ao site IFLScience Mitch Darcy, geólogo do Centro Alemão de Pesquisa de Geociências em Potsdam.

“Não é uma forma muito rara, então também não é uma coincidência especial. Por definição, é um nunatak, que é simplesmente um pico da rocha que cola acima de uma geleira ou de uma camada de gelo. Este tem a forma de uma pirâmide, mas isso não o torna uma construção humana. “

fonte: Yahoo!

Desenhos pré-históricos 'ignorados' podem revelar o 'mais antigo' código de escrita


À primeira vista, os rabiscos parecem traços sem importância, como estes das cavernas espanholas conhecidas como Las Chimeneas


Genevieve von Petzinger passa dias inteiros em grutas de difícil acesso, estudando o que seria um misterioso código da Idade da Pedra 


À primeira vista, os rabiscos parecem traços sem importância, como estes das cavernas espanholas conhecidas como Las Chimeneas, que são Patrimônio da Humanidade. Em El Castillo, na Espanha, as linhas vermelhas que se repetem em outras cavernas europeias


Acompanhada do marido fotógrafo, Genevieve von Petzinger explora a caverna de Cudon, na região espanhola da Cantábria 


A pesquisadora fez uma lista com 32 símbolos que se repetem em diferentes sítios arqueológicos - ainda falta decifrar seu significado


Na parede da gruta El Castillo, na Espanha, o contorno de uma mão feito com tinta vermelha


A pesquisadora acredita que os traços poderiam representar elementos da natureza 


As linhas em zigue-zague são "democráticas": fáceis de desenhar e melhores como ferramentas de comunicação, segundo a pesquisadora


Desenhos que podem ser facilmente reconhecidos, como este cervo, têm atração imediata sobre os pesquisadores afirma Von Petzinger


Genevieve von Petzinger faz medições em uma gruta com desenhos "aparentemente geométricos" 


Um "retângulo com divisões" aparece nas paredes da caverna espanhola El Castillo 


Pesquisadora diz que é preciso parar de olhar esses desenhos como simples figuras geométricas 

São 32 traços que se repetem em diferentes cavernas de toda a Europa. Registros simples: apenas linhas em zigue-zague, pontos, triângulos inacabados, cruzes retorcidas ou algo que lembra figuras geométricas.

Nenhum deles é criação de alguém apressado ou de um mau desenhista: os cientistas acreditam que esse conjunto forma o código de escrita mais antigo de que se tem registro.

Entender os traços está tirando o sono de Genevieve von Petzinger, paleoantropóloga da Universidade de Victoria, no Canadá, responsável por um estudo inédito sobre arte rupestre do período Paleolítico.

O período, também conhecido como Idade da Pedra Lascada, vai de 2 milhões a.C. (época aproximada em que o homem fabricou o primeiro utensílio) até 10.000 a.C..

'Desenhos ignorados'

"Me interessam os grandes padrões, as possíveis interconexões entre desenhos e regiões", disse a cientista à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC.

O alcance geográfico do projeto é certamente ambicioso: envolve mais de 350 sítios arqueológicos, "o que não é muito se levarmos em conta que são 30 mil anos de história".

Além disso, envolve olhar o que antes muitos outros cientistas passaram por cima.

A paleoantropóloga canadense não está interessada nas figuras mais atraentes - os bisões, as cenas de caça, as representações de formas claramente humanas - e sim nos registros que foram classificados como "geométricos" por falta de um termo mais apropriado.

"São os desenhos negligenciados, ignorados", ri.

Viagem subterrânea

Esses "desenhos ignorados", que estão ali desde a Idade da Pedra, são parte de um dos legados artísticos mais antigos do mundo, da fase final do último período glacial na Europa (por isso também chamada de arte da Era do Gelo).

Silenciosos e inexplorados, esses traços podem falar de "uma mudança fundamental nas habilidades dos nossos ancestrais", diz a cientista. Isso porque a capacidade de articular um código é a mesma exigida para desenvolver uma escrita, como fez o homem moderno.

Em muitos casos, a existência desses símbolos não é nenhuma novidade.

"Mas os inventários (feitos pelos paleontólogos quando vão estudar uma nova caverna) nem sequer dizem que tipo de sinais eles são, os consideram secundários e não fazem comparações."

Foi assim que, há três anos, a cientista embarcou numa viagem subterrânea, acompanhada do marido fotógrafo.

Eles passam a maior parte do dia em grutas ou cavernas, até "emergirem" à noite, como ela mesma diz.

Trata-se de um total de 52 cavernas, em muitos casos de acesso dificílimo por causa de condições geográficas ou porque estão nas mãos da iniciativa privada.

Descoberta de uma nova arte

É o caso das cavernas de El Portillo, Santián ou Las Chimeneas, na Espanha, e Niaux e Marsoulas, na França, além de outras na Itália e em Portugal.

A maior parte delas não tem a popularidade das grutas mais "midiáticas" como Chauvet, no sul da França, ou Altamira, na Espanha.


"Em muitas grutas, inclusive, encontramos uma nova arte, que não tinha sido descoberta", diz Von Petzinger.

"Ninguém se preocupou em registrar estes traços. Quando começamos a fazê-lo, vimos que eles se repetem. Há um padrão."

O casal catalogou meticulosamente os sinais até chegar a uma espécie de repertório, que se repete nas pedras de diferentes grutas: um total de 32 símbolos.

"É realmente interessante verificar que eles são tão específicos, que cada um é muito diferente do outro. Inclusive os mais incomuns se repetem (em outras grutas) de maneira idêntica. As possibilidades de que isso seja uma coincidência são bem pequenas", afirma a pesquisadora.

Em outras palavras, o que isso significa é que estaríamos diante de um código pré-estabelecido e compartilhado por diferentes grupos do período Paleolítico.

Também sugere, diz ela, que havia conexões entre lugares remotos naquela era pré-histórica.

"Sabemos que na Europa havia uma ativa rede de intercâmbio de populações e isso nos dá um sinal de como era sofisticada a sua estrutura social", diz a cientista, que em maio deste ano publicou um livro com suas descobertas (The First Signs: Unlocking the mysteries of the world's oldest symbols, algo como "Os primeiros sinais: desvendando os mistérios dos símbolos mais antigos do mundo",ainda não lançado em português).

Um código, mas qual o significado?

Como qualquer cientista curioso, Von Petzinger adoraria poder ler para além dos traços e descobrir seus significados.

Por exemplo, poder estabelecer com certeza que uma figura em forma de chave é uma lança e que registros em forma de pena são folhas de árvore.

Mas a pesquisadora admite que essa é uma missão impossível.

"Por mais que desejemos, nunca vamos poder estar na cabeça de pessoas que viveram há 30 mil anos", diz, rindo.

"Mas se não sabemos o que significam, sabemos que esses traços deveriam ter um sentido. E isso nos é indicado pela sua repetição."

O que importa, insiste Von Petzinger, é o padrão.

"Não se trata de um código como o egípcio, nem como a escrita cuneiforme (que é a mais antiga língua humana escrita). Não é algo tão organizado. Nesse sentido, nunca vamos poder decifrá-lo, nem temos material de referência para isso."

O primeiro sistema de escrita conhecido, o cuneiforme, tem cinco mil anos e surgiu onde atualmente é o Iraque. Mas, a exemplo dos complexos hieróglifos egípcios, não faz sentido que tenha aparecido do nada.

Primeiro código humano?

Os traços ordenados por Von Petzinger podem ser um sistema ainda mais antigo de escrita: um "primeiro código humano" inscrito nas rochas das grutas.

O que é inovador nesta descoberta, confirmam os especialistas, é que ela revela as habilidades básicas necessárias para a criação de um sistema de escrita: capacidade de abstração, registro de marcas gráficas e sofisticado uso de símbolos.

"De maneira geral, podemos dizer que os sistemas gráficos desenvolvidos na Europa, na Idade do Gelo, são predecessores dos sistemas de escrita que vêm depois. Não porque determinado símbolo daquela época esteja relacionado com outro símbolo em uma etapa posterior, mas no sentido de que todos são códigos."

Emojis pré-históricos

A pesquisadora os compara aos emojis, os ícones da era dos smartphones, que representam um conceito em uma única imagem.

Eles são muito populares nas redes sociais e em comunicações de troca de mensagens instantâneas, como o WhatsApp.

Os emojis foram descritos assim em uma coluna da revista Wired, especializada em tecnologia: "eles poderiam ter sido parte de um dos sistemas gráficos mais antigos do mundo, ou seja, bem mais que símbolos simpáticos no seu celular".

Primeiro é preciso erradicar a ideia de que os traços das grutas europeias são figuras geométricas, diz a cientista.

"Usamos esta comparação na falta de uma melhor. Mas isso condiciona a maneira como os vemos. Por exemplo, deveríamos pensar que encontramos desenhos de animais e humanos, e nos perguntar: onde está a natureza? Por que nunca pintaram uma árvore ou um rio, que são elementos importantes na vida de uma sociedade coletora-caçadora?"

Assim, a hipótese é que as figuras se refiram a coisas que não aparecem de forma óbvia nos desenhos: uma montanha, as estrelas, uma arma...

Não são formas abstratas, como sugere uma análise superficial, mas representações de ideias padronizadas.

Na sua simplicidade, os símbolos também têm outra qualidade: são democráticos, afirma Von Petzinger.

"Desenhar um mamute ou um cavalo exige habilidades que poucos têm. Mas um quadrado ou um zigue-zague, qualquer um pode fazer."

E por serem mais acessíveis, os traços são melhores como ferramenta de comunicação: virtude desejada por qualquer linguagem que se preze.

Mas a paleoantropóloga não se conforma com estas hipóteses e quer mais.

Qual será seu próximo passo na busca de sentido para os desenhos misteriosos?

Entrar, com a ajuda de robôs submarinos, em grutas submersas e inexploradas da costa da Cantábria, no norte da Espanha, para buscar mais signos, mais traços, que joguem luz sobre como o homem moderno aprendeu a escrever.

fonte: UOL

Departamento de Defesa do Canadá investiga sons misteriosos vindo do Oceano Ártico


Caçadores nativos do território canadiano de Nunavut relataram ouvir sons inexplicáveis que parecem vir do fundo do oceano Ártico. Esses sons são descritos como “pings”, “hums” e “bips”, e também atraíram a atenção do Departamento de Defesa Nacional do Canadá, que enviou um avião para investigar. 

Os estranhos sons foram ouvidos entre os meses de julho e setembro no estreito de Fury e Helca. Um representante do governo local disse que o barulho vem de uma grande área de caça em águas abertas cercadas por gelo, chamada polínia. Mamíferos como morsas e baleias costumam se reunir nestes locais, mas neste verão canadiano praticamente nenhum deles apareceu, tornando a situação ainda mais suspeita.

Há várias hipóteses para tentar explicar esses sons. Uma delas é que uma mineradora famosa por ter realizado pesquisas com sonares na área esteja repetindo as experiências, mas a empresa diz que não fez nenhum estudo na área e que não tinha nenhum equipamento de baixo de água quando o som foi captado.

Outra hipótese é que os sons podem estar sendo gerados por construções ou explosões, mas o governo aponta que nenhuma autorização para este tipo de intervenção foi feita recentemente.Outra possibilidade mais improvável é que o Greenpeace possa estar por trás disso, produzindo os sons para afugentar os animais da área de caça. A organização nega a acusação.

O avião enviado pelo Departamento de Defesa Nacional do Canadá não encontrou nada de diferente na região. “A equipe aérea fez várias buscas pela área, inclusive uma busca acústica que durou uma hora e meia, sem detectar nenhuma anomalia”, diz uma nota do departamento.

“A equipa não detectou nenhum contacto de superfície ou de subsuperfície. A equipa observou dois grupos de baleias e seis morsas na área de interesse”. O departamento diz que é possível que o som venha de submarinos, mas que isso é improvável.

fonte: Hypescience