sexta-feira, 6 de julho de 2012

Descoberta nova espécie de pterossauro que habitava a Europa


Ilustração mostra nova espécie de pterossauro descoberta na Espanha

Presença de animal no continente europeu reforça a ideia de que pterosauros, do grupo tapejarídeo, teriam contribuído com a disseminação das angiospermas no mundo.

Uma equipa internacional, que inclui um brasileiro, descobriu uma nova espécie de pterossauro, do grupo dos tapejarídeo, animais com cristas enormes e que até então, não tinham sido encontrados na Europa.

Fósseis de tapejarídeos já foram encontrados na China, África e no Brasil. A descoberta reforça a ideia de que estes répteis alados teriam contribuído com a disseminação das angiospermas (plantas que têm fruto) no mundo.

“Estes animais viveram entre 125 e 100 milhões de anos, na mesma época que ouve a explosão das angiospermas, grupo de plantas domina o mundo até hoje”, disse Alexander Kellner, paleontólogo brasileiro do Museu Nacional do Rio de Janeiro (UFRJ). 

O investigador explica que, exceto no caso encontrado na África, os fósseis encontrados nos sítios arqueológicos na China, Brasil e Espanha estavam próximos de vestígios de angiospermas.


Nova espécie de pterossauro foi descoberta no sítio arqueológico de Las Hoyas, na Espanha

“A descoberta de um tapejarídeo na Europa também só reforça a ideia de que eles teriam actuado na dispersão das angiospermas, levando sementes das plantas para outros lugares, por exemplo,”, disse o paleontólogo que foi responsável pela descoberta de um fóssil de tapejarídeo na Bacia do Araripe, no nordeste brasileiro, em 1989.

O animal, que recebeu o nome de Europejara olcadesorum, media cerca de 1,5 metro e apresentava uma enorme crista sobre a mandíbula. Ele não possuía dentes e se alimentava utilizando o bico.

Kellner destaca que o facto de ser um tapejarídeo “naturalmente desdentado” faz desse pterossauro o mais antigo com essa característica. Isto demonstra que a perda de dentes nos pterossauros é mais antiga do que se supunha e deve estar ligada ao desenvolvimento de novas estratégias alimentares.

“Acreditamos que eles se alimentavam de fruta, mas isto só será possível descobrir a partir de exames do conteúdo estomacal poderiam confirmar essa hipótese”, disse.

fonte: IG

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