domingo, 2 de dezembro de 2012

Próteses controladas pelo pensamento fazem primeiro teste em 2013

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Max Ortiz Catalan, investigador da Universidade de Tecnologia de Chalmers, na Suécia, quer testar, em 2013, os primeiros braços robóticos que se conectam diretamente aos ossos humanos e podem ser controlados através do pensamento.

Pode ser um pequeno passo para o denominado homem biónico – mas promete ser uma grande evolução para todos os humanos que têm membros amputados: Nos laboratórios da Universidade de Tecnologia de Chalmers, na cidade sueca de Gotemburgo, já se começam a preparar os primeiros ensaios com uma nova geração de membros robóticos implantados em humanos.

Os mentores do projeto estão esperançosos de fazer história: as próteses robóticas deverão estar preparadas para se conectarem através de elétrodos aos nervos e aos ossos do corpo humano e vão poder ser controladas apenas e só pelo pensamento. 

A esta característica junta-se uma terceira nada despicienda: «As pessoas vão poder controlar em simultâneo várias juntas em várias direções, assim como poderão receber uma resposta neuronal correspondente às suas ações. Hoje, estas funcionalidades não estão disponíveis fora dos laboratórios de investigação para os doentes que precisam delas. E o nosso objetivo é mudar isso», explica Max Ortiz Catalan, investigador da Universidade de Tecnologia de Chalmers, numa reportagem publicada pela versão britânica da Wired.

O projeto prevê a implantação de elétrodos no cérebro e nos músculos e nervos que se encontram junto às extremidades dos membros amputados. A estes elétrodos deverão juntar-se interfaces bidirecionais que serão integradas nos ossos dos pacientes através de parafusos de titânio. Os primeiros ensaios deverão ser feitos em pessoas cujos membros foram amputados há vários anos.

Os investigadores da universidade sueca admitem que as probabilidades de sucesso são maiores em pessoas amputados há pouco tempo, mas recorda que o projeto pretende igualmente analisar o potencial de reabilitação neuronal de funções que o cérebro foi forçado a deixar de desempenhar há bastante tempo.


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