sábado, 9 de outubro de 2010

Investigador australiano descobre galáxias que são 'fósseis vivos'



Descoberta indica que as estrelas regulam a taxa de formação de novos astros no interior das galáxias

O astrónomo Andy Green descobriu "dinossauros vivos" no espaço, galáxias no Universo actual com características que, acreditava-se, só teriam existido no passado distante, diz nota da Universidade Swinburne, na Austrália. O relato da descoberta, que também é o primeiro artigo científico assinado por Green, está na edição desta semana da revista Nature.

"Não achávamos que essas galáxias existiam. Descobrimos que sim, mas elas são extremamente raras", disse, na nota, Karl Glazebrook, orientador de tese de Green. As galáxias descobertas têm forma de disco, que lembra a Via Láctea, mas são turbulentas e estão formando um grande número de estrelas jovens.

"Acreditava-se que galáxias assim existiam apenas no passado distante, há milhares de milhões de anos, quando o Universo tinham metade de sua idade actual", disse Glazebrook.

Astrónomos supunham que a rápida formação de estrelas nas galáxias antigas era impulsionada por um mecanismo peculiar ao Universo primitivo: um fluxo contínuo de gás frio.

Mas a descoberta de galáxias do mesmo tipo no Universo actual indica que esse mecanismo não pode ser o único para a formação acelerada de estrelas. É possível que a formação de estrelas gera uma turbulência no gás em redor. Quanto mais estrelas surgem, maior a turbulência.

"Turbulência afecta a velocidade com que as estrelas se formam, então estamos vendo estrelas regulando a formação de estrelas", disse ele.

fonte: Estadão

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