quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

As mais estranhas tradições de Natal


Há países em que se comem pássaros fermentados, ou onde o ajudante do Pai Natal come crianças 

Islândia: o gato que come pessoas

O Jólakötturinn faz parte do imaginário do folclore islandês. É retratado como um monstro que costuma andar pela zona rural da Islândia durante a altura do Natal, e que come as pessoas que não receberam roupas novas para usar antes da véspera de Natal. 

Assim, devido a esta crença, toda a família trabalhava com afinco para que todos os membros tivessem uma peça de roupa nova. Àqueles que não contribuíssem, estava destinado servir de refeição a este gato demoníaco. 

O monstro foi celebrizado no poema Jólakötturinn, do islandês Jóhannes úr Kötlum.


Gronelândia: sabe o que é Kiviak?

Gosta de experimentar coisas novas? Então, talvez fosse capaz de trocar o bacalhau, o polvo, ou o litão (peixe que se come na zona do Algarve) pelo Kiviak... Mas o melhor é saber o que é antes de decidir. 

Esta iguaria islandesa é feita colocando cerca de 500 araus - uma espécie de ave - dentro de uma pele de foca, sem lhes tirar os bicos e as penas. A pele é cosida e selada com gordura, e guardada durante meses, protegida do ar. 

Na altura do Natal, é tempo de comer: a pele de foca é aberta e os pássaros, que fermentaram todo aquele tempo, vêm para a mesa natalícia. 


Venezuela: ir para a missa de patins

Na altura do Natal, os venezuelanos vão a uma missa todos os dias, bem cedo pela manhã. Entre os dias 16 e 24 de Dezembro, as ruas estão fechadas aos carros até às oito horas da manhã: isto porque é costume ir para a missa de patins. 

Para além disso, todas as noites antes de adormecer, as crianças prendem um pedaço de fio ao dedo grande do pé e lançam-no pela janela. É costume que os patinadores dêem um puxão amigável a qualquer fio que vejam a baloiçar nas casas. 


Suécia: a cabra que pega fogo

Não se preocupe, a cabra é feita de palha. Pensa-se que esta figura tenha origens bastante remotas. Estará ligada ao deus Thor, que se movimentava num carro guiado por duas cabras. 

Hoje em dia, montam-se cabras gigantes nas cidades, feitas de palha. A mais famosa é a de Gavle. Contudo, quase não há ano em que alguém não pegue fogo à cabra de palha, destruindo-a antes do Natal. Nos últimos dez anos, esta só chegou ao dia 25 de pé quatro vezes. Veja a reportagem do Independent Television News, que regista o seu desaparecimento em 2012. 


Holanda: Zwarte Piet, o companheiro do Pai Natal

O Zwarte Piet é o ajudante preto do Pai Natal que visita as crianças nas semanas antes do dia de Natal.

É um santo, recebido com uma parada à chegada ao país. A lenda diz que vem de Espanha para a Holanda de barco. A sua tarefa é divertir as crianças e dar-lhes doces, visitando lojas e escolas.

O ano de 2013 ficou marcado pela polémica em torno desta figura, que foi considerada racista, por recordar a escravidão nas antigas colónias holandesas. Apesar das manifestações contra ele, ainda existem muitos holandeses que querem mantê-lo. De acordo com uma sondagem realizada em Novembro e citada pelo jornal 'Huffington Post', 91% das pessoas afirmaram que a tradição não deveria mudar para agradar a uma minoria. 81% consideram inaceitável que o Zwarte Piet tivesse outra cor.


Áustria: Krampus, o carrasco do Pai Natal

O Krampus é uma criatura mitológica que acompanha o São Nicolau durante a época do Natal. O seu nome significa "garra" em alemão antigo e, nos Alpes, é considerado um demónio. 

Enquanto o Pai Natal dá presentes às crianças boas o Krampus avisa e pune as crianças mal-comportadas. O saco que leva às costas é para as raptar... 

A personagem festeja-se na noite de 6 de Dezembro, com desfiles em que se usam máscaras assustadoras.


Ucrânia: teias de aranha na árvore de Natal

De acordo com a lenda, uma pinha caiu dentro de uma cabana onde vivia uma viúva pobre e os seus filhos. Começou a crescer uma pequena árvore, e as crianças começaram a pensar em como a iriam decorar. Contudo, perante a aproximação do Natal, a viúva teve de explicar que não havia dinheiro para enfeitar a árvore. 

Todos aceitaram o seu destino e foram dormir, mas as aranhas tinham ouvido o choro das crianças. Na manhã de Natal, a família acordou e viu que os animais tinham tecido as suas teias em torno da árvore. Ao serem tocadas com a luz do sol, as teias transformaram-se em fios de ouro e prata.

Hoje, os ucranianos ainda colocam teias de aranha artificiais na árvore, para que tenham boa sorte durante o ano que se aproxima.

fonte: Sábado

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