terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Há três novas espécies de lampreia em Portugal



Identificadas em zonas restritas de alguns rios, as novas espécies estão "Criticamente em Perigo"

Três novas espécies de lampreia foram descobertas em rios portugueses por investigadores das universidades de Lisboa e de Évora, anunciou o Centro de Oceanografia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. A má notícia é que a sua distribuição é tão restrita que elas entram diretamente para lista das espécies consideradas "Criticamente em Perigo", e a exigir um estatuto de proteção que possa garantir a sua preservação nas bacias hidrográficas onde existem.

As três novas espécies, a lampreia da Costa de Prata (Lampreta alvariensis), a lampreia do Nabão (Lampreta auremensis) e a lampreia do Sado (Lampreta lusitanica) foram batizadas de acordo com o seu local de origem. Assim a primeira é endémica das bacias hidrográficas do Esmoriz e do Vouga; a segunda só existe na sub-bacia afluente do Nabão, da margem direita do Tejo e a do Sado não tem nada que enganar.

Estas três novas espécies vêm juntar-se a outras três da mesma família que já eram conhecidas na Península Ibérica, "ficando Portugal com uma responsabilidade acrescida em matéria de conservação deste grupo taxonómico", defendem os seus descobridores, num comunicado do Centro de Oceanografia.

As três espécies que já eram conhecidas são abundantes na Europa mas, à exceção da lampreia-marinha (Petromyzon marinus) estão a ficar acontanadas em recantos restritos de alguns rios, o que reforça a necessidade da sua preservação.

A descrição das novas espécies pela equipa que as estudou tem publicação agendada para breve na revista científica Contributions to Zoology.


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