quinta-feira, 12 de abril de 2012

Bactérias podem fazer Titanic desaparecer em 30 anos


A investigadora Henrietta Mann exibe amostra de metal retirado do Titanic

Em menos de 30 anos pode não haver mais nada do Titanic, advertiu na terça-feira a cientista Henrietta Mann, que investiga há quatro anos as bactérias que devoram o casco do transatlântico naufragado em 1912. 

Uma expedição científica que chegou em 1991 aos destroços do naufrágio, a 3,8 mil metros de profundidade no Atlântico Norte, revelou formações de óxido de aparência similar a estalagmites penduradas no enorme navio.

Mann, bióloga e geóloga da Universidade de Dalhousie em Halifax, Canadá, obteve amostras do Instituto Bedford de Oceanografia e após examiná-las com microscópio electrónico descobriu que não se trata de um processo de oxidação, mas sim da acção de bactérias.

A investigadora canadiana identificou dezenas de bactérias, entre elas uma jamais vista antes, que chamou de Halomonas titanicae, que estão a devorar o casco de aço do navio. 

"O Titanic é composto por 50 mil toneladas de aço, então há muita comida para minhas bactérias", que se multiplicaram em biliões ao longo dos anos.

As bactérias também se alimentam das escotilhas, escadas e portas do navio, todas de ferro, assim como das caldeiras de ferro fundido do Titanic. 

Apenas o bronze permanece intacto, destacou Mann. "Não sei a velocidade com que isto ocorre", mas se compararmos as primeiras fotos dos destroços do naufrágio com as últimas, é evidente que isto ocorre com rapidez. "Talvez em 20 ou 30 anos os destroços do naufrágio se transformarão num monte de óxido".

As primeiras bactérias provavelmente se criaram a partir de diatomáceas na "neve marinha" ou da sujidade na superfície, até formarem a estrutura actual "como uma esponja", explicou Mann. 

Para a cientista, a desintegração do Titanic significará uma enorme perda do património, mas também é algo positivo, já que prova que plataformas de petróleo e navios naufragados serão finalmente devorados por bactérias no fundo do mar.

fonte: Terra

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