terça-feira, 7 de junho de 2011

Mês de Maio foi o mais quente desde 1931


O mês de Maio foi o mais quente em Portugal Continental desde 1931, com valores médios de temperatura máxima de 24.86º Célsius, de acordo com o Instituto de Meteorologia (IM).

A temperatura máxima em Maio foi de mais 3.90º face ao valor normal do período de referência (1971-2000). Também a temperatura média e mínima foram mais elevadas.

Em Maio ocorreram duas ondas de calor, sendo que a primeira sucedeu no período de 9 a 19 de Maio nas regiões do litoral Norte e Centro e nas regiões a sul do rio Tejo, exceto Algarve e alguns locais do Baixo Alentejo.

A segunda onda de calor verificou-se apenas nas regiões do Norte, em particular no interior, no período de 20 a 30 de Maio.

«Também o número de dias com valores de temperatura máxima superior ou igual a 25º e a 30º foi muito superior ao valor normal de 1971-2000, em todo o continente. Verificou-se ainda a ocorrência de noites tropicais (noites com temperatura mínima superior ou igual a 20º) em alguns locais do Continente», refere o boletim climatológico de Maio.

O valor da quantidade de precipitação no continente foi de 67.2mm, um valor próximo da normal registada no período de 1971-2000 (71.2mm).

Durante o mês passado houve «ocorrência de muita instabilidade, com ocorrência de aguaceiros muito localizados, em especial nas regiões do interior, por vezes fortes a muito fortes, de granizo e acompanhados de trovoada, o que deu origem em alguns locais a inundações e estragos sobretudo em culturas agrícolas», refere o relatório.

No arquipélago da Madeira, os valores médios da temperatura máxima, média e mínima do ar também foram superiores aos valores médios do período de referência.

No arquipélago dos Açores, os valores médios da temperatura máxima, média e mínima do ar foram, em geral, inferiores aos valores médios (1971-2000), excepto a temperatura média em Ponta Delgada e a mínima em Ponta Delgada e em Santa Maria, que foram superiores.

Em 31 de Maio de 2011 e de acordo com o Observatório de Seca do IM, «a área em situação de seca meteorológica no litoral Norte e Centro aumentou e a gravidade acentuou-se, estando agora 2 por cento em seca severa, 10 por cento em seca moderada e 14 por cento em seca fraca».

No restante território continua a não existir seca.

O índice de seca meteorológica integra nove níveis entre chuva extrema e seca extrema.

A seca meteorológica pode não corresponder às secas hidrológica ou agrícola, dado que existe sempre um desfasamento de tempo entre os valores meteorológicos e hidrológicos, porque a falta de chuva pode demorar a reflectir-se nas albufeiras.

fonte: Sol

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