quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Afinal o satélite Kosmos 1484 caiu… na madrugada de segunda-feira


Um meteoro muito luminoso foi avistado na costa Leste dos EUA. A NASA confirmou agora ao PÚBLICO ter-se tratado do satélite soviético.

A Sociedade Americana de Meteoros (AMS) anunciava segunda-feira no seu site ter recebido 35 relatos de testemunhas oculares que, do estado de Nova Iorque à Carolina do Sul, davam conta do avistamento de uma bola de fogo, de luminosidade média comparável à da Lua, a rasgar o céu no domingo à noite, pelas 21h30 – segunda-feira, 28 de Janeiro, pelas 2h30 da madrugada em Lisboa.

Mais tarde no mesmo dia, um novo post da AMS concluia: “Parece agora certo que a bola de fogo reportada (…), visível numa larga faixa do Leste dos EUA, era a reentrada do satélite russo Kosmos 1484.”

Ou seja: na hora em que aqui noticiávamos estar previsto que o satélite mergulhasse na atmosfera terrestre esta terça-feira, ele já tinha passado à história há cerca de… 12 horas.

O provável acontecimento começou a ser referido, segunda-feira ao fim da tarde, por agências noticiosas da Europa do Leste, que citavam nomeadamente a AMS, mas não davam garantias absolutas quanto à causa do fenómeno.

Agora já é oficial: “A NASA confirma que o avistamento de domingo à noite (hora dos EUA) descrito [pela AMS] foi efectivamente a reentrada do Kosmos 1484”, disse ao PÚBLICO Nicholas Johnson, director científico do programa de monitorização de detritos orbitais da agência espacial norte-americana.

Será que o satélite se desintegrou totalmente na atmosfera durante a sua queda? "Ainda não recebi nenhum relatório a dar conta da descoberta de fragmentos no solo. Contudo, é provável que alguns componentes da nave espacial tenham sobrevivido à reentrada", responde-nos o mesmo responsável. "E como grande parte do fenómeno aconteceu por cima do Leste dos Estados Unidos, é provável que, a haver fragmentos, tenham caído ali", salienta ainda.

Lançado em 1983 para observar os recursos naturais do nosso planeta, o Kosmos 1484 nunca chegou a funcionar devidamente. E há dez anos sofreu uma explosão que lhe arrancou parte da sua estrutura.

fonte: Público

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