segunda-feira, 14 de maio de 2012

Desenvolvido implante sem fios para a retina

Os actuais implantes na retina ainda requerem muita electrónica, além de fornecerem uma visão limitada

Os actuais implantes na retina ainda requerem muita electrónica, além de fornecerem uma visão limitada 

Cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, desenvolveram um implante para a retina que não necessita nem de cabos de ligação, nem de uma bateria que lhe forneça energia. Funciona com infravermelhos – como o comando de controlo remoto de um televisor –, só que, neste caso, a radiação transmite tanto a informação visual como a energia ao dispositivo colocado na parte de trás do olho. 

Revelado na revista Nature Photonics, pela equipa de James Loudin, o dispositivo apenas foi aplicado em ratos, para mostrar que funciona com radiação infravermelha. Mas este implante sem fios é considerado mais um passo para restaurar a visão em pessoas com doenças que danificam a retina.

Este “olho biónico” é constituído por várias partes: um dispositivo implantado na retina dos ratos; por uma câmara minúscula nuns óculos especiais; um computador de bolso que processa as imagens captadas; e, por fim, por um sistema que projecta as imagens no implante, através de flashes de infravermelhos. Ao receber estes impulsos, o dispositivo estimula a retina, explica uma notícia no site da revista Nature.

Desta forma, escreve a revista, simplifica-se o que é necessário pôr dentro do olho, incluindo os cabos, que ligam uma bateria atrás da orelha ao próprio implante. Até ao momento, 66 pessoas na Europa e nos Estados Unidos receberam os implantes actualmente existentes para a retina, ainda com muitas limitações. “Os cirurgiões vão ficar contentes connosco. Temos um único implante. As outras abordagens requerem que grandes peças de equipamento sejam enfiadas no corpo, com um a dois centímetros”, diz James Loudin, citado pela Nature.

fonte: Público

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