sábado, 12 de novembro de 2011

Gravidez trouxe-lhe o desejo de cozinhar e comer animais atropelados


A gravidez é uma fase muito especial na vida de uma mulher. Romantismo à parte, esta fase é marcada por “desejos”, que levam as mulheres a quererem refeições bem específicas. A britânica Alison Brierley, grávida de seis meses, recolhe animais mortos nas estradas locais e cozinha-os. A artista garante, à edição inglesa do jornal Metro, que estes desejos surgiram com a gravidez e que o sabor da carne é incomparável.

Brierley, de 42 anos, sempre usou as peles de animais mortos na estrada para fazer jóias. Foi nesta sua rotina que surgiu, pela primeira vez, o desejo de comer a carne dos animais que colhia nas estradas próximas da sua casa, em Harrogate, no condado de Yorkshire, Inglaterra.

"Normalmente, como de maneira saudável, mas agora, com a gravidez, tenho fortes desejos por animais mortos na estrada. Adoro o sabor, é melhor que outras carnes. E não me sinto culpada porque sei que os animais viveram em liberdade na natureza", justifica.

"A primeira vez foi quando apanhei um faisão em perfeitas condições. Parei e pensei: vou comer isto”, explicou a artista e taxidermista. "Levei-o para casa fiz uma espécie de faisão frito à Kentucky”.

A gravidez é, segundo a artista, a causa destes desejos pelo que não esquece os cuidados especiais a ter na altura de recolher os animais e confeccionar os seus pratos.

"Como estou grávida tenho muito cuidado ao manusear as carcaças e uso sempre luvas. Não quero arriscar ter infecções que possam prejudicar o bebé”, de sexo masculino, que deverá nascer em Fevereiro.

À sua mesa, Alison Brierley, já serviu lebre, veado, pombo, coelho, coruja e faisão, sendo o último o mais comum deles. "Queria experimentar carne de raposa e de texugo, mas nunca estão em boas condições para comer. No entanto, já os usei no meu trabalho", acrescenta.

A britânica diz que já até serviu pratos feitos com animais atropelados a amigos, e afirma que eles a ajudam na procura. "Consigo as melhores carnes através de amigos que me ligam a avisar de animais mortos que encontram a caminho do trabalho", afirma.

"Confiam em mim e porque sabem que eu sou uma boa cozinheira. Acho que eles adoram", acrescentou referindo-se aos banquetes que oferece aos amigos.

"Uma das grandes razões tornar isto público é que quero aumentar a consciência sobre de onde realmente vem a nossa comida", disse Brierley. "Algumas pessoas são tão indiferentes em relação à escolha dos seus alimentos que não pensam como viveu aquele animal ou como foi morto".


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