sábado, 11 de setembro de 2010

Especialistas questionam identificação de túmulo de irmão de Alexandre Magno


Busto de Filipe II da Macedónia

Ocupantes do túmulo de Vergina seriam na verdade Filipe II de Macedónia e sua mulher, Cleópatra.

Um túmulo descoberta em 1977 em Vergina, na Grécia, revelou diversos tesouros e dois esqueletos humanos, um homem e uma mulher, em caixões de ouro. Ambos os corpos haviam sido cremados, e acredita-se que fossem o rei da Macedónia Filipe Arrhidaios, meio-irmão de Alexandre Magno, e sua mulher, Eurídice. Agora, investigadores britânicos afirmam que é mais provável que os corpos sejam de Filipe II da Macedónia, pai de Alexandre, e de sua mulher Cleópatra.

O médico Jonathan Musgrave, do Centro de Anatomia Comparativa e Clínica da Universidade de Bristol, argumenta que as evidências dos vestígios não são consistentes com os registos históricos da vida, morte e sepultamento de Arrhidaios.

O crânio masculino parece ter curado uma fratura na maçã direita do rosto. A história regista que Filipe II perdeu o olho direito no cerco de Metona, em 355 a.C., um ferimento consistente com o dano no osso.

A cor das linhas da fratura sugere ainda que o corpo foi cremado ainda com a carne nos ossos, e não após decomposição. Arrhidaios foi assassinado em 317 a.C., e algumas fontes indicam que seus restos foram enterrados e, depois, exumados meses mais tarde. No entanto, a presença de uma pira crematória no túmulo indica que ambos os corpos foram cremados em Vergina.

O relato histórico da morte de Arrhidaios indica que ele foi sepultado juntamente com a mulher e a sogra, Kynna. No entanto, o túmulo contém apenas dois indivíduos. Os restos feminimos são de uma mulher que morreu entre os 20 e 30 anos, enquanto que Eurídice teria morrido adolescente.

Musgrave diz que o objetivo do artigo escrito por ele e seus colegas é menos reforçar a hipótese de que o túmulo seria de Filipe II, e mais apontar as inconsistências no caso de Arrhidaios. A análise aparece no International Journal of Medical Sciences.

fonte: Estadão

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