quarta-feira, 13 de junho de 2012

As cavernas mais incríveis do mundo


Tobogãs de gelo, pinturas rupestres e comboiozinho eléctrico. Da Eslovénia aos Estados Unidos, descubra os encantos de uma visita às cavernas.

As cavernas escondem um mundo misterioso. A cada passo, um encantamento diferente, com formações esculpidas ao longo de milhares de anos. Dentro de uma, a sensação é a de ser um verdadeiro explorador, desvendando território novo.

No topo de montanhas cobertas por neve ou debaixo do deserto, cada caverna é única. Conheça algumas delas:


Postojna - Eslovénia

 

Postojna, uma extensa caverna de 21 quilômetros, na Eslovénia


Em Postojna, um castelo medieval foi construído no meio das formações rochosas

À beira de um lago, um paredão rochoso esconde uma caverna extensa de 21 quilómetros. Na boca da gruta, um castelo medieval parece se equilibrar entre as rochas. Para explorar seu interior, um comboiozinho eléctrico faz a alegria da crianças.

Um dos salões da caverna tem acústica tão boa que se tornou palco para apresentações de música. Milhares de pessoas assistem aos espetáculos, que vão de orquestras sinfónicas a festivais de blues.

Quer mais emoção? Algumas partes da caverna são abertas apenas aos mais experientes. Só é possível chegar ali num barco insuflável que navega por um rio bem gelado. Tudo na mais completa escuridão.


Eisriesenwelt - Áustria


Temperatura na caverna de Eisriesenwelt, na Áustria, é sempre abaixo de zero


Imensos paredões de gelo formam a caverna de Eisriesenwelt

Seja verão ou inverno, a temperatura dentro das cavernas de Eisriesenwelt é sempre abaixo de zero. Encravadas no pico dos Alpes austríacos, seus 40 quilómetros de extensão fazem desta a maior caverna de gelo do mundo.

Ao chegar, o visitante recebe uma lanterna para iluminar o caminho. Depois de subir uma escadaria de 134 metros, a luz fraca ilumina o labirinto e as estalactites ganham contornos que lembram figuras. Grandes paredões se assemelham a tobogãs. Uma enorme formação maciça impressiona pela altura de 25 metros.

Já o Palácio de Gelo é um enorme salão de 400 metros de profundidade. No verão, o derretimento do gelo produz um novo espetáculo, formando lagoas e cascatas. O vento gelado que sopra ali esculpe diferentes formas a cada ano.


Pech Merle - França


A caverna francesa de Pech Merle tem desenhos pré-históricos, da era paleolítica


Testes revelaram que desenho de cavalo na Pech Merle foi pintado em torno de 25 mil anos antes de Cristo

Essa é uma autêntica caverna pré-histórica. As rochas do interior estão repletas de pinturas rupestres do período paleolítico, a mais antiga produção artística da qual se tem conhecimento. É possível ver figuras que lembram cavalos, bisões, cervos e mamutes. E também silhuetas de mãos, as chamadas mãos negativas.

Destaque para dois cavalos pintados no teto com pontinhos pretos, rodeados por seis mãos e símbolos que permanecem indecifráveis. Testes com carbono 14 revelaram que foi pintado à volta de 25 mil anos antes de Cristo. Há, ainda, pegadas fossilizadas na lama, sobre uma rocha.

Ao lado da caverna, fica um museu com exposição de objetos descobertos durante pesquisas arqueológicas como ferramentas, armas e ornamentos. Lanças com pontas de chifres, arpões e artefactos de pedra e osso.

Encravada na região dos Pirineus, na cidade de Cabreret, a caverna de Pech Merle é considerada monumento nacional na França e uma das poucas com arte primitiva ainda aberta para os visitantes.


Carlsbad - Estados Unidos


No meio ao deserto ficam escondidas mais de 80 cavernas em Carlsbad, nos Estados Unidos


Na Carlsbad, formações esquisitas recebem nomes de acordo com as figuras que lembram

No meio ao deserto ficam escondidas mais de 80 cavernas, algumas das maiores do mundo. Com boa infraestrutura, dá para percorrer as trilhas sinuosas que são pavimentadas e levam a 250 metros de profundidade. Também é possível pegar uma carona no elevador. Mas não pense que é só moleza: em alguns trechos é preciso rastejar por túneis tortuosos.

As formações esquisitas receberam nomes de acordo com as figuras que lembram. Uma estalagmite comprida, fina e torta ganhou o nome de Dedo da Bruxa, por exemplo. A Rocha Iceberg é um enorme bloco de pedra que deve pesar 100 mil toneladas.

A árvore de Natal é cheia de drapeados de cristais e estalagmites. Mas nada se compara ao Grande Salão, uma câmara subterrânea de 549 metros de extensão e 335 metros de largura, na qual cabem 12 campos de futebol e um edifício de 30 andares.

No verão, a cada pôr-do-sol um redemoinho formado por cerca 400 mil morcegos tinge de preto o céu em direção à caverna. Durante a noite, eles comem toneladas de insetos. E não precisa se apressar, o bilhete dá direito a três dias de visitas. As cavernas são consideradas Património da Humanidade pela Unesco.


Waitomo - Nova Zelândia


Em Waitomo, na Nova Zelândia, vagalumes tecem fios de seda luminosos, criando espetáculo pouco usual


Primeiro nível da Waitomo, na Nova Zelândia, costuma ser palco de apresentações musicais graças à boa acústica

Na escuridão da caverna, milhares de pontinhos luminosos azulados brilham insistentemente, como estelas no céu. Na verdade, são vagalumes da espécie Arachnocampa Luminosa, encontrados apenas na Nova Zelândia. Os animais tecem ninhos de seda, que pendem do teto como fiozinhos de aspecto elástico. A larva brilha para atrair a presa.

O visitante pode ver os animais bem de perto, a bordo de um barco que navega silenciosamente pelo rio subterrâneo, a 250 metros de profundidade. Repare no belo reflexo formado pelo teto iluminado na água e nas formações de estactites e estalagmites.

O primeiro nível da caverna costuma ser palco de apresentações musicais graças à boa acústica e à pureza do som. Até a famosa soprano neozelandesa Kiri Te Kanawa já cantou ali, nesta caverna formada há mais de 30 milhões de anos.


Lascaux - França


Desenhos da Lascaux, na França, dão à caverna a alcunha de "Capela Sistina da Arte Rupestre"


Pablo Picasso, ao visitar a Lescaux, revoltou-se. 'Não inventamos nada!', disse

Não é à toa que esta caverna é chamada de Capela Sistina da arte rupestre. Suas paredes são cobertas por cerca de 600 pinturas de bisões, mamutes e cavalos.

Os traços dos desenhos pintados há mais de 17 mil anos são tão refinados que deixaram o pintor Pablo Picasso boquiaberto ao visitar o local na década de 40. “Não inventamos nada!”, disse o mestre do cubismo.

Considerada património da humanidade pela Unesco, a caverna foi fechada ao público há mais de meio século. O dióxido de carbono e a presença de fungos trazidos do exterior comprometiam as imagens, que poderiam desaparecer em pouco tempo.

Perto dali, no entanto, há uma réplica perfeita, nos mínimos detalhes. O relevo das galerias, a penumbra do interior e a baixa temperatura são idênticos, assim como os materiais usados para recriar as imagens. Um guia local explica como tudo foi feito.

fonte: IG

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