sábado, 28 de março de 2015

Os drones do Facebook têm asas maiores do que um Boeing 737 e já voam


A imagem do drone foi partilhada no Facebook pelo seu CEO, Mark Zuckerberg. Fotografia © Facebook | Mark Zuckerberg

Os drones gigantes são feitos de um material tão leve que pesam menos que um carro, e vão levar Internet aos lugares mais remotos do planeta.

O Facebook já começou a testar os seus drones gigantes que tenciona usar para levar a Internet a locais que não têm infraestrutura terrestre. Têm asas mais compridas que as de um avião Boeing 737, mas são feitos de material tão leve que pesam menos do que um carro. De acordo com uma publicação na página de Facebook do fundador da empresa e rede social,Mark Zuckerberg, os primeiros testes já começaram no Reino Unido.

"Estou entusiasmado por partilhar que completámos com sucesso o nosso primeiro voo de teste destas aeronaves no Reino Unido", escreveu Zuckerberg. "Aeronaves como estas vão ajudar a ligar o mundo inteiro, porque podem servir os 10 por cento da população mundial que vivem em comunidades remotas sem infraestrutura de Internet", afirmou o CEO da empresa.

Os drones que o Facebook está a desenvolver, cujo nome de código é Aquila, funcionam a energia solar e vão ser capazes de voar durante meses sem terem que aterrar, a altitudes de 60 mil pés (mais de 18 mil metros).

Os drones do projeto Aquila vão transmitir sinal Internet dessa altitude usando lasers. A técnica foi apresentada já o ano passado.

"Queremos servir todas as pessoas do mundo", disse o diretor do Conectivity Lab do Facebook, Yael Maguire. O Facebook quer ter mais de mil drones a voar pelo mundo para fornecer ligação Internet mesmo aos lugares mais remotos. "Podemos alcançar um ponto em que todas as pessoas do mundo recebem a mesma mensagem ao mesmo tempo? Estou a antecipar esse dia", disse Maguire numa conferência esta quarta-feira em São Francisco, citado pelo New York Times.

Aquila, na mitologia clássica, era a águia que carregava para o céu os relâmpagos do deus Júpiter, lembra o mesmo jornal norte-americano: o nome, diz o New York Times, é "indicativo das ambições altas da empresa".

O Facebook não é a única empresa a ter estas ambições. A Google tem um projeto semelhante em marcha, mas com o uso de balões para transmitir Internet a lugares remotos, e comprou ainda a Titan Aerospace, uma empresa de drones, presumivelmente para o mesmo efeito. A revista Fortune relembra que, embora ambas as empresas tenham enquadrado os seus projetos de maneira a mostrar objetivos puramente humanitários, "também vão beneficiar materialmente de ter mais humanos ligados à Internet que possam transformar em utilizadores".


Investigadores encontram no nordeste da China a flor mais antiga do mundo


Um grupo de investigadores descobriram no nordeste da China o que poderia ser a flor mais antiga do mundo, uma espécime de aproximadamente 160 milhões de anos (período Jurássico), informaram nesta quinta-feira os meios de comunicação locais. 

O achado aparece no último número da "Historical Biology", uma publicação britânica especializada em paleontologia, na qual detalha que a flor - denominada "Euanthus panii"-, poderia ter uma antiguidade de 162 milhões de anos. 

O fóssil deste exemplar foi achado junto a outras espécimes em 1970 na cidade de Sanjiaocheng, na província oriental de Liaoning, pelo colecionador chinês de fósseis Kwang Pan. 

Se confirmada, a descoberta suporia "uma nova perspectiva que não estava disponível para a evolução das flores", assinalaram os dois autores do estudo, o professor Liu Zhongjian do Centro de Conservação Nacional de Orquídeas e seu colega Wan Xin do Instituto de Geologia e Paleontologia de Nanjing. 

A busca pela flor mais antiga do mundo foi protagonista de várias controvérsias. 

Durante mais de um século, muitos invetigadores afirmaram ter achado a flor mais ancestral, mas as amostras não superaram os exames posteriores e não ganharam a aceitação da comunidade botânica.

Anteriormente, a primeira flor amplamente aceita foi a "Callianthus dilae", também achada na China e datada com aproximadamente 125 milhões de anos atrás. 

No entanto, a flor "Euanthus panii" é diferente do resto das plantas achadas anteriormente da época jurássica, revelou a pesquisa publicada. 

Os investigadores da jazida revelaram que o fóssil contém todas as estruturas "típicas" de uma flor e que está preservado em "perfeitas" condições. 

Este exemplar tem sépalas e pétalas assim como outros elementos comuns às flores modernas, "organizados de forma perfeita da mesma forma que as flores de angiospermas existentes (plantas com flores)", agregaram. 

As mesmas fontes assinalaram que o descobrimento "provocou um replanejamento da origem da história das flores". 

A descoberta de uma flor completa como o Euanthus no período jurássico não se ajusta às teorias atuais sobre a evolução das plantas, "o que implica também que estas teorias são imperfeitas e a história das plantas angioespermas é muito mais extensa do que a um princípio tínhamos suposto", concluíram. 

fonte: Terra

quarta-feira, 25 de março de 2015

11 anos e dois meses para percorrer uma maratona


Fotografia © NASA/JPL-Caltech/Cornell Univ./USGS/Arizona State Univ.

Robot norte-americano Opportunity chegou a Marte em dezembro de 2014.

O robot Opportunity concluiu com sucesso a "primeira maratona" realizada em outro planeta, ao ter percorrido pouco mais de 42 quilómetros sobre a superfície de Marte, divulgou hoje a agência espacial norte-americana (NASA).

O robot, movido a energia solar, chegou a Marte, também conhecido como o Planeta Vermelho, em dezembro de 2004.

Em 11 anos e dois meses, o Opportunity percorreu um total de 42,19 km, alcançando a distância oficial de uma maratona. O último deslocamento ocorreu na terça-feira, quando percorreu um total de 46,5 metros.

"É a primeira vez que uma máquina humana ultrapassou a distância de uma maratona na superfície de um outro mundo", afirmou John Callas, o responsável pelo programa Opportunity, no Jet Propulsion Laboratory (JPL) da NASA, em Pasadena (Califórnia).

O robot norte-americano é assim o campeão da maior distância extraterrestre percorrida, superando o recorde estabelecido pelo robot soviético Lunokhod 2 na Lua.

O Lunokhod 2, que pousou no solo lunar a 15 de janeiro de 1973, percorreu 39 quilómetros em menos de cinco meses.

O Rover Opportunity, que pertence a uma classe de veículos autónomos não tripulados, tem um peso total de 180 kg, sendo composto por seis rodas independentes e três painéis solares.

O veículo, cuja missão devia ter durado apenas alguns meses, continua após 11 anos a enviar dados de Marte, nomeadamente evidências sobre a antiga existência de água no solo marciano.

O robot explora atualmente a cratera Endeavour. O Rover Opportunity conta desde agosto de 2012 com a companhia de outro robot norte-americano, o Curiosity.


Nitrogénio encontrado em Marte é mais um indício de vida no planeta


A sonda Curiosity continua a explorar o planeta MarteFotografia © Arquivo NASA

Estudo revela a existência na superfície de Marte de uma forma de nitrogénio, um dos elementos essenciais para a vida.

Há nas rochas de Marte resíduos de nitrogénio que poderia, eventualmente, ter sido usado por micróbios, se eles existiram ali, para construir moléculas, como por exemplo os amino-ácidos (componentes das proteínas). Esta foi uma descoberta da sonda Curiosity que foi revelada esta segunda-feira num artigo publicado na revista Proceceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) e que leva os cientistas a acreditar que o planeta poderá ter tido alguma forma de vida.

A presença do elemento no planeta foi verificada a partir do instrumento Sample Analysis at Mars (SAM, sigla em inglês), que recolheu amostras de três lugares diferentes, através de perfurações em rochas e em depósitos de areia. "As pessoas seguem a pista do carbono, mas o nitrogénio é um elemento igualmente necessário para a vida", afirmou Jennifer Stern, da NASA e uma dos autores do artigo, ao Los Angeles Times.

A presença de nitrogénio no planeta é um fator a ter conta quanto à possibilidade de existir vida em Marte, já que, este elemento é imprescindível na síntese de moléculas como as proteínas RNA e DNA. No entanto, de acordo com o estudo, ainda não há indícios de qualquer mecanismo que faça com que o nitrogénio fixado no solo regresse à atmosfera e mantenha o ciclo do nitrogénio, como acontece na Terra.

Um outro artigo publicado na mesma revista aborda o modo como o monóxido de carbono, um gás abundante na atmosfera de Marte, poderia ter permitido a existência de comunidades microbiológicas no planeta.


Salamandras "monstruosas" com 200 milhões de anos descobertas no Algarve

A salamandra teria centenas de dentes e uma cabeça achatada, como se vê nesta representação artística.

A salamandra teria centenas de dentes e uma cabeça achatada, como se vê nesta representação artística. Fotografia © Universidade de Edimburgo | PA



Dr Brusatte

metoposaurus skulls

Reconstruction of metoposaurus algarvensis

As salamandras desta espécie eram do tamanho de carros e eram carnívoras.

Uma nova espécie de salamandra do período Triássico foi descoberta no Algarve por uma equipa internacional de paleontólogos. A investigação, publicada na revista científica Journal of Vertebrate Paleontology, foi liderada pela Universidade de Edimburgo mas contou com a colaboração de outras instituições incluindo a Universidade Nova de Lisboa e o Museu da Lourinhã.

A salamandra viveu há cerca de 200 milhões de anos. Centenas das criaturas terão morrido quando secou o lago que habitavam, que ficava na zona que hoje pertence a Loulé, no Algarve, deixando para trás inúmeros fósseis que estão hoje a ser escavados. O nome do anfíbio homenageia a região onde foi descoberto: Metoposaurus algarvensis.

"A riqueza do local era impressionante", disse à Sábado um dos paleontólogos envolvidos no projeto, Octávio Mateus. "A jazida tinha uma densidade de vários crânios por metro quadrado".

As criaturas desta espécie tinham centenas de dentes. São os antepassados das salamandras e de vários anfíbios atuais, mas o seu comportamento seria mais semelhante ao de um crocodilo, visto que eram carnívoras. "Tinha centenas de dentes afiados na sua grande cabeça plana, que era como um assento de sanita quando ficava fechada", descreveu à BBC um dos responsáveis da investigação, Steven Brusatte da Universidade de Edimburgo.

"Esta descoberta é o exemplo de um achado de uma época da qual conhecemos muito pouco em Portugal, o Triássico, há cerca de 200 milhões de anos, altura em que viveram alguns dos primeiros dinossauros", acrescentou Octávio Mateus.

Esta espécie e espécies parecidas de anfíbios gigantes morreram no final do período Triássico, quando a Terra foi abalada por milhares de anos de erupções vulcânicas muito violentas. É comum, portanto, encontrar locais como a escavação de Loulé, onde muitos espécimes podem ser descobertos juntos. As "grandes valas comuns de anfíbios monstruosos" são frequentes no período Triássico, contou Steven Brusatte.

A escavação continua, visto que apenas cerca de quatro metros quadrados foram explorados até agora. No entanto, apenas nesta fração da jazida já foram encontrados dez crânios e centenas de ossadas.


segunda-feira, 23 de março de 2015

Ecologistas voltam a plantar a maior árvore do mundo


A sequoia-vermelha de Fieldbrook, com 3500 anos, era provavelmente a maior árvore do mundo. Foi cortada em 1890.

Era provavelmente a maior árvore do mundo. O toco que ficou, quando foi cortada em 1890, tinha mais de dez metros de diâmetro, o maior de que há registo, e uma fotografia da época mostra dezenas de pessoas sentadas ou em pé em cima o que sobrou da sequoia-vermelha de Fieldbrook, com 3500 anos. Agora, esta e outras sequoias gigantes da costa da Califórnia vão renascer na Cornualha, em Inglaterra,

O Projeto Eden vai plantar clones de algumas das maiores árvores do mundo. O projeto inclui um clone daquela que seria a maior de todas, graças ao material retirado de rebentos que cresceram a partir do toco, pelos especialistas do Archangel Ancient Tree Archive.

Por enquanto são apenas rebentos mas o objetivo é que cresçam durante centenas e milhares de anos até ultrapassar os 100 metros. Os ecologistas consideram que a Cornualha tem condições ótimas para fazer crescer uma floresta de sequoias, mas um bom planeamento é essencial quando se planta este tipo de floresta, uma reprodução das maiores e mais velhas árvores do planeta.

Na costa da Califórnia sobram já poucas destas árvores e as que restam estão ameaçadas pelos fenómenos extremos, como secas e incêndios.


Senhor Steering. Balsemão, o porteiro de Bilderberg


O patrão da SIC faz parte do clube desde os anos 80 e integra o exclusivo comité que organiza as reuniões

É o único membro permanente português do clube e raramente fala sobre Bilderberg, mas, numa entrevista à SIC, no programa “Quem diria”, Francisco Pinto Balsemão garantiu que só quem “acreditar em livros” pode achar que a conferência anual é um palco de congeminações secretas. “Cada membro do comité director... e eu sou o português do comité director, temos critérios, e portanto procuramos convidar pessoas que ou já têm importância ou que nós entendemos que poderão vir a ter relevância política, social, cultural”, acrescentou. 

Antes, em Novembro de 2005, numa entrevista ao espanhol “Abc”, Balsemão já tinha tocado no assunto. Acusou de “inveja” os que os criticam por fazer parte do clube e tentou explicar em que consiste Bilderberg. “É um grupo da sociedade civil que junta uma vez por ano norte-americanos, canadianos e europeus para falar a alto nível sobre os problemas actuais, que tanto podem ser as relações entre os dois continentes como a guerra no Iraque ou a economia da China. Está muito bem organizado e, ao não estar lá a imprensa, não pode haver conclusões nem comunicados finais, as pessoas podem falar de forma muito livre. Muita gente que o critica gostaria de fazer parte dele.”

O patrão da SIC faz parte do clube pelo menos desde 1988, ano em que está identificado pela primeira vez como membro permanente. Na altura tinha deixado o cargo de primeiro-ministro e estava centrado na empresa de comunicação social. Não se sabe ao certo quem o convidou para integrar Bilderberg, mas em 2010 Medeiros Ferreira deu a entender, no seu blogue, que terá sugerido o nome de Balsemão no final dos anos 70. “Fui convidado duas vezes, em 1977, quando era ministro dos Negócios Estrangeiros, e em 1980, quando já o não era. Nessa última vez, alguém do steering committee perguntou-me que nomes eu sugeriria, de outras correntes políticas em Portugal, para futuras reuniões. Lembrei-me de Francisco Balsemão, entre outros [...] Não sei se foi por isso, se por mera coincidência, o certo é que o futuro primeiro-ministro acabou por ser o grande cooptador dos portugueses que participam nas reuniões”, escreveu o antigo dirigente socialista. Balsemão viria mesmo a integrar o steering (comité directivo), órgão encarregado de definir a lista de temas a debater e as personalidades a convidar para os encontros anuais.

As ligações do dono da Impresa a Bilderberg já lhe valeram polémicas. A primeira a seguir ao encontro do clube em Sintra, de que foi anfitrião em 1999. “O Independente” escreveu que a Sojornal – empresa que detém a maioria das acções do semanário “Expresso” e “Visão” – recebeu 40 mil contos (200 mil euros) do Ministério dos Negócios Estrangeiros para organizar a conferência no Hotel da Penha Longa. A Sojornal viria a explicar que o dinheiro não podia ser encarado como um “subsídio”, mas antes como um “patrocínio”. 

Mais recentemente, no Processo das Secretas, Bilderberg surge no relatório apreendido ao ex-espião Silva Carvalho: “Balsemão tem-se revelado, ao longo dos anos, um agente de influência, sabe-se lá ao serviço de quê e controlado por quem. A sua participação em encontros de Bilderberg é disso exemplo”, escreveu o ex-espião no documento em que descrevia o dono da SIC. E acrescentou: “Trata-se de uma organização nada transparente e que, por isso mesmo, muitos rumores e teorias da conspiração tem suscitado, mas que, independentemente dos objectivos específicos, é um concentrado de gente com claras ambições de controlo de tudo o que de importante se passa no globo, sem que se conheçam as suas motivações, nem objectivos, sabendo-se apenas que são os seus objectivos particulares que os movem. Aos encontros de Bilderberg, Balsemão, que funciona como porteiro português do grupo, tem levado inúmeras personalidades.” O i enviou um conjunto de perguntas sobre o clube a Balsemão, que não respondeu por não ter “disponibilidade”.

fonte: i online

Guia para sobreviver a drones

NOME

Se vir um corpo estranho no céu, consegue distinguir entre um pássaro e um drone? Há quem esteja disposto a ajudá-lo a aguentar a invasão de drones que está prevista para os próximos anos.
A página online Drone Survival Guide até pode ajudar os internautas a perceberem um pouco melhor a indústria dos drones e os modelos de aeronaves não tripuladas mais comuns. Mas a página de Internet funciona mais como um manifesto e um alerta contra a indústria que está a crescer a grande ritmo. 

No site - que é muito simples - os utilizadores vão encontrar um conjunto de informações em diversas línguas, incluindo o português, que ensinam a sobreviver ao aparecimento dos drones. Esconda-se nas sombras dizem eles. 

O utilizador também pode ficar a conhecer quais os drones mais populares do mundo e qual o seu formato, para poder reconhecer que tipo de drone o pode estar a observar em determinadas situações. 

Se partilha do temor que os drones vão invadir a privacidade da população mais do que nunca, então este é o guia indicado para si. 

fonte: Sapo Tek

As teorias que Atlântida não arrastou para o fundo do mar


Mark Adams crê que a cidade perdida está próxima de Casablanca, em Marrocos

A localização da cidade perdida da Atlântida continua a conquistar cientistas, artistas e conspiradores. E existe mais um lugar na extensa lista de possibilidades: Marrocos.

É um dos mistérios (ou enigmas, ou mitos, ou lendas) mais antigos da humanidade. Existiu? Onde era? Como era? A Cidade Perdida de Atlântida apoderou-se da mente dos conspiradores, absorveu a atenção dos cientistas e inspirou a imaginação dos artistas. Conta a lenda que a Ilha foi engolida pelo Oceano Atlântico, enterrando no mar os seus habitantes e pertences: um império abundante e fasto que ninguém sabe onde se localizava. Mas terá sido mesmo assim? Não faltam teorias.

A mais recente pertence a Mark Adams. No livro “Meet me in Atlantis: My Obsessive Quest to Find the Sunken City”, o escritor defende que a Cidade de Atlântida ficava na costa de Marrocos, e estaria de alguma forma relacionada com a travessia do mar Vermelho, descrita na Bíblia. A entrevista a Adams foi realizada pela National Geographic.

As cidades perdidas sempre apaixonaram Mark Adams. O escritor confessa que “o facto de que alguém podia realmente procurar por Atlântida e ser levado a sério era estranho”, até se ter cruzado com Platão numa livraria onde trabalhava.

Foi o filósofo grego que inflamou as perguntas sobre Atlântida. Na obra “Diálogos”, a personagem batizada como Critias descreve imensos detalhes sobre a cidade perdida, nomeadamente sobre o seu aspeto e localização relativa, e decide partilhá-los com Timateus, que está numa busca aflitiva por respostas sobre o universo.

A teoria da localização em Marrocos surgiu quando Mark Adams entrou em contato com um especialista em computadores alemão chamado Michael Hübner, que recolheu todos as pistas deixadas por Platão sobre a localização da Atlântida.

Esse cruzamento de dados geográficos concluiu que ficaria algures numa área num raio a 4.828 quilómetros de Atenas, na Grécia. De facto, na história do filósofo existe uma guerra em que Atenas derrota Atlântida. E, de acordo com a própria obra, Hübner teorizou que a cidade perdida estaria a sul de Casablanca. A partir daí o informático e o escritor viajaram até ao deserto em busca dos círculos concêntricos pretos e vermelhos que Platão descreve no livro. “E eis que surgem os círculos concêntricos, à beira do deserto, a apenas alguns quilómetros do Oceano Atlântico”, conta Adams.

Mas esta é apenas uma de outras três localizações possíveis para a cidade perdida de Atlântida. Santorini, no Mar Egeu, tem evidências arqueológicas que realçam a hipótese desta localização. No centro da ilha grega existe mesmo um círculo com anéis em redor e um vulcão que deverá ter entrado em erupção em tempos ancestrais.

Outras hipóteses são Tartessos, a sul de Espanha, uma cidade naval com características semelhantes às dadas por Platão, e Malta, no Mar Mediterrâneo, cuja cultura ancestral terá sido destruída por um tremor de terra seguido de tsunami.

Mark Adams chegou também a estas cidades, com a ajuda dos seus amigos Tony O’Connell e Paul Evans. Quando foram obrigados a mudar-se para Dublin, Tony decidiu mesmo preencher o seu tempo a pesquisar aprofundadamente alguns registos sobre a Atlântida. Como não encontrou nenhum local onde pudesse compilar o seu material, criou a Atlantipedia.

Mas de onde vem a relação entre a cidade perdida e os relatos do Êxodo publicados na Bíblia Sagrada? Os dados bíblicos estão em conformidade com a erupção vulcânica de Atlântida. Tudo, desde as dez pragas até à água transformada em sangue. “Se se conhecer o que acontece durante uma explosão vulcânica, sabe-se que ela pode ser transformada das dez pragas que caíram sob o Egipto”, diz Mark Adams.

Além disso, a separação do Mar Vermelho não é um disparate total. “Tanto quanto se sabe, quando se dá um tsunami, o mar retrocede”. Isto pode ter sido o que aconteceu aos judeus, quando tentaram passar em segurança. Os egípcios foram então mortos quando o mar regressou ao seu lugar. “Seria uma coincidência incrível se todas estas coisas tivessem acontecido por coincidência”, considera o escritor.

Para Mark Adams, a mensagem de Platão é simples: “O tempo é cíclico e até uma civilização poderosa, técnica e avançada como Atlântida pode vir a ser aniquilada”. Em Casablanca?

Mas lembremos algumas das teorias sobre a Atlântida perdida, uns mais científicos, outros mais efabulados.

Teoria Platónica

Para o filósofo grego, a cidade perdida de Atlântida estaria localizada depois das colunas de Hércules, no estreito de Gibraltar, numa região chamada Quadrilátero de Canais. Platão descrevo-o da seguinte forma:

“Havia montanhas numerosas, próximas à planície da cidade, ricas em habitantes, rios, lagos, florestas em tão grandes números de essências, tão variadas que davam abundância de materiais próprios para todos os trabalhos possíveis. (…) O fosso recebia os cursos d’água que desciam das montanhas, fazia a volta à cidade, e de lá, ia esvaziar-se no mar.”

O relato faz crer que a cidade seria próximo do mar. Pode ler-se ainda “é difícil crer que a obra tenha saído das mãos humanas”.

Teoria de Tântalis

Atlas é o nome do titã que inspirou o nome da cidade perdida. Atlântida seria uma versão da cidade de Tântalis, que deriva por sua vez do nome do rei de Síbilo (Turquia), Tântalo. Ora, esta cidade estaria localizada em Arzawa, na península de Anatólia, uma área conhecida hoje como Ásia Menor. As escrituras clássicas afirmam que Tântalis sucumbiu a um terramoto que desfez montanhas e fez desabar o lugar nas águas da ravina Yarikaya, dando origem ao lago Saloe.

Teoria da Antártida

Nos anos sessenta, Charles Hapgood queria entender como se desenvolveu a era glaciar e teorizou que a acumulação de gelo nos calotes polares podia causar um peso capaz de mover a terra de tal modo que alguns continentes passaram pela era glaciar num sistema rotativo. Então, o jornalista britânico Graham Hancock veio causar polémica: o continente da Antártida não era mais que a ilha da Atlântida na sua era glaciar. E todas as cidades estariam enterradas no gelo polar.

Teoria do Profeta Adormecido

Edgar Cayce dizia ser capaz de ver o futuro e comunicar com os mortos. Durante o século XIX, Cayce identificou centenas de pessoas que seriam atlantes reencarnados. Para ele, a Atlântida estava localizada na Ilha Bimini, nas Bermudas. A dita civilização utilizava “cristais de fogo” para obter energia. Um dia, o processo saiu do controlo e desencadeou um acidente nuclear que afundou Atlântida. Mas esta energia continua ativa a interferir com os barcos, sendo responsável pelo temeroso Triângulo das Bermudas.

Teoria do Antigo Continente

A teoria brasileira do cientista Arysio Nunes dos Santos assume que existem diversas civilizações na atualidade que descenderam dos atlantes. Uma cidade localizada na Indonésia seria o berço dos gregos, hindus e tupis e teria sido criado as principais técnicas agrícolas e do cavalo.

Teoria Extraterrestre

Ezra Floid partiu dos círculos concêntricos de Platão para chegar com uma nova teoria: Atlântida é uma gigantesca nave espacial em forma de disco movido a hidrogénio com uma usina a que chama Tempo de Poseidon. O disco voador estava na Terra para colonizar o planeta e, por isso, viajava para vários pontos. E era por isso que muitos a dizem ter visto na Indonésia, nas Bermudas, no Atlântico (Açores) ou nos polos. Até que se afundou propositadamente no fundo do mar e ali permaneceu, até lançar um feixe de hidroenergia de emersão para se lançar ao espaço. Foi este processo que desencadeou um tsunami circular.

O mais famoso mapa de Atlântida foi desenhado pelas mãos de um matemático alemão do século XVII chamado Athanasius Kircher. O jesuíta desenhou-o no Oceano Atlântico, mas ninguém tem perceção sobre se a localização foi baseada em dados credíveis. Cristóvão Colombo também desenhou um mapa da cidade perdida.


Circa 1600, An illustration from an old book published in Germany entitled, ‘Land Sila and Air’ showing a map of the island of Atlantis. (Photo by Fox Photos/Getty Images)

fonte: Observador

“Bilderberg vai enviar Durão Barroso para uma nova missão”


A jornalista espanhola Cristina Martín Jiménez investiga o clube há 10 anos e conta como Bilderbeg comanda a UE

Investiga Bilderberg há dez anos e acaba de publicar o quarto livro sobre o clube. Em “O Clube Secreto dos Poderosos – os Planos Ocultos de Bilderberg”, que acaba de chegar a Portugal, Cristina Martín Jiménez conta como a organização de elite provocou a actual crise económica e como controla a União Europeia (UE). Numa entrevista via email, a jornalista espanhola garante que Durão Barroso será enviado, em breve, numa “missão” ao serviço dos Bilderberg, numa das instituições que o clube controla. Garante também que Ricardo Salgado e José Sócrates nunca mais serão convidados porque no clube não há amigos. Só “falsos amigos”.

Defende a tese de que a crise foi planeada no clube Bilderberg. Em que se baseia? 

Os argumentos são explicados ao longo de todo o livro, em que exponho como eles foram escolhendo os momentos, as pessoas e as mensagens divulgadas através dos meios de comunicação oficiais durante toda a crise. E também conto quem beneficiou com esta crise e como. Perderam as soberanias nacionais europeias a favor da UE, que é controlada por eles. Os ricos são hoje 20% mais ricos que em 2007 e o número de pobres cresceu. Será isto produto do acaso? Não. É produto de engenharia económica e social, que se gera e combina nas reuniões Bilderberg. 

Diz que Durão Barroso é um dos mais poderosos Bilderbergs. Continuará a ter o mesmo poder agora que deixou a presidência da UE? 

Durão Barroso deixou o cargo de primeiro-ministro em Portugal para ocupar a presidência da Comissão Europeia, o que demonstra que Bruxelas era mais importante para ele que o destacado cargo que tinha no governo português. Abandonou assim os portugueses que tinham votado nele. E os políticos ainda perguntam por que razão não confiamos neles? O clube vai enviá-lo numa nova missão noutra das muitas entidades que controla, como a ONU, a Organização Mundial de Saúde ou do Comércio, o FMI, o Banco Mundial, a Comissão Trilateral ou outro cargo de destaque na UE.

José Sócrates e Ricardo Salgado foram convidados. Agora que estão a braços com problemas judiciais voltarão a participar? 

Não vão voltar a ser convidados. O que Bilderberg faz é usar as pessoas para o seu próprio interesse. Estão os dois fora, especialmente Sócrates, porque o percurso de Salgado no clube é mais antigo. O esquema de Bilderberg é actuar por cima, por baixo e por detrás da lei. Agora os seus falsos amigos do clube não os vão ajudar. É o que se chama falsos amigos.

Que obrigações são exigidas aos convidados das reuniões? 

No que toca às reuniões, é exigido silêncio. Não se pode falar sobre o que acontece lá dentro com ninguém, e especialmente com a imprensa livre. Se os potenciais convidados superarem o exame do clube, serão apoiados para conseguir atingir a presidência de um país, por exemplo. Ou da NATO, da UE, da ONU, que são organizações-satélite. Por isso, e uma vez lá dentro, há que cumprir as ordens do clã superior, das hierarquias, dos círculos concêntricos. O núcleo duro dita as ordens e as directrizes que chegam, a conta-gotas, aos peões, sem que eles saibam na realidade de onde vêm.

Começou a investigar o clube há dez anos. O que a move? 

Sou jornalista de vocação. E creio que essa é a principal razão. Em 2004 ouvi falar de uma reunião anual onde uma série de pessoas decidiam o destino do mundo actual, onde se idealizara a criação da UE e do euro e onde se tomavam decisões à revelia dos parlamentos democráticos. Uma associação elitista em que se escolhiam candidatos presidenciais e outros cargos relevantes, onde se planeavam crises e guerras. O jornalismo que habita em mim fez o resto. Quis saber se era realidade ou mito e descobri que era verdade.

Teve problemas durante a investigação? 

Os problemas têm sido uma constante. A minha irmã costuma dizer-me que no dia em que eu escrever a minha biografia será um bestseller. Talvez decida fazê--lo um dia, quando for velha. Uma prova é que o meu terceiro livro desapareceu inexplicavelmente do mercado. Há leitores que o procuraram em toda a parte e não o encontram.

O que responde a quem a acusa de veicular teorias da conspiração?
Eu não fomento teorias da conspiração. Sou licenciada em Ciências da Comunicação, sou jornalista. As teorias da conspiração existem desde o princípio do mundo, sobretudo quando o que está em jogo é o poder e o dinheiro. A única coisa que faço é o meu trabalho: demonstrar, através da metodologia da ciência jornalística, as conspirações do mundo contemporâneo. O facto de os meus livros irritarem e incomodarem quem protagoniza essas conspirações é a razão pela qual se tenta desprestigiar o meu trabalho e a minha pessoa. Isso acontece sempre que a imprensa desvenda a corrupção do poder. O que eles pretendem é uma imprensa submissa e subjugada, por isso tentam comprar--nos. Mas não estamos todos à venda, felizmente. E isso irrita-os. Mas somos muitos jornalistas em todo o mundo, cada um na sua especialidade, a desmontar as teias do poder, e não podem calar-nos a todos. São ídolos com pés de barro.

fonte: i onlne

Bilderberg. Uma simples conferência ou um governo sombra?


Eles dizem que são só um grupo de pessoas influentes com vontade de conversar com outras pessoas influentes. Mas há quem garanta que os Bilderberg, que se reúnem uma vez por ano, querem na realidade dominar o mundo. E que já dominam a UE

O Interalpen-Hotel Tyrol já não tem vagas para as duas primeiras semanas de Junho. A luxuosa unidade hoteleira austríaca recebe este ano o encontro anual dos Bilderberg. Não é uma estreia: em 1988, a estância de montanha acolheu, sob o habitual secretismo e as apertadas regras de segurança, algumas das mais influentes personalidades mundiais.

A conferência Bilderberg 2015 está marcada para 11 a 14 de Junho e a lista de convidados ainda não é conhecida. No entanto, não é difícil prever que entre os cerca de 120 participantes estarão alguns dos mais importantes nomes de americanos e europeus ligados ao mundo dos negócios, da polícia e da ciência. Isolados do mundo e resguardados de olhares indiscretos. As autoridades austríacas já fizeram saber que o espaço aéreo estará interdito num perímetro de 30 milhas.

O local é perfeito: opulento, isolado e próximo do aeroporto de Innsbruck. E a escolha da data não será um acaso. Normalmente os encontros acontecem na última semana de Maio ou na primeira de Junho. Este ano a conferência acontece mais tarde que o habitual e há quem atribua o atraso à reunião do G7 – agendada para os dias 7 e 8 de Junho na Alemanha, em Schloss Emau, a apenas três quilómetros da fronteira com a Áustria. Segundo a polícia austríaca, no terreno estará uma operação de segurança comum aos dois eventos. 

Afinal por que razão cerca de uma centena de personalidades se reúnem uma vez por ano desde a década de 1950? Os Bilderberg garantem que a conferência não tem qualquer propósito secreto ou conspirativo. Trata--se, dizem, de um “fórum informal” que promove o contacto e o debate entre pessoas influentes, estimulando o diálogo entre a América do Norte e a Europa (só são convidados participantes dos dois continentes). Asseguram também que os encontros não são secretos, uma vez que a localização e a lista de convidados, bem como os tópicos em discussão, são públicos. Mas não é tanto assim: apesar das constantes investidas da imprensa ao longo dos anos, pouco se sabe do tipo de conversas que acontecem nos três dias de reunião. Consta, no entanto, que os convidados têm de se submeter à “Regra de Chatham House” – uma espécie de código de conduta que estabelece, entre outras obrigações, o dever de sigilo. Os convidados podem usar as informações que recolherem da forma que bem entenderem, mas estão proibidos de revelar quem disse o quê nas palestras. Já as conversas com a comunicação social são desaconselhadas.

Talvez por isso, Francisco Pinto Balsemão, cujas ligações a Bilderberg explicamos nas páginas seguintes, se tenha recusado a responder a um conjunto de questões – simples – sobre o clube. O patrão da SIC é o único membro permanente português do Bilderberg e faz parte do Steering Comité – um restrito órgão encarregado de escolher os temas a debater anualmente e as personalidades a convidar.

Desde o final da década de 1980, Balsemão tem sido responsável por levar às reuniões personalidades portuguesas – quase todas figuras com peso no PS e no PSD ou influência no mundo dos negócios. Nas últimas duas décadas, como concluímos nas páginas 8 e 9, e à excepção de Passos Coelho, todos os primeiros-ministros foram às reuniões: António Guterres, Durão Barroso, Santana Lopes e José Sócrates. Também por lá passaram responsáveis de bancos como Ricardo Salgado, do falecido BES, ou Artur Santos Silva, do BPI.

Coube a Balsemão organizar o único encontro que aconteceu em Portugal, no Hotel da Penha Longa, em Sintra. Nada de concreto se soube sobre a reunião, apesar dos muitos jornalistas que acorreram à vila portuguesa. Além das fortes medidas de segurança, pouco mais se viu. Na página 7, recordamos como o hotel foi rodeado de barreiras de homens armados com metralhadoras para garantir a privacidade dos convidados. 

Na altura Balsemão não se livrou de uma incómoda notícia no semanário “O Independente”, que revelou como a sua empresa recebera 40 mil contos (200 mil euros) do governo para a organização do evento.

O patrão da SIC conhece bem os critérios a que deve obedecer o recrutamento. A avaliar pelas listas de participantes, é fácil perceber que se trata de figuras altamente influentes – Obama, Bill Clinton, Bill Gates e vários membros da realeza europeia já foram convidados. Mas há também casos curiosos de participantes sem grande influência e que, a seguir à conferência, conseguiram altos cargos – como Margaret Thatcher, convidada quando ainda era desconhecida. Os Bilderberg garantem que se trata de meras coincidências, apesar de admitirem que são propostas pessoas que se acredita que possam vir a dar cartas nas suas áreas de actividade.

Portugal não escapa a estas coincidências. Em Junho de 2004, Santana Lopes e José Sócrates foram a uma reunião. Um mês depois, Santana substituía Durão Barroso – que também foi a um encontro antes de se tornar primeiro-ministro – e, em Março de 2005, José Sócrates era eleito. 

Coincidências ou não, sempre que o clube se reúne acontecem coisas. Sabe-se que, em 2006, os Bilderberg debateram a chegada de uma crise global, que levaria milhares de pessoas a perder as suas casas. Dois anos depois a profecia tornava-se realidade. 

Cristina Martín Jiménez, jornalista espanhola que investiga o clube há mais de dez anos, conta na página 4 como a actual crise foi forjada por esta “elite que actua na sombra” e que, em segredo, comanda a União Europeia. É mais uma das mil e uma teorias da conspiração em torno de Bilderberg. Daniel Estulin, jornalista que acompanha o assunto há quase duas décadas, não se cansa de pregar que os Bilderberg têm um plano para dominar o mundo, criando um governo global e utilizando instituições como a ONU, o FMI e até o Vaticano.

Os Bilderberg negam e asseguram que são apenas pessoas influentes que pretendem debater os grandes temas mundiais com pessoas igualmente influentes e num ambiente descontraído e discreto, sem a pressão da imprensa e do politicamente correcto. Devemos acreditar?

fonte: i online

Nazis podem ter preparado esconderijos no meio da selva argentina

Nazis podem ter preparado esconderijos no meio da selva argentina

Edifícios terão sido construídos para preparar um refúgio para nazis caso perdessem a guerra. No entanto, apesar da derrota, acabaram por não ser utilizados.

Investigadores da Universidade de Buenos Aires resolveram estudar as construções no meio da selva, num local de tal forma remoto do parque de Teyú Cuaré, na Argentina, que se pensa que os edifícios teriam como objetivo servir de esconderijo para nazis caso perdessem a Segunda Guerra Mundial.

As construções estão a poucos quilómetros da cidade de San Ignacio e o local é visto como um esconderijo praticamente perfeito, pois não conhecendo o caminho, seria quase impossível ser encontrado, proporcionando a proteção perfeita para quem ali escolhesse viver.

No local foram encontradas moedas alemãs cunhadas entre 1938 e 1941 e porcelana feita na Alemanha. "Aparentemente, a meio da Segunda Guerra Mundial, foi iniciado um projeto secreto para a construção de refúgios para que os homens que ocupavam as hierarquias nazis mais importantes se pudessem esconder após derrota. Sítios inacessíveis, no meio do deserto, numa montanha, numa selva como esta", explicou um dos investigadores, Daniel Schávelzon, ao Clarín.

Acrescentou ainda que o local tem a vantagem de "permitir estar no Paraguai em menos de dez minutos, fácil de defender, protegido [haveria mesmo um edifício que serveria de posto de vigia], inacessível, um local para se viver tranquilo". Os nazis acabariam mesmo por perder a guerra, mas Schávelzon acredita que perceberam que não precisavam de viver escondidos na selva, pois podiam ficar nas cidades sem grandes problemas. Muitos nazis fugiram para aquele país sul-africano, com a permissão do então presidente Juan Perón.

Esta é apenas uma teoria para as construções escondidas em Teyú Cuaré. Um historiador do Museu do Holocausto de Buenos Aires, Abraham Zylberman, considera que a teoria terá de ser confirmada, o que poderá ser feito através de documentação.

Descoberta na Austrália a maior zona de impacto de asteroides em todo o mundo


Fotografia © NASA/Wikimedia Commons

Duas antigas crateras, cada uma com 200 km, foram descobertas lado a lado. Impacto deste meteorito, que se terá partido em dois, poderá ter causado maior evento de extinção em massa no mundo.

Um grupo de cientistas encontrou no centro da Austrália o que se acredita que poderá ser a maior zona formada pelo impacto de um asteroide que se partiu em dois.

A equipa liderada por Andrew Glikson, da Universidade Nacional Australiana, descobriu duas antigas crateras no centro do país que possuem materiais idênticos e que se acredita terem sido formados pelo impacto de um meteorito que se partiu em dois.

"Parecem duas grandes estruturas, cada uma com cerca de 200 quilómetros", o que tornaria a zona a de impacto do maior meteorito que atingiu a terra (não percebo esta parte), explicou Andrew Glikson em declarações à cadeia de televisão ABC.

As crateras, que tinham desaparecido com o passar do tempo, foram reveladas pela equipa científica através da perfuração geotérmica realizada nos estados da Austrália do Sul, Queensland e Territórios do Norte.

"O impacto deste meteorito poderia ter causado o maior evento de extinção em massa, mas não sei quando foi o impacto e estamos a trabalhar nesse sentido", acrescentou o mesmo responsável ao salientar ainda que parte do interesse sobre o fenómeno é perceber se está relacionado com a extinção dos dinossauros.


sábado, 21 de março de 2015

Desvendado o mistério dos estranhos mamíferos sul-americanos de Darwin


Representação artística de dois macrauquénias PETER SCHOUTEN


Representação artística de um toxodonte PETER SCHOUTEN

Para Charles Darwin, o “pai” da teoria da evolução das espécies, tratava-se dos animais mais bizarros alguma vez descobertos.

Um deles parecia um híbrido de hipopótamo, rinoceronte e roedor, o outro era uma espécie de camelo sem bossas e uma tromba de elefante. E desde que Charles Darwin, naturalista britânico do século XIX, recolhera pela primeira vez os seus fósseis, há cerca de 180 anos, que os cientistas se perguntavam onde é que estes estranhos animais sul-americanos, que se extinguiram há apenas 10.000 anos, “encaixavam” na árvore genealógica da vida. O mistério acaba de ser resolvido.

Até aqui, alguns especialistas pensavam que estes mamíferos herbívoros, que foram os últimos representantes do bem-sucedido grupo dos chamados ungulados nativos da América do Sul, estavam relacionados com mamíferos de origem africana tais como os elefantes e os papa-formigas, ou ainda com outros mamíferos sul-americanos tais como os armadilhos e as preguiças.

Mas agora, Ian Barnes, do Museu de História Natural de Londres, e colegas anunciaram que, graças a uma análise sofisticada do colagénio dos ossos extraído de fósseis de ambos esses mamíferos – chamados toxodontes e macrauquénias –, conseguiram demonstrar que eles eram parentes próximos dos grupos de animais que também deram origem aos cavalos, tapires e rinocerontes. “Resolvemos um dos últimos grandes enigmas da evolução dos mamíferos: o das origens dos ungulados nativos da América do Sul”, diz Barnes. Os resultados foram publicadosonline, na quarta-feira, pela revista Nature.

Os toxodontes, com cerca de 2,75 metros de comprimento, tinham um corpo semelhante ao de um rinoceronte, uma cabeça parecida com a de um hipopótamo e molares em permanente crescimento tal como os roedores. Os macrauquénias, igualmente compridos mas de ossatura mais leve, tinham pernas e um pescoço compridos e possuíam aparentemente uma pequena tromba.

“Algumas das primeiras reflexões de Darwin sobre a evolução por selecção natural ficaram em risco quando ele contemplou os restos fósseis do taxodonte e do macrauquénia”, diz o co-autor Ross MacPhee, especialista de paleontologia dos mamíferos do Museu Americano de História Natural em Nova Iorque. É que estes animais, apesar de terem desaparecido há muito pouco tempo, eram uma espécie de mosaico confuso: “Apresentavam características muito semelhantes às de um sem-fim de outros grupos de animais, sem relação de parentesco entre si e que viviam por todo o lado”, salienta McPhee.

Os cientistas começaram por tentar extrair ADN dos fósseis, mas não conseguiram. Porém, foi possível obter colagénio, a principal proteína da estrutura de diversos tipos de tecidos animais, incluindo os ossos e a pele. Puderam então sequenciar essa proteína e compará-la com o colagénio de um amplo leque de mamíferos actuais e de alguns mamíferos extintos, de forma a posicionar as duas estranhas criaturas na árvore dos mamíferos.

Segundo explica em comunicado o museu norte-americano, é provável que os antepassados dos ungulados nativos da América do Sul tenham lá chegado, vindas da América do Norte, há mais de 60 milhões de anos. Ou seja, pouco depois da aniquilação dos dinossauros por uma catástrofe natural, evento que permitiu que os mamíferos se tornassem os principais animais terrestres do nosso planeta.

fonte: Público

Há milhares de milhões de planetas habitáveis


Investigadores concluem que só a Via Láctea contém milhares de milhões de planetas habitáveis. 

O novo estudo coordenado por Steffen Kjaer Jacobsen e publicado no Monthly Notices da Royal Astronomical Society combinou dados do telescópio espacial Kepler com um método de cálculo de períodos orbitais e de posições de planetas com mais de 250 anos. O cálculo mostra que podem existir biliões de planetas com água e condições propícias à existência de vida.

A equipa estima que existam 228 planetas nestas condições em 151 sistemas planetários e que podem ser observados pelo Kepler. As primeiras análises mostram que existem, em média, um a três planetas habitáveis em cada sistema e multiplicando este número por todas as galáxias que se estima existirem, chega-se à conclusão de que poderemos estar perante biliões de planetas potencialmente habitáveis, avança a Cnet. Desta forma, a probabilidade de a Terra ser o único planeta com vida é de um para um sextilião (um 1 com 21 zeros atrás).

Assim, o motivo para não haver encontros com formas de vida alienígenas pode apenas dever-se a não se ter encontrado a forma indicada para se viajar no espaço.


A bactéria programada para detetar cancros


Tal Danino, investigador do MIT, desenvolveu um método de diagnóstico do cancro que tem por base bactérias geneticamente programadas.

Por enquanto, apenas foi testada em ratos, mas o objetivo é que, num futuro mais ou menos próximo, seja possível usar bactérias programadas para detetar cancros em humanos. O projeto científico ainda vai ser detalhado através de um artigo na revista cientifica Science Translational Medicine, mas já captou as atenções do grande público com uma apresentação na conferência TED de Vancouver, Canadá. Por detrás deste novo método de diagnóstico está Tal Danino, um investigador do MIT, dos EUA, que apontou a deteção do cancro do fígado como uma das maleitas em que as bactérias programadas poderão vir a ser usadas. 

«O cancro do fígado é difícil de detetar, e realmente faz falta nova tecnologia que ajude a detetá-lo», referiu o cientista citado pela BBC.

Para criar esta solução de diagnóstico, o investigador do MIT programou bactérias com códigos genéticos, a fim de garantir que, uma vez ingeridas, essas bactérias produzem enzimas que alterar a cor da urina quando detetam um tumor.

Danino admite que o mesmo processo possa ser usado na deteção de variados cancros, mas recorda que as técnicas típicas de biotecnologia ainda estão no início. O que não deve ser encarado como uma análise pessimista do potencial que a programação de bactérias pode vir a ter no desenvolvimento de novas técnicas clínicas. «Há mais bactérias no corpo humano que estrelas na nossa galáxia», estima o investigador norte-americano.


RoboParty: mais de 570 domadores de robôs esperados em Guimarães


São três dias e duas noites a construir e a programar robôs. O momento alto está agendado para as 14h00 de sábado, com o início da prova de dança robótica.

A nona edição da RoboParty arranca no dia 19 de março no polo de Guimarães da Universidade do Minho. De acordo com a organização, são esperadas 142 equipas de criadores e programadores de robôs. O que deverá perfazer um total de 570 participantes num evento que se estende por três dias e duas noites e que tem como objetivo a construção de robôs e a participação em diferentes competições.

O evento é dominado pelo escalão etário entre os 15 e 18 anos, mas também conta com participantes dos seis aos 65 anos de idade, recordam o Grupo de Automação, Controlo e Robótica do Departamento de Eletrónica Industrial da Universidade do Minho e a empresa SAR, que organizam o evento. 

As 142 equipas inscritas provêm de vários pontos do País (há participantes dos Açores e Madeira). Há ainda a participação de uma equipa brasileira. O momento alto do evento deverá ocorrer por volta das 14h00 de sábado, com o início da prova de dança robótica.

O evento, que conta com a ajuda de 130 voluntários, está aberto ao público, tendo entrada livre e gratuita para a assistência. 

Além da programação e construção de robôs, o evento deverá ainda contar com torneios de xadrez, aulas de artes marciais, dança e trampolins, entre outras atrações.


Cogumelo do Brasil brilha à noite e os insectos vão até lá


O cogumelo Neonothopanus gardneri, conhecido por flor-de-coco no Brasil, brilha apenas à noite
DR


O mesmo cogumelo de dia DR

Até agora, não havia uma hipótese forte para a bioluminescência em 91 espécies de fungos. Uma equipa de cientistas acaba de mostrar que a luz nocturna num cogumelo brasileiro pode ajudar na sua reprodução.

À noite, um verde fluorescente tinge o solo da mata dos cocais nos estados de Piauí, Maranhão, Tocantins e Goiás, no Centro e Norte do Brasil. O flor-de-coco, um cogumelo que cresce na base de palmeiras, brilha mostrando a sua bioluminescência. Os biólogos conhecem este fenómeno em organismos como os pirilampos ou em certas medusas. Há ainda 91 espécies de fungos, incluindo o flor-de-coco, que também produzem luz fluorescente. Doze deles no Brasil. Mas a sua função nos fungos tem-se mantido desconhecida.

Agora, uma equipa de cientistas do Brasil e dos Estados Unidos mostrou que este fenómeno pode servir para atrair os insectos até ao flor-de-coco. O objectivo, defende a equipa, é os insectos transportarem esporos deste cogumelo para germinarem noutros lugares, conclui um artigo publicado esta quinta-feira na revista científica Current Biology.

A mata dos cocais é um tipo de floresta com espécies de coqueiros e palmeiras, situada entre a floresta amazónica e a caatinga, um ecossistema mais seco do Nordeste brasileiro. O cogumelo flor-de-coco, cujo nome em latim é Neonothopanus gardneri, surge nos cocais na base das palmeiras da espécie Orbignya phalerata.

Segundo o artigo, sabe-se que é à noite que o flor-de-coco brilha e a intensidade do brilho é diferente consoante a idade e o tamanho do cogumelo (que tem alguns centímetros) e até a meteorologia: “As condições óptimas são as noites depois de um dia quente, com uma chuva intensa à tarde e uma ligeira brisa ao final da tarde ou à noite.”

Mas a razão do brilho nocturno desta ou de outras espécies de fungos era desconhecida. Na antiguidade, a bioluminescência dos fungos despertou a curiosidade de Aristóteles, que os incluiu como um exemplo de coisas que brilham à noite, no seu tratadoDe Anima, de 350 a.C.: “Nem tudo o que é visível depende da luz para se ver. (…) Alguns objectos, que à luz do dia são invisíveis, na escuridão estimulam o sentido [a visão]; ou seja, são coisas que parecem incandescentes ou brilhantes. Esta classe de objectos não tem um nome comum simples, mas encontramos exemplos em fungos e em carne, cabeça, escamas e olhos de peixes.”

A explicação da origem desta luz natural dos fungos é importante. “Os fungos basidiomicetos [filo onde se inclui o flor-de-coco e muitos outros cogumelos] são responsáveis pela reciclagem de todo o material [vegetal] lenho-celulósico para outros níveis da cadeia alimentar, têm relações de simbiose com plantas e têm importância na agricultura. Saber como crescem e dispersam os esporos é muito importante”, explica ao PÚBLICO Cassius Stevani, um dos autores do artigo, professor na Universidade de São Paulo. “O facto de este fungo ser naturalmente bioluminescente pode ajudar a compreender melhor este filo de fungos.”

Uma das hipóteses sobre o fenómeno da bioluminescência nos fungos sustentava que substâncias sem nenhuma função, que eram um subproduto do metabolismo, é que causavam a bioluminescência. Portanto, o fenómeno não teria nenhuma função para o cogumelo, apesar de ser dispendioso a nível energético.

Uma experiência na floresta 

Mas a equipa rapidamente pôs de parte esta hipótese, quando analisou, no laboratório, a fluorescência do flor-de-coco ao longo de ciclos de dia e de noite, e viu que a luz surgia só à noite e desaparecia de dia, independentemente da temperatura ambiente. Depois, os investigadores mediram ao longo daqueles ciclos a concentração dos ingredientes necessários para a fluorescência, incluindo a molécula luciferina que emite esta luz. Deste modo, verificaram que a concentração dos ingredientes da fluorescência também aumentava e diminuía tal como a bioluminescência, o que indicava que se estava perante um fenómeno regulado pelo ritmo circadiano.

Segundo os autores, esta regulação indicava que a bioluminescência teria que ter algum papel na vida do fungo – que poderia ser uma função de defesa ou de ataque. No caso deste fungo, os cientistas foram verificar se a bioluminescência estava ligada à dispersão dos esporos microscópicos pelos insectos. “Todos os fungos precisam de ajuda para ir de um lado para outro para colonizar novos substratos”, explica o artigo. O vento é um factor importante para esse transporte, mas nas florestas os animais podem tornar-se, sem saber, os responsáveis por este processo, e conhecem-se vários insectos que transportam esporos.

Por isso, os investigadores testaram a hipótese de atracção de insectos com uma experiência numa mata dos cocais no Norte de Piauí. Durante cinco noites, deixaram instalados ao ar livre dez cogumelos artificiais: estruturas de acrílico com lâmpadas LED verdes no interior, revestidas exteriormente com uma cola sem cheiro, que não deixaria fugir os insectos que lá tocassem. Cinco destes cogumelos artificiais foram ligados à noite, dando uma luz fluorescente verde semelhante à bioluminescência do cogumelo flor-de-coco. Outros cinco não tinham a luz ligada.

Os cientistas verificaram então que insectos como os escaravelhos, as moscas, as vespas e as formigas visitavam mais os cogumelos artificiais ligados do que os desligados. Um resultado que apoiou a hipótese da equipa para o papel de atracção de insectos através da bioluminescência nos cogumelos.

“Em florestas densas e sem muito fluxo de vento, a dispersão de esporos por insectos é uma possibilidade adicional [para estes fungos]. Isso não quer dizer que o vento não possa transportar os esporos também”, defende Cassius Stevani, acrescentando que a sua equipa continua a estudar a interacção deste cogumelo com insectos usando agora câmaras de infravermelhos. Além disso, a equipa do investigador está a tentar isolar os genes do cogumelo envolvidos no fenómeno da bioluminescência para “estudar a regulação da luz e a sua relação com genes de relógios biológicos”.

fonte: Público

Terra terá défice de água de 40 por cento em 2030

Terra terá défice de água de 40 por cento em 2030

A Terra terá um défice de água de 40% em 2030 se não alterar os actuais padrões de consumo, conclui um estudo publicado hoje pela UNESCO, que pede uma melhor gestão dos recursos hídricos.

O estudo, elaborado por 31 organismos das Nações Unidas e coordenado pela agência para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), adianta que, nos últimos anos, se registaram avanços no acesso à água e saneamento, mas tensões em torno deste recurso persistem e serão mais evidentes com o aumento demográfico.

Por isso, considera a UNESCO, os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável para o período de 2016-2030, que irão substituir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio(2001-2015), têm de ser mais ambiciosos na protecção dos recursos hídricos.

Na actualidade, o plano da ONU acentua sobretudo a importância do acesso à água e ao saneamento.

A agência das Nações Unidas pede, por isso, que se incluam nos próximos objectivos a gestão dos recursos hídricos, a qualidade da água, a gestão das águas residuais e a prevenção de catástrofes naturais.

A água é uma fonte de desenvolvimento económico, mas este precisa frequentemente de grandes quantidades [de água], para regadios agrícolas ou para produção energética, o que justifica "um equilíbrio", explicou o principal autor do estudo, Richard Connor.

Em todo o mundo continua a haver 748 milhões de pessoas sem acesso a água potável, que são na sua maioria pobres, marginalizados e mulheres, segundo o estudo.

Os autores assinalam ainda que o sector agrícola, o que mais recursos hídricos consome, terá de aumentar a sua produção em 60 por cento até 2050, o que provocará maior tensão no acesso à água.

Crescerá também a procura de produtos manufacturados e o estudo assinala que as necessidades de água deste sector aumentarão 400 por cento durante esse período.

A este aumento da procura, soma-se a má gestão, que faz com que persistam os regadios intensivos e com que muitos lençóis de água continuem a ser contaminados pelo uso de pesticidas e produtos químicos.

Cerca de 20 por cento das águas subterrâneas do planeta estão a ser exploradas de forma abusiva, indica o estudo.

Os recursos hídricos também sofrem com o aquecimento global, que provoca maior evaporação devido ao aumento da temperatura, e com a subida do nível do mar, que afecta os aquíferos de água doce.

Todas estas pressões "podem desencadear uma competição pela água entre diferentes sectores económicos, regiões ou países".

O estudo aponta ainda a existência de "uma gestão deficiente" da água que leva a que, "com frequência, se pague um preço inferior ao seu valor real" e que "não se tenha em conta na hora de tomar decisões no sector energético ou industrial".

"Os esforços levados a cabo por alguns países indicam que é possível conseguir uma melhor gestão e uma utilização mais escrupulosa dos recursos hídricos, incluindo nos países em vias de desenvolvimento", assinala o texto.

Um dos factores de poupança de água apontado é o fomento das energias renováveis em detrimento das centrais eléctricas, grandes consumidoras de água e que actualmente produzem mais de 80 por cento da electricidade em todo o mundo.

Para este tipo de decisões, consideram os autores do estudo, é preciso que "os poderes públicos possam influenciar as decisões estratégicas que têm repercussões determinantes na perdurabilidade dos recursos hídricos".

Outro dos métodos de poupança pode resultar da introdução na agricultura de sistemas de regadio eficientes.

fonte: Sol

As abelhas estão a desaparecer

As abelhas estão a desaparecer

Na Europa, uma em dez abelhas estão na lista vermelha 

A União Internacional para a Conservação da Natureza acaba de divulgar uma ‘lista vermelha’ de espécies em sério risco de extinção e lançou o alerta quanto às abelhas. De acordo com a lista, um estudo com divulgação periódica, feito por especialistas em zoologia e conservação, 9% das quase duas mil espécies de abelhas estão ameaçadas e 5% podem entrar rapidamente em risco.

O relatório enfatiza a situação com outros números: na Europa, uma em dez abelhas estão na lista vermelha. A consternação não tem a ver apenas com uma redução na biodiversidade. O problema é que as abelhas são responsáveis pela polinização das plantas, essencial para o seu ciclo de vida e para as culturas agrícolas.

Para Jean-Christophe Vié, do Programa Global das Espécies daquela organização, o problema real deve ser maior. O estudo acabou por ficar incompleto, admitiu à BBC Online, devido a “uma alarmante falta de especialistas e de recursos”. E se, continua, “as abelhas desempenham um papel essencial na polinização das nossas culturas agrícolas”, pode ser a própria segurança alimentar a ser posta em causa no futuro.

Para os especialistas, o desaparecimento das abelhas deve-se a inúmeros factores de pressão ambiental, entre os quais as alterações climáticas, o uso intensivo de pesticidas nas culturas e a urbanização acelerada de algumas regiões na Europa.

fonte: Sol

Homem atacado por urso quando se preparava para ver o eclipse

Injured: Jakub Moravec, 37, was hospitalised after the bear attacked him as he slept

Jakub Moravec

Scars: Mr Moravec suffered a number of cuts to his arms, chest, shoulders and face following the attack

The remains of a polar bear, which attacked Mr Moravec on Spitsbergen island after travelling to watch tomorrow's solar eclipse 

O urso polar acabou por ser abatido 

Um homem foi atacado por um urso polar enquanto acampava numa ilha no Árctico para ver o eclipse solar, lê-se no jornal Metro.

O checo Jakub Moravec, de 37 anos, viajou para Svalbard, uma ilha no território árctico norueguês, para pode observar melhor o eclipse solar, que ocorreu hoje.

No entanto, a expedição terminou antes do previsto: Um urso polar rasgou a sua tenda e atacou-o. “Estávamos a dormir e acordei com um urso polar em cima de mim. Foi directo à minha cabeça, mas felizmente a minha colega conseguiu dispara sobre ele”, explicou ao Metro.

“Os que estavam a ser atacados não tinham hipótese de alcançar uma arma, por isso a minha mãe pegou no revólver e deu três tiros no urso”, explicou a jovem Zuzanna Hakova.

Jakub Moravec está a ser tratado no hospital de Longyearbyen, a capital da ilha, e o urso acabou por ser abatido pelas autoridades.

fonte: Sol

Alfinete raro usado por fenícios entre achados arqueológicos de Alenquer


A descoberta demonstra que esta civilização teve uma presença marcante no Estuário do Tejo

Um grupo de arqueólogos que no verão escavaram o Castro do Amaral, em Alenquer, anunciou a descoberta de um objecto de inspiração fenícia, semelhante a um alfinete de dama. A descoberta confirma, assim, a forte presença fenícia no estuário do Tejo.

Ana Margarida Arruda, professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que coordenou os trabalhos, disse à agência Lusa que o estudo dos materiais recolhidos permitiu confirmar a existência de uma fíbula de bronze.

A arqueóloga explicou que a peça com cerca de nove centímetros e datada do século VII a.C. é "uma espécie de alfinete de dama de antigamente". Era usada no vestuário há mais de três mil anos e foi trazida pelos fenícios, oriundos do litoral do actual Líbano.

Além de "muito bem conservada", é uma raridade, não só por apenas existirem outras três ou quatro em Portugal, mas também por ter uma decoração que outras fíbulas não têm.

Para a investigadora do Centro de Investigação de Arqueologia da Universidade de Lisboa, o objecto seria usado por pessoas nativas mais destacadas na sociedade e mais expostas às influências orientais trazidas pelos fenícios.

As escavações puseram a descoberto uma muralha defensiva, centenas de fragmentos cerâmicos da Idade do Bronze e material da Idade do Ferro (séculos VII e VI a.C.), que permitem confirmar que "a Península Ibérica, e sobretudo a zona do Estuário do Tejo, sofreu influências orientais que resultaram no contacto dos fenícios com a população indígena", concluiu a especialista.

Na campanha, que decorreu entre Julho e Setembro, os arqueólogos descobriram ainda uma moeda "invulgar" de D. Afonso Henriques (século XII) e vestígios das épocas romana e medieval, como telhas, que "revelam uma ocupação permanente" ao longo de vários séculos.

Para Ana Margarida Arruda, o Castro do Amaral, na freguesia de Santana da Carnota, reconhecido como sítio arqueológico desde a década de 1960, tornou-se um dos locais arqueológicos mais relevantes do Estuário do Tejo para o estudo da presença dos fenícios.

O projecto de dois anos, cujos resultados foram agora conhecidos, foi financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e vai terminar em Agosto.

Os arqueólogos admitem que, por ter uma área superior a seis hectares, o Castro do Amaral possuirá ainda muito material com potencial arqueológico para recolher em futuras escavações.

fonte: Sábado