Um grupo de cientistas descobriu uma segunda população de peixes que "caminham" pelo leito marinho, junto à costa da ilha da Tasmânia, a sul da Austrália.
O peixe de mãos vermelhas (Thymichthys politus) encontra-se apenas no sudeste da Tasmânia e até à semana passada apenas tinha sido identificada uma população de 20 a 40 exemplares na baía Frederick Nenry, segundo um comunicado da Universidade da Tasmânia.
O novo grupo agora descoberto também é composto por uns 20 a 40 peixes e habita a vários quilómetros, numa área reduzida cuja localização os investigadores decidiram não revelar até que seja discutido um plano de conservação.
O habitat desta segunda colónia cinge-se a um espaço de 50 por 20 metros, já que, em vez de nadar, estes peixes caminham sobre o solo marinho.
A descoberta ocorreu na semana passada durante uma pesquisa sobre a vida nos recifes realizada pelo Instituto Marinho de Estudos Antárticos (IMAS, na sigla em inglês) da Universidade da Tasmânia.
"Descobrir esta segunda população representa um grande alívio porque duplica o número de exemplares que acreditamos existirem no planeta", disse o cientista do IMAS Rick Stuart-Smith.
Estes peixes avermelhados, que medem entre seis e 13,5 centímetros, foram avistados pela primeira vez no século XIX perto de Port Arthur, na Tasmânia, um dos lugares do planeta que aloja espécies raras e únicas em perigo.
O peixe de mãos vermelhas tem um corpo alargado e com protuberâncias em formas de verrugas, com as quais se move lentamente pelo leito marinho em busca de alimentos como crustáceos ou larvas, segundo o Ministério do Ambiente da Austrália.
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