sábado, 8 de janeiro de 2011

Mutação no SDN explica os mais de 2,30 metros de gigante irlandês


Esqueleto de Charles Byrne exposto no Real Colégio de Cirurgiões de Londres; irlandês morreu em 1783

O gigante, medindo mais de 2,30 metro, deixou seu lar na Irlanda aos 19 anos para procurar fama e fortuna em Londres. Acabou morrendo pouco depois, em 1783.

Mas a mesma alteração nos genes que o agigantou ainda produz grandalhões.

Investigações da Alemanha e do Reino Unido extraíram ADN dos dentes ainda preservados de Charles Byrne, o Gigante Irlandês, resolvendo o mistério de sua altura desmedida. Os dados estão na edição de quinta-feira da revista científica "New England Journal of Medicine".

Trata-se de uma mutação rara, descoberta apenas em 2006. Quatro famílias da Irlanda do Norte, na região onde Byrne nasceu, carregam a mutação e têm parentesco com o gigante, afirma a equipa de Marta Korbonits, da Escola de Medicina e Odontologia de Londres.

Após morrer de tuberculose agravada pelos efeitos do alcoolismo, o gigante foi parar nas mãos do cirurgião John Hunter, que ferveu o cadáver em ácido para remover a carne e passou a exibir o esqueleto na capital britânica.

Em 1909, o médico americano Harvey Cushing removeu o alto do crânio do irlandês e declarou que ele tinha tido um tumor na hipófise, glândula na parte de baixo do cérebro.

Após tantas peripécias, os investigadores temiam que não tivesse restado ADN no esqueleto.

No entanto, o material genético de Byrne pôde ser analisado. De fato, ele carregava uma mutação que causa tumores na hipófise. Sob ação do cancro, a glândula produz grandes quantidades de hormonas de crescimento, daí o gigantismo dos portadores.

Os investifadores calculam que Byrne e as quatro famílias irlandesas com a mesma mutação partilham um ancestral comum que teria vivido há cerca de 1.500 anos. Um dos afetados atuais é Brendan Holland, 58 anos, com cerca de dois metros de altura, cujo tumor já foi removido.

Ele diz ficar emocionado com a história do gigante, porque sabe como é ser ridicularizado por seu tamanho.

fonte: Folha.com

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