sexta-feira, 10 de junho de 2011

Cientistas descobrem planetas solitários


Plutão era o nono planeta do sistema solar

Astrónomos da Universidade de Notre Dame, nos EUA, falam de planetas "ejectados" das suas órbitas

Astrónomos da Universidade de Notre Dame, no Indiana, detectaram os primeiros exemplares de uma categoria teórica de planetas conhecida por "free-floating planets", planetas ejectados da órbita das suas estrelas-mães e atraídos pela força de outros sistemas planetários. O trabalho publicado na "Nature" sugere que estes planetas serão tão comuns como os normais.

A detecção destes planetas é bastante complexa. Como reflectem pouca ou nenhuma luz, os investigadores acabam por ter de inferir a sua presença a partir de oscilações no brilho de outros corpos, provocadas por interferências gravitacionais. David Bennett, autor da descoberta, explicou ao i que os planetas descobertos são provavelmente demasiado maciços para albergar vida. Mas uma limitação técnica, para já, é que a tecnologia usada não permite detectar planetas com uma massa semelhante à da Terra. "Diria que haverá muito mais surpresas no campo dos exoplanetas. Provavelmente muitas surgirão à medida que saírem os dados da missão Kepler e de outra missão que está a ser planeada pela NASA, a WFIRST." Esta usará o mesmo método da investigação agora divulgada, em que determinados objectos são usados como "lentes" para observar o que se pretende. Quanto à revelação da semana, de que o planeta Gliese 581d é o primeiro candidato real a ter vida, por poder ter água em estado líquido, o investigador sublinha que a grande aposta continua a ser outro planeta do mesmo sistema, o Gliese 581g, embora a sua existência seja ainda controversa. M. F. R.

fonte: Jornal i

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