China lança a segunda sonda Chang'e rumo à Lua
Nem mais nem menos um minuto: às 11h59, hora de Portugal Continental, a China viu partir para o espaço a sua segunda sonda lunar. A operação cumpre mais um passo da operação que pretende colocar um homem na superfície da lua em 2020.
No dia em que se assinala o 61.º aniversário da República Popular, a Chang'e-2 – designação que advém do nome dado pela mitologia chinesa à deusa da Lua – foi lançada por um foguetão que descolou da base de Sichuan à hora prevista, quando eram 18h59 naquela região do sudoeste do país.
A sonda vai permitir obter imagens mais precisas, em alta resolução, da superfície lunar, o que pode acontecer já dentro de cinco dias, quando o aparelho chegar à órbita da Lua.
Logo que isso se concretizar, a Chang’e-2 ficará a 15 quilómetros de distância da superfície lunar, o que a capacitará “captar imagens nítidas”, explicou à agência Xinhua o responsável pelo design da sonda, Wu Weiren.
A anterior sonda, a Chang'e-1, foi enviada para o espaço em 2007, mas acabaria por se despenhar contra a superfície lunar após um ano e meio.
Um novo aparelho (Chang'e-3) deverá ser enviado em 2013. E, em 2017, deverão ser recolhidas amostras do solo lunar.
Os progressos, que têm como objectivo concretizar uma missão tripulada à Lua, deverão culminar no envio de um homem por volta de 2020, acreditam os cientistas chineses.
A televisão chinesa CCTV adiou a abertura do principal telejornal da noite (hora de almoço em Portugal) para mostrar as imagens do lançamento em directo, deixando para segundo plano as notícias sobre as cerimónias oficiais do Dia Nacional, na Praça de Tiananmen, em Pequim.
A visão da comunidade internacional é, pelo contrário, mais de temor do que de expectativa, face ao que se passou em Janeiro de 2007, quando a China usou um míssil para abater um dos seus próprios satélites.
Em 2003, a China tornou-se no terceiro país, depois dos Estados Unidos e da Rússia, a enviar um homem ao espaço.
fonte: Público
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