sábado, 2 de julho de 2011

Câmera lenta desvenda 'segredos' das tigelas tibetanas cantantes


Tigela tibetana cantante é usada à milénios na Ásia



Cientistas tentam desvendar os segredos das tigelas tibetanas cantantes que emitem sons ao serem enchidas com água e tocadas com uma baqueta de couro.

Um vídeo em câmera lenta mostra o que acontece dentro da tigela, com partículas de água a pular sobre a superfície.

A pesquisa, publicada na revista científica Nonlinearity, conseguiu produzir um modelo matemático que pode revelar como determinados processos envolvendo fluidos acontecem, como injeções de combustível.

Os cientistas estudaram ondas de Faraday, que surgem quando fluidos vibram, mas são restringidos por uma barreira, como a tigela.

Quando a frequência do girar da baqueta ao redor da tigela atinge o ponto natural de vibração, as bordas começam a mudar de formato de forma ritmada.

A energia destas mudanças transfere-se para a água, e uma série de padrões começa a surgir na medida em que a força aplicada à baqueta se intensifica.

Num determinado momento, a água fica instável e pequenas partículas começam a saltar e a dançar caoticamente sobre a superfície.

Um vídeo em câmara lenta mostra a forma como os padrões irregulares de ondas surgem, e como elas se chocam umas com as outras.

Este comportamento – chamado de "instabilidade de Faraday" – já é conhecido pelos cientistas. O cientista John Bush, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), disse que em 2009 apresentou um programa no canal de televisão Discovery Channel sobre o fenómeno.

"Uma mulher chamada Rosie Warburton viu o programa e mandou-me um e-mail a dizer que tinha observado o mesmo comportamento nas tigelas tibetanas cantantes", disse Bush à BBC. "Este e-mail inspirou-me a estudar o fenómeno."

Mas ao observar o comportamento nas experiências com as tigelas cantantes, Bush disse que detectou padrões estranhos, até mesmo para especialistas em dinâmica de fluidos.

Bush e o outro autor do estudo, Denis Terwagne, da Universidade de Liege, na Bélgica, desenvolveram um modelo matemático para como a água se comporta nas tigelas.

fonte: BBC Brasil

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