segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Hidratante pode ter matado Hatshepsut

 


Creme usado pela principal faraó mulher do Egipto para tratar um eczema pode ter sido o culpado por sua morte

Há remédios piores que a doença. Que o diga a rainha Hatshepsut, principal faraó mulher do Egipto, que viveu por volta de 1450 a.C. Segundo cientistas da Universidade de Bonn, ela pode ter morrido por causa do creme hidratante que usava. Essa é a suspeita levantada pelos especialistas que analisaram o conteúdo – até hoje intacto – do frasco encontrado entre os objectos da faraó, hoje conservado no Museu Egípcio da universidade.

A descoberta foi feita por Michael Höveler-Müller, curador do museu, e Helmut Wiedenfeld, do Instituto de Farmacologia da universidade. Por muito tempo, acreditava-se que o frasco contivesse perfume, mas, ao retirar amostras de seu conteúdo, eles identificaram um tipo de loção para a pele contendo uma forte substância carcinogénica. Os investigadores suspeitam que o creme possa ter sido indicado à faraó como tratamento para eczema, já que são conhecidos outros casos de doenças de pele na família de Hatshepsut.

O problema é que, além de substâncias hidratantes e anti-inflamatórias, os farmacologistas detectaram no creme da monarca uma grande quantidade de benzopireno, “uma das mais perigosas substâncias carcinogénicas que conhecemos”, afirma Wiedenfeld.


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