sexta-feira, 3 de junho de 2011

Descoberta região do ADN associada à depressão


Dois grupos de investigadores, dos EUA e do Reino Unido, encontram marca genética inédita

Para já ainda não se pode falar de um ou mais genes da depressão, mas dois grupos de investigadores da Universidade de Washington e do King''s College London descobriram a primeira marca genética da doença que afecta 20% da população. Os dois trabalhos autónomos são publicados esta semana na revista científica "American Journal of Psychiatry". Em comunicado, os autores dos artigos sublinham o facto de terem detectado a mesma região do ADN depois de investigações com amostras distintas.

Em causa está uma região do ADN no cromossoma 3. No estudo da Universidade de Washington os investigadores estudaram cerca de cem famílias da Austrália e da Finlândia, onde a depressão parece correr nas famílias em conjunto com a predisposição para fumar. "A depressão maior é mais comum nos fumadores, com relatos de 60% dos fumadores a procurar tratamento ao longo da vida", justifica a autora Michele Pergadia. Já o grupo britânico estudou 800 famílias do Reino Unido com historial de depressão recorrente. "Pela primeira vez encontrámos uma região genética associada à depressão e o que torna as descobertas surpreendentes é a semelhança de resultados entre os nossos estudos", disse Gerome Breen, autor do trabalho inglês. Ainda sem grandes promessas clínicas, os investigadores adiantam que esta região genética contém pelo menos 90 genes, que poderão interferir na doença. Surgem numa zona do cromossoma 3 onde se conhecia já uma proteína, chamada GRM7, associada por outros estudos à depressão.

fonte: Jornal i

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