terça-feira, 7 de junho de 2011

Hiroshima: fotos expostas após 66 anos de censura


Nova Iorque acolhe uma exposição de 60 fotografias tiradas por enviados da presidência dos EUA a Hiroshima para avaliarem o impacto da bomba atómica que foi lançada sobre aquela cidade do Japão. Uma exibição que levanta um pouco o véu sobre o que está por detrás da censura que durou 66 anos, por imposição do governo norte-americano.

'Hiroshima: Zona Zero 1945', no Centro Internacional de Fotografia de Nova Iorque, mostra "desolação, destruição e vazio" provocados pelo lançamento da primeira bomba atómica durante a II Guerra Mundial, que matou mais de 140 mil pessoas e destruiu 70% dos edifícios.

Logo após o rebentamento da bomba, o governo norte-americano impôs uma censura fotográfica muito estrita, argumentando que não queria alterar "directa ou indirectamente a tranquilidade do público". Na realidade, queria evitar que se repetisse com Hiroshima o que aconteceu com Auschwitz, e a forma como ficaram marcadas na mente das pessoas as imagens do campo de concentração nazi, ou com o bombardeamento da cidade alemã de Dresden. Ainda hoje os EUA proíbem a publicação de fotos dos seus soldados mortos em conflitos, lembra do El País.

Estas fotos são apenas uma pequena parte das 800 que foram incluídas num relatório secreto elaborado pelo governo norte-americano e que serviram de base à construção de novas cidades nos EUA. Após o ataque a Hiroshima, o Presidente Harry Truman enviou para o Japão um grupo de engenheiros e arquitectos para analisarem os danos civis, económicos e militares provocados pela bomba. O grupo incluía sete fotógrafos, que documentaram os danos em centenas de edifícios e pontes.

fonte: DN

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