sábado, 18 de agosto de 2012

Galáxia recém-descoberta pode ser a maior produtora de estrelas do Universo com 740 por ano


Os cientistas descobriram uma supermãe cósmica: uma galáxia que gera mais de 2 estrelas por dia! 

Astrónomos usaram o Observatório Chandra Raio-X da NASA, enviada ao espaço em 1999, para detectar uma galáxia incrível. A título de comparação, a Via Láctea produz apenas uma nova estrela por ano.

A galáxia encontra-se 5,7 biliões de anos-luz de distância da Terra, emitindo um brilho incrível que fascina os investigadores. É de longe a galáxia com a maior produção anual de estrelas já encontrada.

A descoberta é espantosa, pois este tipo de galáxia, tamanho e idade, não deveria produzir tantas estrelas num ritmo tão rápido, disseram os autores da descoberta na revista Nature. 

“É muito extremo”, disse o astrónomo da Universidade de Harvard. “Ela empurra os limites do que entendemos”. 

A galáxia ainda sem nome – oficialmente conhecida por uma sequência de letras e números – possui 3 triliões de vezes o tamanho do nosso Sol, de acordo com o principal autor do estudo, Michael McDonald do Massachusetts Institute of Technology. 

Existe uma coisa muito estranha nessa galáxia. Ela possui 6 biliões de anos, muito “madura” para produzir tantas estrelas novas. Neste estágio, ela deveria ter muitas ‘estrelas mortas’, mas por algum motivo voltou à vida e está produzindo estrelas em grande velocidade. 

Por enquanto, a equipe formada por 85 astrónomos apelidou a galáxia de Fênix, fazendo alusão ao pássaro que renasce das cinzas. 

A galáxia está produzindo pouco mais de duas estrelas por dia. De acordo com os astrónomos, apenas 10% do gás de uma galáxia pode formar estrelas. Isso ocorre porque a energia dos buracos negros no centro das galáxias neutraliza o arrefecimneto que deveria ocorrer. 

“Há uma constante luta entre buracos negros e estrelas em formação”, disse Martin Rees, astrofísico da Universidade de Cambridge. O investigador não participou do estudo, mas fez análises da descoberta em uma teleconferência com a NASA. 

Neste caso, o buraco negro no centro da galáxia encontrada parece ser invulgarmente “calmo”, em comparação com outros buracos negros supermassivos, de acordo com o pensamento de Rees. “Por isso, o buraco negro está perdendo a disputa”, disse ele de acordo com portal DailyMail. 

Para os investigadores, essa formação exagerada de estrelas é, provavelmente, temporária, porque não existe combustível para a formação por muito tempo. “Pode ser apenas uma fase muito curta de duração, nós apenas tivemos sorte de observá-la”, disse Foley.


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