sábado, 29 de setembro de 2012

Paleontólogos retiram mais fósseis de animais em povoado baiano


Mais ossadas são encontradas em Lagoa Escura (Foto: Raimundo Mascarenhas/Calila Notícias)

Investigadores da UFRB recolheram ossadas de cavalos e de tatus extintos. Primeiros resquícios de animais foram localizados por moradores este mês.

Uma equipa de paleontologos da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) esteve na localidade de Lagoa Escura, no município de Santaluz, no domingo (23), e recolheram ossos de mastodontes, cavalos extintos, e gliptodonte, um tipo de primo gigante do tatu.

De acordo com a doutora em paleontologia da UFRB, Carolina Scherer, a equipa foi acionada pelos moradores que encontraram as ossadas de animais pré-históricos no dia 5 de setembro.

"Fomos chamados por moradores e conseguimos recolher muitos materiais, inclusive recebemos materiais colhidos anteriormente pelos moradores. Como o terreno é da União, é proibído por lei que esse tipo de material histórico encontrado no local fique em mãos da sociedade civil. É preciso entregar para uma instituição pública", informou a investigadora. "Nessa visita, nós retiramos principalmente a parte do casco de um gliptodonte, que é parente dos tatus e já está extinto. Levamos parte do casco e da cintura pélvica [bacia]", explicou.

Megafauna

Scherer ressaltou a importância do sítio do ponto de vista científico. "Há cerca de um milhão a 10 mil anos, essa localidade abrigava animais da 'megafauna', que eram de grande porte. Alguns tatus, por exemplo, eram do tamanho de um carro pequeno. Conseguimos recolher outros materiais, que ainda não foram identificados", disse.


Investigadores recolhem ossadas de sítio Foto: Raimundo Mascarenhas/Calila Notícias)

Segundo explica, o local abrigava uma lagoa, que era usada para hidratação dos animais e, atualmente, da população.

"A Lagoa Escura era uma lagoa mesmo, e os animais chegavam na localidade para beber água. Os animais que encontramos podem ter morrido tentando beber água ou antes de chegar na lagoa. Atualmente, quando chove, a lagoa fica inundada, mas, com a seca e a necessidade de achar água, os moradores escavaram em busca de um olho d'água, mas encontraram a ossada", completou sobre a descoberta.

fonte: G1

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