sexta-feira, 17 de setembro de 2010

CSI de 1800 anos: encontrados indícios de morte brutal de menina


Indícios indicam que criança foi enterrada com mãos amarradas após morrer com pancadas na cabeça

Arqueólogos encontraram num forte do Império Romano na Grã-Bretanha o esqueleto de uma menina que não teria mais que 10 anos de idade quando foi morta há 1,8 mil anos, aproximadamente. Chamou a atenção dos cientistas marcas provavelmente de violentos golpes na cabeça da criança e as mãos que estariam amarradas - conforme indica a posição do corpo -, sinais de uma morte brutal. A investigação ainda vai avançar e já começa a lembrar séries de TV, não fosse o facto de os investigadores não serem policias, e sim arqueólogos. As informações são do Daily Mail.

Apesar dos vestígios apontarem para um assassinato violento, os investigadores acreditam que detalhes do crime nunca sejam esclarecidos. A menina foi enterrada numa cova rasa no forte romano de Vindolanda, próximo a Bardon Mill, no condado de Northumberland.

Enterros humanos em áreas com construções, como fortes ou cidades, dificilmente ocorriam na época do Império Romano. O corpo normalmente era cremado ou enterrado em um cemitério fora da área urbana.

Os arqueólogos acreditam que a criança foi enterrada rapidamente, para não levantar suspeitas do crime. Contudo, as marcas no crânio podem não ter sido feitas quando a menina estava viva, mas sim anos depois de sua morte. O corpo ainda vai passar por análises mais detalhadas para que o mistério seja solucionado.

A antropóloga bióloga Trudi Buck, da Universidade de Durham, analisou o corpo e o identificou como sendo de uma criança, certamente uma menina. Ela afirmou ainda que a posição do corpo indica que as mãos foram amarradas.

"A investigação ainda foi preliminar. Há sinais específicos de danos a ossos que não podem ser vistos em um primeiro exame. O crânio estava muito partido quando foi descoberto, mas é difícil dizer se estava assim por causa de ferimentos causados nele ou se isso ocorreu com o tempo", diz Trudi.

Segundo o director das escavações, todos os cenários para a morte da criança são estudados. O primeiro, e mais forte, é o de que ela seria um escravo. "Pode ter ocorrido uma disputa entre dois soldados e então um decidiu danificar a propriedade do outro", diz Andrew Birley à reportagem.

Nos tempos de Roma os escravos eram considerados como propriedade, objectos, e a menina pode ter sido usada para resolver uma disputa. "O que podemos dizer com segurança é que foi um crime que precisou ser encoberto rapidamente", afirma o investigador.

"Não deveria ser fácil para os assassinos carregar o corpo para fora do forte por causa da segurança, e é por isso que a criança foi enterrada dentro do seus limites", diz Birley.

fonte: Terra

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