Detalhe de fotografia da Terra tirada pelo primeiro Lunar Orbiter, em 1966 NASA/UCL
O University College de Londres disponibilizou em alta resolução parte do arquivo de imagens e mapas do seu departamento de astronomia.
Em 1966, a União Soviética estava a ganhar a corrida espacial. O primeiro satélite a ser lançado para o Espaço tinha bandeira vermelha. O primeiro homem em órbita, também. Mas, naquele ano, os EUA deram início ao programa Lunar Orbiter e posicionaram-se para o mais alto momento da disputa – a alunagem da missão Apollo 11, em 1969.
As cinco sondas não-tripuladas que os EUA enviaram para a Lua no âmbito do programa Lunar Orbiter, entre 1966 e 1967, foram importantes para fazer o reconhecimento do satélite da Terra e para o sucesso das futuras alunagens. Foi nesse processo que se tiraram as primeiras fotografias da Terra a partir da Lua. Uma delas foi agora disponibilizada online, em alta resolução, pelo University College de Londres (UCL). Não é caso único.
O arquivo de imagens e mapas que a UCL decidiu colocar online, no âmbito do Festival dos Planetas, que acontece na capital britânica de 8 a 13 de Setembro, inclui outras raridades. Além da fotografia retirada do conjunto de imagens captadas pela primeira Lunar Orbiter, em 1966, há ainda fotografias de Vénus, Marte e Júpiter.
Os créditos repartem-se pela NASA e pela agência espacial soviética. As fotografias da superfície de Vénus, onde os EUA nunca pousaram, são um feito soviético. São de 1982 e fazem parte do arquivo da UCL – uma das sete instituições de fora dos EUA para as quais a NASA enviava imagens antes dos dias da Internet – porque, apesar de toda a competição astronómica vivida durante a Guerra Fria, os dois lados trocavam informação entre si.
As fotografias de Marte são norte-americanas. Foram tiradas em 1972 (Mariner 9) e 1976 (Viking 1). Assim como os mosaicos de imagens das luas de Júpiter, obras do objecto feito por seres humanos que mais longe viajou no nosso sistema solar, o Voyager 1. São publicadas como nos originais, de 1979, sem o tratamento que agora se dá às imagens desta sonda, que continua a percorrer o Espaço e que se estima que atinja o meio interestelar em 2015.
Por último, é uma peça britânica que merece a atenção dos cibernautas, que passam a poder descarregar todas estas peças em alta resolução. É um mapa da lua desenhado em 1910 por Walter Goodacre, muito detalhado, que em papel tem 1,78 metros de comprimento. Na versão digital, passou a ser uma imagem com 400 megapixéis.
fonte: Público
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