sábado, 17 de julho de 2010

Mosquitos alterados não causam malária


Investigadores dos Estados Unidos conseguiram modificar genoma de mosquitos e torná-los imunes ao parasita

Investigadores americanos conseguiram modificar geneticamente mosquitos para impedir que eles transmitam o parasita da malária. Os resultados do trabalho foram publicados na quinta-feira no Journal of Public Library of Science Pathogens.

O parasita que causa a malária chama-se plasmodium e é transmitido aos seres humanos pelo mosquito anopheles, característico das regiões tropicais e sub-tropicais.

No seu trabalho, investigadores da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, conseguiram alterar o genoma nestes mosquitos de forma a imunizá--los completamente contra o parasita. A equipa espera no futuro poder substituir os mosquitos existentes na natureza por populações de insectos geneticamente modificadas em laboratório, para travar no terreno a transmissão da malária.

"Se se pretende travar eficazmente a propagação do parasita responsável pela malária, é preciso que todos os mosquitos sejam cem por cento resistentes a ela", explicou Michael Riehle, investigador em entomologia na Universidade do Arizona, que coordenou o estudo agora publicado.

A equipa utilizou técnicas de biologia molecular para desenvolver um fragmento de DNA com a informação genética neutralizante (para o parasita), e inocularam-no em seguida em ovos daquele mosquito.

Os insectos que nasceram desses ovos eram portadores da informação genética alterada e transmitiram-na às gerações seguintes.

Depois de "alimentados" com sangue infectado com o parasita da malária, os insectos mostraram-se completamente imunizados a ele. O passo seguinte é substituir os mosquitos na natureza, o que neste momento não se adivinha fácil.


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