quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Baxter, o robô com bom senso, está pronto para invadir as fábricas


Ao cabo de cinco anos de trabalho, Rodney Brooks deu a conhecer um robô operário que qualquer pessoa sem grandes conhecimentos pode programar para executar diferentes funções.

Rodney Brooks é um dos mais afamados cientistas da área da robótica. Nos últimos cinco anos, tem dedicado a veia visionária ao serviço da Rethink Robotics. Sem fazer alarido, criou um robô operário cujas missões são facilmente programáveis por pessoas que não têm conhecimento em robótica, com um preço de 22.000 dólares.

Os repórteres a IEEE Spectrum viram os novos robôs em ação e descrevem-nos como máquinas capazes de levantar os braços de forma suave e harmoniosa, assemelhando-se aos movimentos dos braços dos humanos por terem “sete graus de liberdade” (as sete direções que os membros humanos podem assumir).

A reportagem do IEEE Spectrum refere ainda outra faceta nada despicienda neste robô: quando comparado com outros autómatos industriais, Baxter está longe de ser um exemplo no que toca à rapidez e à precisão, mas está preparado para se adaptar às mudanças no cenário envolvente. O que facilita a convivência com os humanos e pode revelar-se uma característica valiosa para evitar danos de grandes proporções quando ocorre uma avaria ou um imprevisto.

Com um LCD no topo que pode mostrar um rosto amistoso, o Baxter tem por principal objetivo a segurança – e por isso tem uma velocidade de funcionamento limitada. O peso de 75 quilogramas também pode ser encarado como um fator capaz de limitar eventuais estragos. Mas o maior atrativo do Baxter é mesmo a capacidade de aprendizagem: segundo os relatos, basta a um qualquer operário conhecedor das rotinas de trabalho movimentar os braços do robô de acordo com as funções que devem ser executadas e seguir os diferentes pedidos de informação que surgem no ecrã (podemos chamar-lhe rosto?) para ensinar o Baxter a executar uma missão.

Brooks já faz contas ao potencial de negócio: só nos EUA existem mais de 300 mil robôs de pequenas e médias dimensões em atividade; muitos deles poderão vir a ser substituídos por Baxters que têm capacidade de aprender a executar diferentes funções, reduzindo substancialmente os custos de produção.

Resta saber se o o novo robô vai conseguir convencer os operários de carne e osso de que não são um fator capaz de aumentar os índices de desemprego.

No vídeo da IEEE Spectrum, que se encontra nesta página, pode ver como funciona o Baxter.


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