domingo, 27 de maio de 2012

Povoado neolítico e navio mais antigo do Adriático são encontrados sob o mar



Arqueólogos descobriram ossos e vasilhas no fundo do mar, na costa norte da Croácia

Achados foram encontrados debaixo da superfície marítima no noroeste da península de Istria.

Uma equipa de arqueólogos encontrou no fundo do mar no litoral norte da Croácia um povoado neolítico bem conservado e os restos do navio mais antigo descoberto até agora no Adriático, e possivelmente em todo o Mediterrâneo.

"Trata-se de descobertas arqueológicas singulares que supõem um ponto culminante neste campo", disse à Agência Efe a arqueóloga Ida Koncani Uhac, do Museu Arqueológico de Istria, e chefe do projeto de pesquisa.

Os achados foram encontrados debaixo da superfície marítima no noroeste da península de Istria. Os especialistas do museu arqueológico realizam suas pesquisas com ajuda de mergulhadores profissionais desde 2008.

Por meio do emprego do método de datação por radiocarbono, a idade do navio descoberto a 2,2 metros de profundidade remonta o primeiro milénio antes de Cristo. Dessa forma, esse é o barco mais antigo descoberto no mar Adriático, explicou a arqueóloga.

A construção naval descoberta é singular, pois suas partes eram unidas por uma técnica peculiar de costura com cordas entre buracos situados nas bordas das pranchas de madeira.

O comprimento do casco mede aproximadamente 6 metros e a largura 2,4 metros, e foram descobertas oito pranchas. Da mesma forma, as pesquisas apontaram que a população neolítica descoberta no mesmo local, "Atlântida croata", era integrada por casas construídas sobre pilares de madeira, que por permanecer no lodo marinho, foram conservadas de forma inusitada.

"É um povoado pré-histórico do período entre o Neolítico final e Idade de Bronze inicial. O achado se encontra a uma profundidade entre 2,5 e 3,2 metros, sobre uma superfície ao redor de 10 mil metros quadrados", ressaltou Ida.

Uma pesquisa inicial de proporção menor do povoado revelou uma grande quantidade de ossos de animais e vasilhas pré-históricas de cerâmica. 

fonte: Estadão

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