sábado, 11 de junho de 2011

Seis explosões revelam classe de supernova brilhante e misteriosa


O flash de luz à direita indica a supernova

Há um novo tipo de supernova dez vezes mais brilhante do que o normal. A descoberta veio publicada ontem na revista Nature, mas o mistério começou em 2007 quando os astrónomos detectaram a maior supernova de sempre. Um ano depois aparecia outra com um espectro que até então era desconhecido. Agora, uma equipa internacional juntou dados de mais quatro supernovas e formou uma nova classe.

As supernovas podem contar várias histórias, uma delas é a última etapa de estrelas gigantes que explodem ejectando uma quantidade imensa de radiação energética que deixa a galáxia iluminada.

A radiação pode ser culpa de elementos radioactivos, que são produzidos e decaem imediatamente. Ou então é uma interacção mais complexa entre o material expulso pela estrela e o material que já existe à volta do astro.

Mas os fenómenos vistos em 2007 e 2008, pela sua magnitude e espectro não se enquadravam no que já era conhecido.

“Temos uma nova classe de objectos que não são explicados por nenhum modelo conhecido antes”, disse à AFP Robert Quimby do Instituto de Tecnologia da Califórnia, Estados Unidos, que liderou uma equipa internacional que investigou estes acontecimentos.

Quimby, explica o jornal Los Angeles Times, utilizou o telescópio do Observatório de Palomar, em San Diego, para olhar secções grandes do céu. Deste modo, encontrou mais quatro objectos extremamente brilhantes em pequenas galáxias com um décimo do tamanho da Via Láctea.

As seis supernovas ultra brilhantes são muito quentes, atingem temperaturas de 20 mil graus Celsius e a onda de impacto tem uma velocidade de 10 mil quilómetros por segundo. Além disso não apresentam traços de hidrogénio e a sua emissão principal é no comprimento de onda da luz ultra-violeta.

O que torna difícil explicar a causa do brilho. Talvez a estrela esteja a ejectar material em momentos separados e o brilho que se vê é resultado da interacção de todo o material. Ou então, a supernova é de uma estrela de neutrões que tem uma atmosfera magnética muito forte, o que explicaria o brilho.

As teorias, até agora, ainda não satisfizeram os cientistas. Mas apesar das incógnitas, estes flashes de luz distantes podem iluminar estas galáxias e dar mais informação aos astrónomos.

fonte: Público

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